Fiquei no hall de entrada do cinema algum tempo após o término da sessão, em silêncio, para conseguir "voltar". Um filme sensível, belo e profundamente tocante. Lindo.
Mas gente, alguém aí tem esperança de que, algum dia, alguém consiga transpor todo/a o/a sentimento/intensidade dos contos do Caio para a linguagem audiovisual?
Acho que a experiência de ver o conto adaptado às telas valeu simplesmente por (re)viver um pouquinho da obra dele (:
É um filme que expõe fatos, cenas, situações e verdades recalcados por todos/as nós. É perturbador, chocante, sinistro e por vezes quase insuportável, mas inegavelmente o filme retrata uma produção (pornográfica, envolvendo situações extremas e às vezes até criminosas) "fictícia" que, no limite, existe - ainda que velada.
Gostei da ironia na sala de cinema em que assisti, no começo dos créditos: muita gente saiu falando mal do filme. Mas a sala estava lotada, provando que por mais bizarra que seja a produção (pornô ou não), sempre haverá mercado, uma vez que há consumo. Por esse motivo, acredito que o filme seja, além de tudo o que já foi falado, uma denúncia.
Filme divertidíssimo! Um humor interessante e uma história legal. Só fiquei pensando, durante o filme, como seria a recepção do filme em um público chinês. Digo isso porque o chinês do filme foi, de certa forma, ridicularizado.
Poxa, tatuar um endereço nele, provavelmente por medo de ele não conseguir achá-lo?
Em muitos momentos pude perceber que o "outro" (no caso, o chinês, pertencente a uma cultura completamente diferente) sempre ficava numa posição cômica - e por vezes ridícula - em relação ao "eu" (no caso, o argentino, pertencente a uma cultura mais próxima da nossa). Não julgo o filme por isso, só achei importante fazer a ressalva. O humor advém justamente desse "estranhamento" e dessas situações cômicas nas quais nos identificamos por meio de alguns personagens. Recomendo o filme.
Vim para a página do filme após assistí-lo esperando encontrar uma sequência de comentários positivos. Pelo jeito, me enganei completamente. Particularmente, adorei o filme. A discussão sobre nacionalidades já começa na primeira cena, no corredor do trem. O tema vai se desenvolvendo durante todo o filme:
temos uma mulher que afirma o tempo todo não falar hebraico, que inclusive foi uma das "ordens" do pai, que por sua vez é um judeu que prefere ficar afastado da "cultura hebraica"... temos um contexto de desocupação de judeus da Faixa de Gaza, em determinado ponto do filme os palestinos aparecem para realçar o embate histórico entre estes e os judeus... enfim, temos essas e outras situações mais pontuais indicando que o diretor preza pela discussão da noção de espaço simbólico e tradicional, multiculturalismo, etc, etc.
Afora essa temática, temos ótimas atuações e cenas para ficar gravadas por muito tempo na memória.
Sensível e adorável. O conflito apresentado pela personagem principal é de uma realidade cortante. A resistência a padrões, regras e normas estabelecidos segundo o sexo biológico (masculino/feminino) por meio de um comportamento dissidente a essas normas (ser "garoto" enquanto o corpo é de "garota") já é, por si só, um tema delicado. Essa situação vivida por uma menina de 10 anos faz com que os fatos sejam encarados sob uma ótica ainda mais sensível. O melhor do filme, na minha opinião, é que para além desse conflito principal, é possível notar alguns detalhes que, se analisados com um pouco mais de atenção, tornam-se belos: os pais aceitam a diferença da filha, e a mãe só briga com ela porque ela mentiu para os colegas. A Jeanne, tão jovem, também lida muito bem com a ideia de uma irmã que desafia normatizações de gênero. O filme fala, com todas as letras, que é possível uma educação de berço que desperte as crianças para diferenças sexuais sem que as mesmas sejam tratadas como abominações. Uma prova disso:
no núcleo familiar há uma harmonia que impede que o preconceito prevaleça, entretanto os amigos do "Mikael" encaram sua transexualidade, ou sua "dissidência sexual" como algo "nojento". Fiquei curioso pra saber como a Laure vai lidar com sua sexualidade quando chegar a pubderdade, por exemplo...
Muito bom!! É um filme que, muito além do puro trash, revela ser uma ferramenta para se relativizar o que é estranho/normal, comum/exótico, diferente/natural.
As análises que se pode fazer através desse filme são várias. É interessante observar, em determinado ponto do filme, o "casamento" da ciência com a beleza estética dentro de uma matriz hierarquizada e socialmente aceita (só pra citar um exemplo).
