Adorei o filme Assistir ele sabendo da vida pessoal do Woody Allen me passa a sensação de que estou tendo prazer olhando para um acidente na estrada. Fora isso, os diálogos aqui são quase tão aguçados como em Annie Hall. E as atuações funcionaram muito.
Masculinidade como pulsão de morte. Um criador que se vê como deus (ele chama deus de ''o grande engenheiro'' inclusive) e acaba dominado por sua criação.
A direção do Mann é muito boa, adorei aquele plano que ele repetiu o filme inteiro, foco na cara do ator com cenário/personagens no fundo. As cenas de corrida também, com a câmera sempre muito colada nos carros, faz a corrida ser menos ação dinãmica e mais algo contemplativo. As cenas de acidente são ótimas, o diretor assume o risco de ser gráfico.
A cena do tumulo no começo é muito boa. Demonstra bem a dor reprimida que o personagem carrega o filme inteiro.
Eu acho normal o filme não ser em italiano, até alienigina fala em inglês em hollywood...Mas precisava falar com sotaque de italo-americano?
IN MY MIND LOVE GONNA MAKE US BLIND Finalmente debutei Petzold. E caramba, que filme interessante.
Nadja é uma entidade que lembra Hitchcock. Leon, a vê sem ser visto, pois é fechado para o mundo. Com o passar do tempo ela olha de volta, e desperta um romance que parece tão distante quanto as queimadas da floresta.
Um personagem egoista, ressentido, e acima de tudo isso, profundo. Faz você odiar ele ao mesmo tempo que o entende, sente sua melancolia. Como você se indentifica com alguém que despreza? A simplicidade com que esses sentimentos é exposto é incrivel.
''vou colocar a cena da garota colhendo maçãs em negativo pra simbolizar como um ato de amor e ternura nesse lugar é o inverso do padrão, valores invertidos, etc''
Achei um pedantismo artistico que não combinou com o tema
Vivemos em uma época em que a moralidade do filme importa: as pessoas precisam que as obras que elas assistem reafirmem suas próprias virtudes. Nesse sentido, esse filme subverte um pouco essa lógica. Lanthimos faz o filme mais desconstruidão de sua carreira, apresentando um feminismo pop semelhante a Barbie, mas diferente desse, ele convida o público a imaginar. Se em Barbie precisamos de um narrador pra deixar claro ''esse é o mundo real, aquele é o mundo das Barbies'', precisamos de um filme ''clean'' pra servir ao propósito de humanizar a mattel e agradar gregos e troianos, Poor Things vai pro lado oposto: Te joga em um mundo diferente completamente imaginativo, e o mais importante, bota o dedo na ferida dos TABUS femininos. Tabu é a palavra que mais define esse filme, é o que tira ele da categoria de um filme clean de moralidade chapada e torna toda a historia e estudo de personagem em algo tridimensional. Nesse sentido, a Emma Stone, além de sua atuação impecável, estar como produtora executiva podendo adicionar no personagem foi a decisão mais acertada, pois o filme acerta em cheio na feminilidade, não uma feminilidade plastica como em Barbie, mas algo real. No fim, o diretor faz sim uma mensagem politica, mas esse não é o foco, ele quer mais se divertir fazendo seu filme engraçado, com estudo de uma personagem bem desenvolvida e inevitávelmente isso vai deixar suas mensagens politicas, mas o fato disso não vir em primeiro lugar torna o filme melhor.
Durante a trama, um filme é gravado. Mas o verdadeiro cinema é o que se passa ao redor, fora da câmera do fictício filme. Gosto como existe uma relação intrinseca entre o cinema e o ensino, a pedagogia, o crescer e formar-se alguém. Gosto também do final em aberto, uma vida de vários caminhos em zigue-zague, cena que é repetida por toda a carreira do diretor. Sem dúvida mais uma obra de Kiarostami que vai marcar minha vida cinematográfica, que rompe a barreira do que é real.
Filmes catástrofes, filmes B, ficções cientificas apocalipticas são comuns em hollywood. Shyamalan poderia fazer só mais um filme desses, teria uma notinha alta aqui, criticas amenas, e um filme esquecido. Mas não, ele opta pelo estranho, pelo humor desconfortável que beira a auto-paródia do seu auto-assumido filme B, opta pela falta de compreenção, opta por suas marcas caracteristicas de amor e fé
E ainda bem que ele fez isso, pq esse filme vai ficar na minha cabeça muito mais do que qualquer merda genérica do Roland Emmerich
Caramba que filme gostosinho de se assistir. Dá sono sim, mas não porque é chato, mas porque é quase que relaxante. Esse diretor consegue dizer MUITO com pouca coisa.
Quantas verdades constituem um fato? Qual o valor de relatos, testemunhos? A forma como esse filme expõem os conjuntos de informações é incrivel, um filme verdadeiramente complexo, que não te chama de burro em nenhum momento.
O final é incrivel. Uma catarse, um desafio aos monstros (que no caso somos nós)
Abbas Kiarostami = paisagens inacreditáveis. A forma como o cinema dele se relaciona com o ambiente é incrivel, beira o neorealismo italiano.
Interessante como o filme não assume um lado moral na questão tabu. Os personagens apresentam diversas reações a situação, que tem uma motivação que nem é explicada, o que ajuda a nos manter ainda mais imparciais. O final vai ainda mais fundo nesse feeling, toda morte é falsa no cinema...
