Em seis histórias independentes, situações comuns da vida moderna geram conflitos em que os personagens são levados a extremos com resultados surpreendentes que, embora possam beirar o surreal, nos deixam a sensação de serem possíveis. Provavelmente por que refletem, se não coisas que faríamos, ao menos coisas com as quais já sonhamos fazer. Que nos leva ao questionamento da linha tênue que separa a civilização da barbárie, do racional ao irracional, da paz a guerra, do controle ao descontrole, um pleno soco "na boca do estômago" de uma sociedade mesquinha e hipócrita. O filme é dividido em histórias, que são unificadas através da temática principal: a violência. A violência do estado, a violência das tradições, a violência do capital, a violência do amor, a violência canalizado no outro. O filme impressiona pelo seu estilo original não só na construção de cada história, em angulações distintas captadas pela câmera, nas atuações ou no excelente texto, mas por fazer de cada cena algo nunca antes visto daquela forma.
Sabe aqueles filmes que te fazem recordar a tua infância e teus melhores amigos? Então, esse é um deles! A história gira em torno de quatro garotos e começa quando um dos personagens relembra, parado no seu carro no meio do nada, a sua infância, mais precisamente a aventura que marcaria a vida de todos. O filme atrai com sua simplicidade, desde o cenário até o enredo, um verdadeiro clássico da sessão da tarde que nos ensina sobre companheirismo, lealdade e amizade.
Into the Wild é daqueles filmes que mexem com o espectador, ficando na cabeça por algum tempo. Filme tocante em todos os sentidos: música, cenários, história, personagens e a personalidade forte do protagonista. Traz uma reflexão sobre o materialismo, o convívio social, a busca pela felicidade e por um sentido na vida, uma discussão ao mesmo tempo complexa e simples de entender – mas um pouco difícil de praticar. A maioria de nós se identificará com o jovem Christopher, se não por sua atitude impulsiva e até certo ponto inconsequente, ao menos com seu inconformismo diante das mentiras da sociedade moderna e seu sonho de uma vida mais simples e próxima à Natureza.
"A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Quantos casos de abusos físicos e psicológicos contra crianças e adolescentes são divulgados e quantos mais ficam em silêncio? Os acontecimentos do filme são revoltantes mesmo. Preciosa traz todos os ingredientes que precisamos para refletir sobre nossas posições e visões do mundo que carregamos, deixando claro que vivemos em uma sociedade hipócrita, predatória e capitalista. Um filme forte, de uma densidade dramática incrível. Trata de temas polêmicos: preconceito, violência doméstica, estupro, brigas familiares, gravidez na adolescência, enfim, um filme completo de tensões dramáticas.
Os Miseráveis é um filme que está diretamente relacionado com sentimentos, emoções, sensibilidade, algo que se percebe apenas no “ar”, mas que o filme materializou muito bem. Como um musical deve ser, o filme desconstrói a realidade e reconstrói de forma poética e teatral, resultando numa expressão pura de sentimentos e percepções. O filme tem cenas fantásticas com uma fotografia linda, e a última cena é uma das mais emocionantes de todas. Enfim, este é um filme para se ver e rever várias vezes.
Mesmo sendo um roteiro clichê, o filme é totalmente emocionante, a amizade pura e intrínseca se faz presente a todo o momento nos fazendo lembrar de nossos melhores amigos e tudo que já vivemos juntos, das maiores loucuras as piores tristezas. A amizade entre duas mulheres que se conhecem desde a pré-adolescência, como lidam com o câncer e a iminência da morte, são provas de vida mostradas de forma sincera, com doses de ironia, acidez e ternura. Toni Collette brilha intensamente, enquanto Drew Barrymore cumpre uma função de contrapeso, como a amiga sempre disposta a amparar. Catherine brilha especialmente na forma como trabalha o estado de espírito de Milly.
A cena em que ela decide usar peruca, por exemplo, é habilmente dolorosa e tentando manter algum humor e esperança naquela situação.
Da mesma forma o longa aborda questões difíceis, como quimioterapia, sentir-se mal com o próprio corpo, a importância de se sentir desejada e, é claro, o medo da morte. Bom filme, que consegue dosar com habilidade o lado cômico ao inevitável tom dramático e pesado da história.
Talvez o charme do filme esteja exatamente em ser previsível e nos seus clichês, pra quem gosta de comédias românticas, é um prato cheio, com belas cenas como patinar na pista de gelo Central Park, restaurantes românticos como o Serendipty, andar por Nova York... Nós podemos modificar nosso destino, mas sorte é sorte! E o que significa Serendipty afinal? Significa: "Aptidão para descobertas afortunadas acidentalmente." Acho que só essa frase explica tudo muito bem. Belo filme!