Além disso, as músicas são ótimas. Fiquei com o ''let's do the time warp again'' por uma semana na cabeça ^^
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraPra quem estiver em Goiânia na sexta-feira (07/02): vai rolar uma sessão com debate no Museu Antropológico da UFG, às 14h! (:
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraFiquei no hall de entrada do cinema algum tempo após o término da sessão, em silêncio, para conseguir "voltar". Um filme sensível, belo e profundamente tocante. Lindo.
Aqueles Dois
3.4 22Mas gente, alguém aí tem esperança de que, algum dia, alguém consiga transpor todo/a o/a sentimento/intensidade dos contos do Caio para a linguagem audiovisual?
Acho que a experiência de ver o conto adaptado às telas valeu simplesmente por (re)viver um pouquinho da obra dele (:
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0KÉ um filme que expõe fatos, cenas, situações e verdades recalcados por todos/as nós. É perturbador, chocante, sinistro e por vezes quase insuportável, mas inegavelmente o filme retrata uma produção (pornográfica, envolvendo situações extremas e às vezes até criminosas) "fictícia" que, no limite, existe - ainda que velada.
Gostei da ironia na sala de cinema em que assisti, no começo dos créditos: muita gente saiu falando mal do filme. Mas a sala estava lotada, provando que por mais bizarra que seja a produção (pornô ou não), sempre haverá mercado, uma vez que há consumo. Por esse motivo, acredito que o filme seja, além de tudo o que já foi falado, uma denúncia.
Um Conto Chinês
4.0 852 Assista AgoraFilme divertidíssimo! Um humor interessante e uma história legal. Só fiquei pensando, durante o filme, como seria a recepção do filme em um público chinês. Digo isso porque o chinês do filme foi, de certa forma, ridicularizado.
Poxa, tatuar um endereço nele, provavelmente por medo de ele não conseguir achá-lo?
Aproximação
3.1 25Vim para a página do filme após assistí-lo esperando encontrar uma sequência de comentários positivos. Pelo jeito, me enganei completamente. Particularmente, adorei o filme. A discussão sobre nacionalidades já começa na primeira cena, no corredor do trem. O tema vai se desenvolvendo durante todo o filme:
temos uma mulher que afirma o tempo todo não falar hebraico, que inclusive foi uma das "ordens" do pai, que por sua vez é um judeu que prefere ficar afastado da "cultura hebraica"... temos um contexto de desocupação de judeus da Faixa de Gaza, em determinado ponto do filme os palestinos aparecem para realçar o embate histórico entre estes e os judeus... enfim, temos essas e outras situações mais pontuais indicando que o diretor preza pela discussão da noção de espaço simbólico e tradicional, multiculturalismo, etc, etc.
O abraço e a cena final são l-i-n-d-o-s
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraSensível e adorável. O conflito apresentado pela personagem principal é de uma realidade cortante. A resistência a padrões, regras e normas estabelecidos segundo o sexo biológico (masculino/feminino) por meio de um comportamento dissidente a essas normas (ser "garoto" enquanto o corpo é de "garota") já é, por si só, um tema delicado. Essa situação vivida por uma menina de 10 anos faz com que os fatos sejam encarados sob uma ótica ainda mais sensível. O melhor do filme, na minha opinião, é que para além desse conflito principal, é possível notar alguns detalhes que, se analisados com um pouco mais de atenção, tornam-se belos: os pais aceitam a diferença da filha, e a mãe só briga com ela porque ela mentiu para os colegas. A Jeanne, tão jovem, também lida muito bem com a ideia de uma irmã que desafia normatizações de gênero. O filme fala, com todas as letras, que é possível uma educação de berço que desperte as crianças para diferenças sexuais sem que as mesmas sejam tratadas como abominações. Uma prova disso:
no núcleo familiar há uma harmonia que impede que o preconceito prevaleça, entretanto os amigos do "Mikael" encaram sua transexualidade, ou sua "dissidência sexual" como algo "nojento". Fiquei curioso pra saber como a Laure vai lidar com sua sexualidade quando chegar a pubderdade, por exemplo...
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraMuito bom!! É um filme que, muito além do puro trash, revela ser uma ferramenta para se relativizar o que é estranho/normal, comum/exótico, diferente/natural.
As análises que se pode fazer através desse filme são várias. É interessante observar, em determinado ponto do filme, o "casamento" da ciência com a beleza estética dentro de uma matriz hierarquizada e socialmente aceita (só pra citar um exemplo).
Além disso, as músicas são ótimas. Fiquei com o ''let's do the time warp again'' por uma semana na cabeça ^^
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista AgoraFantástico. Ainda estou sem palavras...