“Que Horas Ela Volta?” é um filme sobre a mudança cultural e social vista no nosso país em anos recentes. Ele tem uma história aparentemente simples, mas é desenvolvido de forma que flui com perfeição, com ótimos diálogos e atenção aos detalhes: pequenas cenas e observações dentro da história que fazem toda a diferença. Val é o produto de um Brasil patriarcal, dominado por relações injustas de trabalho. A ingenuidade da Val, que nos faz simpatizar com a personagem e torcer para que ela perceba a situação na qual se encontra. Um dos pontos chaves, que mostra o quão Val é ignorada, é na festa de aniversário de sua patroa, os convidados não tomam conhecimento de sua existência e a ignoram completamente, os únicos que sentem a sua presença são o Fabinho e seus amigos, revelando o quão presente ela é em sua vida. A chegada de Jessica, sua filha, abala o cotidiano e o ambiente da famíliar. Jéssica revoluciona, não só o mundo da sua mãe, como também o mundo hipócrita dos patrões dela. Para Jéssica, que teve a sua mente expandida por meio do contato com professores que incutiram nela a necessidade da reflexão do mundo que se encontra à nossa volta, todos somos iguais e somos donos dos nossos próprios destinos. E a indignação de Jessica é compreensível, ela enxerga o que nós enxergamos, a forma como a família trata a sua serviçal é ultrajante porque nós percebemos que ela nunca será parte daquele universo por mais que ame aquelas pessoais incapazes de se levarem para pegar um copo de água. A forma como a diretora Anna Muylaert nos expõe a esta realidade é algo incrível, com uma forma seca e ao mesmo tempo sutil, nós conseguimos perceber que a realidade das empregadas domésticas é paralela a uma realidade de fantasias vividas por pessoas de classes mais privilegiadas e descobrir este universo e ver como ele é impactante na vida das pessoas envolvidas é desolador. O filme joga na cara de quem ainda não visualizou essa questão, o seguinte: O Brasil mudou. Resta que as pessoas agora mudem. Quando nós vamos nos encontrar enquanto nação?
A trama escancara de uma forma muito inteligente o sistema que a sociedade nos impõe onde somos programados a consumir cada vez mais e mais. A história mostra pessoas totalmente desequilibradas que procuram respostas através de um meio de vida totalmente diferente. O filme é recheado de frases de efeito e cenas que nos fazem pensar que tipo de pessoas estamos sendo moldadas pela sociedade. A fotografia e efeitos especiais são um capítulo à parte, a caracterização, a trilha sonora. Impecável! Brilhante, é essa a palavra que pode resumir o filme.
Homem-Formiga talvez seja o filme mais simples, leve e solto da Marvel. Por ser um filme de origem, foca muito mais no personagem principal, e o desenvolve perfeitamente. O elenco é excelente, Paul Rudd é maior destaque por injetar muito carisma e interesse no seu personagem, ele tem presença e era a escolha perfeita pra fazer Scott Lang. Michael Peña, rouba a cena. Seu personagem é super carismático, hilário, não tem como não gostar dele. Os efeitos especiais do filme são muito bons, principalmente nas cenas de encolhimento. O tom do filme é muito bem acertado, misturando ação, com muito humor e pitadas de drama. Também é cheio de referências aos Vingadores e aos outros filmes da Marvel, além de uma participação especial do Falcão. O filme realmente é bem feito e divertido, marca registrada da Marvel.
O filme não perdeu nem um pouco o estilo sobrenatural! Não é um filme ruim. O filme começa um pouco lento, com sustos apenas ocasionais. Mas logo chega ao seu auge. Concordo que há cenas fracas e previsíveis, mas ainda existe aquela tensão, o suspense. Enfim, Sobrenatural: A Origem é um bom filme.
The Dark Knight não é um simples filme de super-herói. Com certeza, é o melhor filme já feito sobre um super-herói. Heath Ledger interpretando o Coringa de forma definitiva e impecável. Ledger constrói um Coringa psicótico e sem limites. Trejeitos, olhares, tom de voz e cacoetes se mesclam em um trabalho brilhante. As cenas de luta são mais claras, deixando que o espectador entenda o que está acontecendo. As motivações psicológicas de todos os personagens ganham tempo suficiente de desenvolvimento. Simplesmente fantástico!
Esse é o filme da minha vida. Não há palavras para explicar o quão incrível é esse filme. Sensível e sincero, clichês quase que inexistentes e uma narrativa que te mostra a visão do personagem e te faz enxergar o mundo da forma dele, sem preconceitos e estereótipos. A Emma, conhecidíssima por sua Hermione na série Harry Potter, interpreta a Sam de uma forma maravilhosa, totalmente convincente e extremamente normal. O Logan Lerman, interprete do Percy Jackson, também se sai espantosamente bem, colocando no seu papel um nível de emoção sem igual. Por fim, no trio principal do filme, tem o Ezra Miller, que já se mostrou um ator monstruosamente bom no filme Precisamos Falar Sobre Kevin, mas que aqui se sai ainda melhor, criando um personagem cativante e extremamente verdadeiro. “As Vantagens de ser Invisível” é um filme que consegue expor de forma muito delicada as várias faces da juventude.
O filme retrata de uma forma maravilhosa todo o drama vivido por Natascha Kampusch quando foi sequestrada. Sem dúvida este filme me prendeu do começo ao fim, por ser muito intenso e real, com excelentes interpretações, roteiro, fotografia impecável, e trilha sonora. Vale destacar que o enredo é muito fiel a história que foi baseada em fatos reais.
“E por favor, não pense que eu estou sofrendo. Eu não estou sofrendo, eu estou lutando. Lutando para fazer parte das coisas, para ficar ligada a quem eu já fui. Então “viva o momento” é isso que eu digo para mim mesma. É realmente tudo o que eu posso fazer, viver o momento.”
Com um ar bem mais sombrio, Insurgente abusa de efeitos cinematográficos e foca diretamente na história principal. Um filme de ação com toques de romance. Como no primeiro filme, as lutas, dilemas, amizades, traições continuam presentes. O filme é muito interessante, e não brinca somente com a mente da Tris, brinca com a nossa mente também, e toda a ação que "acontece", os momentos de emoção, só colaboraram pra deixar o filme ainda mais especial.
Azul é, definitivamente, a cor mais quente Chega ser difícil falar desse filme. Adèle (a dona da boca que toma conta da tela) funciona muito bem como uma protagonista. Por diversas sequências acompanhamos sua vida quase em uma base de dia-a-dia, permitindo que notemos pequenos hábitos e manias que ainda que não sejam referenciados, estão lá. Como o filme tem uma predileção por closes, esses detalhes ficam facilmente em evidência. Um dos temas recorrentes aqui é o sexo. A duração das cenas de sexo podem desagradar alguns (as próprias atrizes opinaram que as sequências teriam ficado longas demais), mas são sem dúvida excelentes em sua execução e intensidade física e, principalmente, emocional. O que temos aqui é uma história de descobrimento de sexualidade, de amadurecimento e, principalmente, de amor. O conto tem uma profundidade incomum e temas e sentimentos que todos nós conseguimos nos relacionar. Seja qual for o gênero ou orientação sexual, há algo para todos.
Uma experiência única! Lindo do começo ao fim. Linklater inovou com simplicidade. A vida é um sopro, dizia Oscar Niemeyer, e é justamente assim que acompanhamos o passar do tempo em “Boyhood: Da Infância à Juventude”. Vamos pulando de um ano ao outro, algumas vezes com acontecimentos mais impactantes, outras vezes apenas com a mudança da folha calendário como fato marcante. Richard Linklater é um diretor que está se especializando em retratar de maneira mais fiel possível o ser humano em seu dia a dia. Através de seu sensível olhar tem mostrado com uma lente de aumento o que o tempo provoca nos relacionamentos através de seus filmes. Agora elabora um projeto que durou 12 anos. Ele teve a excelente ideia de retratar o crescimento de um menino até a entrada para a universidade. Só que ele filma a passagem de tempo com os mesmos atores o que faz com que seu projeto seja uma captura real daquele momento de vida. Por filmar durante os 12 anos Linklater consegue desfrutar de algo que o cinema consegue através de uma maquiagem ou da troca de um ator novo por um mais velho. Aos nossos olhos a transformação nos personagens estão acontecendo realmente. Assim consegue dar um maior realismo a história e tudo passa a acontecer naturalmente. Ele se preocupa em tocar em assuntos interessantes como política, uma crítica aos seus conterrâneos mostrando que ao mesmo tempo que amam a bíblia dão de presente um rifle e como o alcoolismo pode destruir famílias que teriam tudo para dar certo. O diretor acerta em documentar tudo isso e à medida em que Mason cresce os diálogos tão casuais, mas que provocam um maior debate começam a surgir aos poucos, como o crescimento. Tudo acontece espontaneamente, os personagens vivem circunstâncias como qualquer pessoa. O filme cativa aos poucos. Ver ele mudando. Os seus traços, personalidade, pensamentos, sentimentos, vivendo seu primeiro amor e se descobrindo nos seus objetivos. E confesso que, em alguns momentos do filme me peguei sorrindo, e depois de algum tempo nem percebi o tempo passar. O elenco não poderia ser melhor, Ellar Coltrane já tinha talento desde que começou a sua atuação nesse filme. O diálogo entre os personagens não é forçado e nem apelativo para um fim dramático, e sim natural. A relação entre pai e filho é intensa em alguns momentos, uma ótima atuação de Ethan Hawke e Ellar Coltrane. O engraçado é que conforme ia assistindo, esqueci completamente que o filme iria acabar. Sim, parece loucura, mas estava tão imerso na vida daqueles personagens, que parecia estranho pensar na ideia de um “final”. E essa sensação é algo incrível que o filme traz, pois em nenhum momento nos perguntamos “como será que vai acabar?” Simplesmente porque não importa como vai acabar. Dificilmente veremos tão cedo um filme com tamanha intensidade e ousadia. Com uma trilha sonora absurdamente bem encaixada (cada canção adiciona muito em cada cena), personagens levados ao seu máximo por um elenco talentoso, um roteiro que beira à perfeição e uma direção digna de todos os prêmios que o mundo do cinema pode oferecer, Boyhood – Da Infância à Juventude vai demorar para sair da nossa memória, causa um impacto gigante em nossos corações Tanto tempo, tantas memórias e os personagens do filme, ao final, recuperam a fatídica pergunta: afinal, qual o sentido da vida? Crescer, aprender, construir nossa identidade, transformar as pessoas ao redor, talvez essa seja a resposta nos dias atuais, nos anos 90, daqui mil anos. Boyhood é um belo e profundo casamento entre a ficção e a realidade. Boyhood é uma obra prima.
Uma produção de personagens mal aproveitados. Irmãos Wachowski mudaram o cinema com Matrix. O filme quebrou inúmeras barreiras cinematográficas, e trouxe um estilo nunca antes visto no cinema e mecânicas que são usadas até hoje por inúmeros diretores. Eles fizeram novos filmes mas nada pareceu dar certo. O Destino de Júpiter nada mais é do que um desperdício. O filme até consegue entusiasmar com algumas cenas de ação, mas isso não consegue nos tirar a sensação de que perdemos nosso tempo vendo algo muito aquém do esperado de um filme desse estilo. Clichês, cenas constrangedoras e falta de química total entre os atores. Aliás, Channing Tatum e Mila Kunis até se esforçam, assim como o Sean Bean, mas o roteiro não ajuda. Júpiter se mostra uma protagonista deveras passiva, aceitando a insanidade que acontece ao seu redor com uma facilidade assustadora. Mila Kunis pode demonstrar um carisma arrebatador quando provocada corretamente pelo diretor com quem trabalha, o que não acontece aqui. É uma obra onde não há clímax e quem assiste não se identifica com nada daquilo que está sendo mostrado, não só por se tratar de uma ficção científica alienígena, mas por ser um filme cujos personagens agem de maneira burra e improvável, mesmo se nos colocássemos nas situações inverossímeis mostradas. O que chama a atenção positivamente no filme são algumas cenas por seus efeitos visuais, e a parte onde é demonstrada a burocracia do universo para conseguir uma documentação. Não dá pra acreditar que os criadores de Matrix fizeram um filme desse...
Escrito e dirigido pelo novato William Eubank, O Sinal tem como maior mérito não revelar sobre o que a produção realmente se trata até seus minutos finais, quando o lado mais cerebral da ficção dá lugar à ação e aos bons efeitos especiais. O filme também traz uma fotografia interessante, que dá uma bem vinda atmosfera de estranheza à produção. De primeira vista, o filme parece ser um drama indie de adolescentes que viajam pelas estradas dos Estados Unidos quando nada mais tem a fazer. Porém, O Sinal se transforma em uma tensa história de sobrevivência, ação e efeitos especiais bem produzidos e inseridos devidamente na trama. Adorei.
A ideia do filme é muito boa e gira em torno de dados reais, já que o número de suicídios aumenta vertiginosamente no mundo inteiro. Afinal, por que não tirar proveito desses suicídios? Se existe a clientela, existe a loja. Nesse caso, os donos da loja não são tratados como assassinos, eles só ajudam as pessoas que já estão decididas a escolherem a forma da morte. Tudo se passa em uma cidade triste e depressiva, onde ninguém mais se diverte. Os dias são sempre cinzentos, as ruas com um trânsito confuso e congestionado cercado por enormes prédios com pequenas janelas, enquanto nas calçadas as pessoas se arrastam desanimadas. Algumas se jogam diante do primeiro carro que veem ou se atiram dos prédios mais altos. O filme, composto por músicas durante quase toda a duração, passa por uma reviravolta com o nascimento da criança, já que a alegria da mesma contradiz toda a tristeza que gera o lucro da loja. E as músicas, que no inicio eram muito melancólicas, passam a ser um pouco otimistas.
Emocionante e dramático, um lindo romance adolescente com o toque genial espiritualista. As renuncias familiares em prol da felicidade dos filhos é uma das grandes mensagens do longa. A trilha sonora é incrível, presente e no ponto. A fotografia também está ótima. Como a própria Mia diz no inicio do filme: “Não é incrível como a vida é uma coisa e, então, de repente, se torna outra?” A tragédia traz ao filme um apelo dramático mas relacionada a uma historia romântica envolvente.
Uma mulher rica, com filhos lindos, um bom marido oferece a um jovem negro que ela nem conhece, a chance de passar a noite no conforto de sua casa. Houve medo? Claro, o medo também faz parte da história. O medo do desconhecido de ambas as partes. O medo de Anne em ter sua mansão furtada na calada da noite. O medo do tipo de companhia que Michael seria aos seus filhos. Mas, desse medo todo, nasceram incríveis laços de amizades, confiança, respeito e amor. A família Tuohy ganhava mais um integrante, um jovem negro, desengonçado e tímido, mas com um enorme coração e algo diferencial, o instinto de proteção àqueles que ama. Todos nessa história comovente seguiram seus corações e a vitória não foi apenas de um, mas sim de todos, como uma família deve ser. A superação pode acontecer de várias formas ou por diferentes razões. Superar a si mesmo e seus medos mais latentes é uma grande vitória. Exemplos reais não nos faltam, muito menos as oportunidades. Os instintos de proteção tão vivos em Michael explicam sua vitória na vida, tudo transformado em amor, poder inquestionável das famílias. Se tivermos a oportunidade de tornar o sonho de alguém possível, façamos! Se tivermos o instinto de proteção vivo em nós, usemos! Se tivermos uma boa família, amemos! Se tivermos uma única oportunidade na vida, agarremos! Se tivermos que superar algo, tenha a certeza de que é um sonho perfeitamente possível!
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraEm seis histórias independentes, situações comuns da vida moderna geram conflitos em que os personagens são levados a extremos com resultados surpreendentes que, embora possam beirar o surreal, nos deixam a sensação de serem possíveis. Provavelmente por que refletem, se não coisas que faríamos, ao menos coisas com as quais já sonhamos fazer. Que nos leva ao questionamento da linha tênue que separa a civilização da barbárie, do racional ao irracional, da paz a guerra, do controle ao descontrole, um pleno soco "na boca do estômago" de uma sociedade mesquinha e hipócrita. O filme é dividido em histórias, que são unificadas através da temática principal: a violência. A violência do estado, a violência das tradições, a violência do capital, a violência do amor, a violência canalizado no outro. O filme impressiona pelo seu estilo original não só na construção de cada história, em angulações distintas captadas pela câmera, nas atuações ou no excelente texto, mas por fazer de cada cena algo nunca antes visto daquela forma.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraSabe aqueles filmes que te fazem recordar a tua infância e teus melhores amigos? Então, esse é um deles! A história gira em torno de quatro garotos e começa quando um dos personagens relembra, parado no seu carro no meio do nada, a sua infância, mais precisamente a aventura que marcaria a vida de todos. O filme atrai com sua simplicidade, desde o cenário até o enredo, um verdadeiro clássico da sessão da tarde que nos ensina sobre companheirismo, lealdade e amizade.
Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraInto the Wild é daqueles filmes que mexem com o espectador, ficando na cabeça por algum tempo. Filme tocante em todos os sentidos: música, cenários, história, personagens e a personalidade forte do protagonista. Traz uma reflexão sobre o materialismo, o convívio social, a busca pela felicidade e por um sentido na vida, uma discussão ao mesmo tempo complexa e simples de entender – mas um pouco difícil de praticar. A maioria de nós se identificará com o jovem Christopher, se não por sua atitude impulsiva e até certo ponto inconsequente, ao menos com seu inconformismo diante das mentiras da sociedade moderna e seu sonho de uma vida mais simples e próxima à Natureza.
"A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Preciosa: Uma História de Esperança
4.0 2,0K Assista AgoraQuantos casos de abusos físicos e psicológicos contra crianças e adolescentes são divulgados e quantos mais ficam em silêncio? Os acontecimentos do filme são revoltantes mesmo. Preciosa traz todos os ingredientes que precisamos para refletir sobre nossas posições e visões do mundo que carregamos, deixando claro que vivemos em uma sociedade hipócrita, predatória e capitalista. Um filme forte, de uma densidade dramática incrível. Trata de temas polêmicos: preconceito, violência doméstica, estupro, brigas familiares, gravidez na adolescência, enfim, um filme completo de tensões dramáticas.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraOs Miseráveis é um filme que está diretamente relacionado com sentimentos, emoções, sensibilidade, algo que se percebe apenas no “ar”, mas que o filme materializou muito bem. Como um musical deve ser, o filme desconstrói a realidade e reconstrói de forma poética e teatral, resultando numa expressão pura de sentimentos e percepções. O filme tem cenas fantásticas com uma fotografia linda, e a última cena é uma das mais emocionantes de todas. Enfim, este é um filme para se ver e rever várias vezes.
Já Estou Com Saudades
3.9 576 Assista AgoraMesmo sendo um roteiro clichê, o filme é totalmente emocionante, a amizade pura e intrínseca se faz presente a todo o momento nos fazendo lembrar de nossos melhores amigos e tudo que já vivemos juntos, das maiores loucuras as piores tristezas. A amizade entre duas mulheres que se conhecem desde a pré-adolescência, como lidam com o câncer e a iminência da morte, são provas de vida mostradas de forma sincera, com doses de ironia, acidez e ternura. Toni Collette brilha intensamente, enquanto Drew Barrymore cumpre uma função de contrapeso, como a amiga sempre disposta a amparar. Catherine brilha especialmente na forma como trabalha o estado de espírito de Milly.
A cena em que ela decide usar peruca, por exemplo, é habilmente dolorosa e tentando manter algum humor e esperança naquela situação.
Escrito nas Estrelas
3.5 472Talvez o charme do filme esteja exatamente em ser previsível e nos seus clichês, pra quem gosta de comédias românticas, é um prato cheio, com belas cenas como patinar na pista de gelo Central Park, restaurantes românticos como o Serendipty, andar por Nova York... Nós podemos modificar nosso destino, mas sorte é sorte! E o que significa Serendipty afinal? Significa: "Aptidão para descobertas afortunadas acidentalmente." Acho que só essa frase explica tudo muito bem. Belo filme!
Nosso, L.R. <3
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista Agora“Que Horas Ela Volta?” é um filme sobre a mudança cultural e social vista no nosso país em anos recentes. Ele tem uma história aparentemente simples, mas é desenvolvido de forma que flui com perfeição, com ótimos diálogos e atenção aos detalhes: pequenas cenas e observações dentro da história que fazem toda a diferença. Val é o produto de um Brasil patriarcal, dominado por relações injustas de trabalho. A ingenuidade da Val, que nos faz simpatizar com a personagem e torcer para que ela perceba a situação na qual se encontra. Um dos pontos chaves, que mostra o quão Val é ignorada, é na festa de aniversário de sua patroa, os convidados não tomam conhecimento de sua existência e a ignoram completamente, os únicos que sentem a sua presença são o Fabinho e seus amigos, revelando o quão presente ela é em sua vida. A chegada de Jessica, sua filha, abala o cotidiano e o ambiente da famíliar. Jéssica revoluciona, não só o mundo da sua mãe, como também o mundo hipócrita dos patrões dela. Para Jéssica, que teve a sua mente expandida por meio do contato com professores que incutiram nela a necessidade da reflexão do mundo que se encontra à nossa volta, todos somos iguais e somos donos dos nossos próprios destinos. E a indignação de Jessica é compreensível, ela enxerga o que nós enxergamos, a forma como a família trata a sua serviçal é ultrajante porque nós percebemos que ela nunca será parte daquele universo por mais que ame aquelas pessoais incapazes de se levarem para pegar um copo de água. A forma como a diretora Anna Muylaert nos expõe a esta realidade é algo incrível, com uma forma seca e ao mesmo tempo sutil, nós conseguimos perceber que a realidade das empregadas domésticas é paralela a uma realidade de fantasias vividas por pessoas de classes mais privilegiadas e descobrir este universo e ver como ele é impactante na vida das pessoas envolvidas é desolador. O filme joga na cara de quem ainda não visualizou essa questão, o seguinte: O Brasil mudou. Resta que as pessoas agora mudem. Quando nós vamos nos encontrar enquanto nação?
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraA trama escancara de uma forma muito inteligente o sistema que a sociedade nos impõe onde somos programados a consumir cada vez mais e mais. A história mostra pessoas totalmente desequilibradas que procuram respostas através de um meio de vida totalmente diferente. O filme é recheado de frases de efeito e cenas que nos fazem pensar que tipo de pessoas estamos sendo moldadas pela sociedade. A fotografia e efeitos especiais são um capítulo à parte, a caracterização, a trilha sonora. Impecável! Brilhante, é essa a palavra que pode resumir o filme.
Homem-Formiga
3.7 2,0K Assista AgoraHomem-Formiga talvez seja o filme mais simples, leve e solto da Marvel. Por ser um filme de origem, foca muito mais no personagem principal, e o desenvolve perfeitamente. O elenco é excelente, Paul Rudd é maior destaque por injetar muito carisma e interesse no seu personagem, ele tem presença e era a escolha perfeita pra fazer Scott Lang. Michael Peña, rouba a cena. Seu personagem é super carismático, hilário, não tem como não gostar dele. Os efeitos especiais do filme são muito bons, principalmente nas cenas de encolhimento. O tom do filme é muito bem acertado, misturando ação, com muito humor e pitadas de drama. Também é cheio de referências aos Vingadores e aos outros filmes da Marvel, além de uma participação especial do Falcão. O filme realmente é bem feito e divertido, marca registrada da Marvel.
Sobrenatural: A Origem
3.1 728 Assista AgoraO filme não perdeu nem um pouco o estilo sobrenatural! Não é um filme ruim. O filme começa um pouco lento, com sustos apenas ocasionais. Mas logo chega ao seu auge. Concordo que há cenas fracas e previsíveis, mas ainda existe aquela tensão, o suspense. Enfim, Sobrenatural: A Origem é um bom filme.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraThe Dark Knight não é um simples filme de super-herói. Com certeza, é o melhor filme já feito sobre um super-herói. Heath Ledger interpretando o Coringa de forma definitiva e impecável. Ledger constrói um Coringa psicótico e sem limites. Trejeitos, olhares, tom de voz e cacoetes se mesclam em um trabalho brilhante. As cenas de luta são mais claras, deixando que o espectador entenda o que está acontecendo. As motivações psicológicas de todos os personagens ganham tempo suficiente de desenvolvimento. Simplesmente fantástico!
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraEsse é o filme da minha vida. Não há palavras para explicar o quão incrível é esse filme. Sensível e sincero, clichês quase que inexistentes e uma narrativa que te mostra a visão do personagem e te faz enxergar o mundo da forma dele, sem preconceitos e estereótipos. A Emma, conhecidíssima por sua Hermione na série Harry Potter, interpreta a Sam de uma forma maravilhosa, totalmente convincente e extremamente normal. O Logan Lerman, interprete do Percy Jackson, também se sai espantosamente bem, colocando no seu papel um nível de emoção sem igual. Por fim, no trio principal do filme, tem o Ezra Miller, que já se mostrou um ator monstruosamente bom no filme Precisamos Falar Sobre Kevin, mas que aqui se sai ainda melhor, criando um personagem cativante e extremamente verdadeiro. “As Vantagens de ser Invisível” é um filme que consegue expor de forma muito delicada as várias faces da juventude.
3096 Dias
3.7 627 Assista AgoraO filme retrata de uma forma maravilhosa todo o drama vivido por Natascha Kampusch quando foi sequestrada. Sem dúvida este filme me prendeu do começo ao fim, por ser muito intenso e real, com excelentes interpretações, roteiro, fotografia impecável, e trilha sonora. Vale destacar que o enredo é muito fiel a história que foi baseada em fatos reais.
A Pirâmide
2.3 235Esse é aquele tipo de filme bem previsível, de um grupinho que acaba se dando mal, etc. Que não traz nada de novo, apenas mais um! Enfim sofrível.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista Agora“E por favor, não pense que eu estou sofrendo. Eu não estou sofrendo, eu estou lutando. Lutando para fazer parte das coisas, para ficar ligada a quem eu já fui. Então “viva o momento” é isso que eu digo para mim mesma. É realmente tudo o que eu posso fazer, viver o momento.”
A Série Divergente: Insurgente
3.3 1,1K Assista AgoraCom um ar bem mais sombrio, Insurgente abusa de efeitos cinematográficos e foca diretamente na história principal. Um filme de ação com toques de romance. Como no primeiro filme, as lutas, dilemas, amizades, traições continuam presentes. O filme é muito interessante, e não brinca somente com a mente da Tris, brinca com a nossa mente também, e toda a ação que "acontece", os momentos de emoção, só colaboraram pra deixar o filme ainda mais especial.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAzul é, definitivamente, a cor mais quente Chega ser difícil falar desse filme. Adèle (a dona da boca que toma conta da tela) funciona muito bem como uma protagonista. Por diversas sequências acompanhamos sua vida quase em uma base de dia-a-dia, permitindo que notemos pequenos hábitos e manias que ainda que não sejam referenciados, estão lá. Como o filme tem uma predileção por closes, esses detalhes ficam facilmente em evidência. Um dos temas recorrentes aqui é o sexo. A duração das cenas de sexo podem desagradar alguns (as próprias atrizes opinaram que as sequências teriam ficado longas demais), mas são sem dúvida excelentes em sua execução e intensidade física e, principalmente, emocional. O que temos aqui é uma história de descobrimento de sexualidade, de amadurecimento e, principalmente, de amor. O conto tem uma profundidade incomum e temas e sentimentos que todos nós conseguimos nos relacionar. Seja qual for o gênero ou orientação sexual, há algo para todos.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraUma experiência única! Lindo do começo ao fim. Linklater inovou com simplicidade. A vida é um sopro, dizia Oscar Niemeyer, e é justamente assim que acompanhamos o passar do tempo em “Boyhood: Da Infância à Juventude”. Vamos pulando de um ano ao outro, algumas vezes com acontecimentos mais impactantes, outras vezes apenas com a mudança da folha calendário como fato marcante. Richard Linklater é um diretor que está se especializando em retratar de maneira mais fiel possível o ser humano em seu dia a dia. Através de seu sensível olhar tem mostrado com uma lente de aumento o que o tempo provoca nos relacionamentos através de seus filmes. Agora elabora um projeto que durou 12 anos. Ele teve a excelente ideia de retratar o crescimento de um menino até a entrada para a universidade. Só que ele filma a passagem de tempo com os mesmos atores o que faz com que seu projeto seja uma captura real daquele momento de vida. Por filmar durante os 12 anos Linklater consegue desfrutar de algo que o cinema consegue através de uma maquiagem ou da troca de um ator novo por um mais velho. Aos nossos olhos a transformação nos personagens estão acontecendo realmente. Assim consegue dar um maior realismo a história e tudo passa a acontecer naturalmente. Ele se preocupa em tocar em assuntos interessantes como política, uma crítica aos seus conterrâneos mostrando que ao mesmo tempo que amam a bíblia dão de presente um rifle e como o alcoolismo pode destruir famílias que teriam tudo para dar certo. O diretor acerta em documentar tudo isso e à medida em que Mason cresce os diálogos tão casuais, mas que provocam um maior debate começam a surgir aos poucos, como o crescimento. Tudo acontece espontaneamente, os personagens vivem circunstâncias como qualquer pessoa. O filme cativa aos poucos. Ver ele mudando. Os seus traços, personalidade, pensamentos, sentimentos, vivendo seu primeiro amor e se descobrindo nos seus objetivos. E confesso que, em alguns momentos do filme me peguei sorrindo, e depois de algum tempo nem percebi o tempo passar. O elenco não poderia ser melhor, Ellar Coltrane já tinha talento desde que começou a sua atuação nesse filme. O diálogo entre os personagens não é forçado e nem apelativo para um fim dramático, e sim natural. A relação entre pai e filho é intensa em alguns momentos, uma ótima atuação de Ethan Hawke e Ellar Coltrane. O engraçado é que conforme ia assistindo, esqueci completamente que o filme iria acabar. Sim, parece loucura, mas estava tão imerso na vida daqueles personagens, que parecia estranho pensar na ideia de um “final”. E essa sensação é algo incrível que o filme traz, pois em nenhum momento nos perguntamos “como será que vai acabar?” Simplesmente porque não importa como vai acabar. Dificilmente veremos tão cedo um filme com tamanha intensidade e ousadia. Com uma trilha sonora absurdamente bem encaixada (cada canção adiciona muito em cada cena), personagens levados ao seu máximo por um elenco talentoso, um roteiro que beira à perfeição e uma direção digna de todos os prêmios que o mundo do cinema pode oferecer, Boyhood – Da Infância à Juventude vai demorar para sair da nossa memória, causa um impacto gigante em nossos corações Tanto tempo, tantas memórias e os personagens do filme, ao final, recuperam a fatídica pergunta: afinal, qual o sentido da vida? Crescer, aprender, construir nossa identidade, transformar as pessoas ao redor, talvez essa seja a resposta nos dias atuais, nos anos 90, daqui mil anos. Boyhood é um belo e profundo casamento entre a ficção e a realidade. Boyhood é uma obra prima.
O Destino de Júpiter
2.5 1,3K Assista AgoraUma produção de personagens mal aproveitados. Irmãos Wachowski mudaram o cinema com Matrix. O filme quebrou inúmeras barreiras cinematográficas, e trouxe um estilo nunca antes visto no cinema e mecânicas que são usadas até hoje por inúmeros diretores. Eles fizeram novos filmes mas nada pareceu dar certo. O Destino de Júpiter nada mais é do que um desperdício. O filme até consegue entusiasmar com algumas cenas de ação, mas isso não consegue nos tirar a sensação de que perdemos nosso tempo vendo algo muito aquém do esperado de um filme desse estilo. Clichês, cenas constrangedoras e falta de química total entre os atores. Aliás, Channing Tatum e Mila Kunis até se esforçam, assim como o Sean Bean, mas o roteiro não ajuda. Júpiter se mostra uma protagonista deveras passiva, aceitando a insanidade que acontece ao seu redor com uma facilidade assustadora. Mila Kunis pode demonstrar um carisma arrebatador quando provocada corretamente pelo diretor com quem trabalha, o que não acontece aqui. É uma obra onde não há clímax e quem assiste não se identifica com nada daquilo que está sendo mostrado, não só por se tratar de uma ficção científica alienígena, mas por ser um filme cujos personagens agem de maneira burra e improvável, mesmo se nos colocássemos nas situações inverossímeis mostradas. O que chama a atenção positivamente no filme são algumas cenas por seus efeitos visuais, e a parte onde é demonstrada a burocracia do universo para conseguir uma documentação. Não dá pra acreditar que os criadores de Matrix fizeram um filme desse...
O Sinal: Frequência do Medo
2.9 373Escrito e dirigido pelo novato William Eubank, O Sinal tem como maior mérito não revelar sobre o que a produção realmente se trata até seus minutos finais, quando o lado mais cerebral da ficção dá lugar à ação e aos bons efeitos especiais. O filme também traz uma fotografia interessante, que dá uma bem vinda atmosfera de estranheza à produção. De primeira vista, o filme parece ser um drama indie de adolescentes que viajam pelas estradas dos Estados Unidos quando nada mais tem a fazer. Porém, O Sinal se transforma em uma tensa história de sobrevivência, ação e efeitos especiais bem produzidos e inseridos devidamente na trama. Adorei.
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774A ideia do filme é muito boa e gira em torno de dados reais, já que o número de suicídios aumenta vertiginosamente no mundo inteiro. Afinal, por que não tirar proveito desses suicídios? Se existe a clientela, existe a loja. Nesse caso, os donos da loja não são tratados como assassinos, eles só ajudam as pessoas que já estão decididas a escolherem a forma da morte. Tudo se passa em uma cidade triste e depressiva, onde ninguém mais se diverte. Os dias são sempre cinzentos, as ruas com um trânsito confuso e congestionado cercado por enormes prédios com pequenas janelas, enquanto nas calçadas as pessoas se arrastam desanimadas. Algumas se jogam diante do primeiro carro que veem ou se atiram dos prédios mais altos. O filme, composto por músicas durante quase toda a duração, passa por uma reviravolta com o nascimento da criança, já que a alegria da mesma contradiz toda a tristeza que gera o lucro da loja. E as músicas, que no inicio eram muito melancólicas, passam a ser um pouco otimistas.
Se Eu Ficar
3.5 1,9K Assista AgoraEmocionante e dramático, um lindo romance adolescente com o toque genial espiritualista. As renuncias familiares em prol da felicidade dos filhos é uma das grandes mensagens do longa. A trilha sonora é incrível, presente e no ponto. A fotografia também está ótima. Como a própria Mia diz no inicio do filme: “Não é incrível como a vida é uma coisa e, então, de repente, se torna outra?” A tragédia traz ao filme um apelo dramático mas relacionada a uma historia romântica envolvente.
Um Sonho Possível
4.0 2,4K Assista AgoraUma mulher rica, com filhos lindos, um bom marido oferece a um jovem negro que ela nem conhece, a chance de passar a noite no conforto de sua casa. Houve medo? Claro, o medo também faz parte da história. O medo do desconhecido de ambas as partes. O medo de Anne em ter sua mansão furtada na calada da noite. O medo do tipo de companhia que Michael seria aos seus filhos. Mas, desse medo todo, nasceram incríveis laços de amizades, confiança, respeito e amor. A família Tuohy ganhava mais um integrante, um jovem negro, desengonçado e tímido, mas com um enorme coração e algo diferencial, o instinto de proteção àqueles que ama. Todos nessa história comovente seguiram seus corações e a vitória não foi apenas de um, mas sim de todos, como uma família deve ser. A superação pode acontecer de várias formas ou por diferentes razões. Superar a si mesmo e seus medos mais latentes é uma grande vitória. Exemplos reais não nos faltam, muito menos as oportunidades. Os instintos de proteção tão vivos em Michael explicam sua vitória na vida, tudo transformado em amor, poder inquestionável das famílias. Se tivermos a oportunidade de tornar o sonho de alguém possível, façamos! Se tivermos o instinto de proteção vivo em nós, usemos! Se tivermos uma boa família, amemos! Se tivermos uma única oportunidade na vida, agarremos! Se tivermos que superar algo, tenha a certeza de que é um sonho perfeitamente possível!