Não me engajou muito não, mas tem coisas interessantes sobre o voyerismo do cinema. O filme que a personagem da Natalie Portman tá atuando é justamente o filme que seria esse, se fosse um diretor padrãozinho. Ambas as atrizes mandam muito.
-Fofo. A classe trabalhadora não tem o direito de amar, nem na finlândia. -Acho que gostar ou não do tom dos personagens depende do quão desajustado você é pra se identificar com eles. -Adorei ficar caçando os postêrs de cinema. -As insersões da guerra me irritaram...
Grande surpresa. Como alguém que cresceu com WWE, foi muito divertido de assistir, até começar a ficar sombrio. Essas situações de pais abusivos treinando filhos atletas sempre rende histórias pesadas, sobretudo nos estados unidos. Sempre podem acabar fazendo cair na romantização, mas aqui não foi assim, gostei da forma como foi abordado.
Foi divertidinho em alguns momentos, mas no geral é como assistir a mesma piada sendo contada por duas horas, soma isso a um melodrama de familia dos mais protocolares, e um cinismo pouco questionador. Esse é o máximo que vocês velhos de hollwyood conseguem gostar quando se trata de pauta racial né?
Câmeras instáveis, decupagem instável, atuação instável. Convenções sociais instáveis. Nucleo familiar, propriedade a base dos estados unidos...preciso falar? INSTÁVEL PRA CARALHO. Mabel é o coração do filme, um verdadeiro retrato da mulher moderna em seu abismo mais profundo, uma atuação dentre as maiores da história do cinema, cheia de nuances, seus tiques e expressões faciais são algo completamente único... Ela é uma vítima do marido que alega a insanidade dela enquanto comete atos verdadeirametne insanos, mas nada é preto no branco nessa relação, são personagens crus, espontâneos, que beiram o realismo, e portanto há amor ali, de uma forma completamente distorcida.
O que eu gosto do Baz Luhrman é o luxo, o burlesquo, o maximalismo que te deixa de boca aberta. Aqui, essa caracteristica foi menor do que eu imaginava, mas o melodrama, foco principal, ficou legalzinho. Grandes expectativas para Mollin Rouge.
Teoricamente o objetivo é bem bobo. Nesse cenário onde definitivamente uma criança não deveria estar vagando sozinha, cheio de obstáculos, serpentes, homens enganadores, o que ela busca é simplesmente...um peixe. Mas como um objetivo infantil desses consegue cortar nosso coração? Como conseguimos nos colocar nos olhos dessa criança, enxergando algo bobo com uma importância de vida ou morte? Essa é a magia do cinema, e esse filme em tempo real consegue fazer o incrivel trabalho de nos colocar no lugar de outrem. Ótimo trabalho de roteiro e direção.
Barry keoghan é um ÓTIMO ator, a forma como o personagem dele cresce no filme, a forma como ele caminha do patético ao erótico é incrivel.
A direção desse filme é uma pérola. A forma como vária entre generos. Em uma cena, os ricos são deuses enlouquecidos controlando suas vítimas em um filme de terror, em outra, seres frágeis, satirizados, quase como em uma paródia, uma gag de comédia. A fotografia, a forma como esse lugar é construído, tudo muito bom.
Acho que o filme podia ter apostado um pouco mais na ambiguidade.
Manhattan
4.1 595 Assista AgoraAdorei o filme
Assistir ele sabendo da vida pessoal do Woody Allen me passa a sensação de que estou tendo prazer olhando para um acidente na estrada.
Fora isso, os diálogos aqui são quase tão aguçados como em Annie Hall. E as atuações funcionaram muito.
Ferrari
3.3 94 Assista AgoraMasculinidade como pulsão de morte. Um criador que se vê como deus (ele chama deus de ''o grande engenheiro'' inclusive) e acaba dominado por sua criação.
A direção do Mann é muito boa, adorei aquele plano que ele repetiu o filme inteiro, foco na cara do ator com cenário/personagens no fundo. As cenas de corrida também, com a câmera sempre muito colada nos carros, faz a corrida ser menos ação dinãmica e mais algo contemplativo. As cenas de acidente são ótimas, o diretor assume o risco de ser gráfico.
A cena do tumulo no começo é muito boa. Demonstra bem a dor reprimida que o personagem carrega o filme inteiro.
Eu acho normal o filme não ser em italiano, até alienigina fala em inglês em hollywood...Mas precisava falar com sotaque de italo-americano?
Afire
3.8 52 Assista AgoraIN MY MIND
LOVE GONNA MAKE US BLIND
Finalmente debutei Petzold. E caramba, que filme interessante.
Nadja é uma entidade que lembra Hitchcock. Leon, a vê sem ser visto, pois é fechado para o mundo. Com o passar do tempo ela olha de volta, e desperta um romance que parece tão distante quanto as queimadas da floresta.
Um personagem egoista, ressentido, e acima de tudo isso, profundo. Faz você odiar ele ao mesmo tempo que o entende, sente sua melancolia. Como você se indentifica com alguém que despreza? A simplicidade com que esses sentimentos é exposto é incrivel.
Zona de Interesse
3.6 594 Assista Agora''vou colocar a cena da garota colhendo maçãs em negativo pra simbolizar como um ato de amor e ternura nesse lugar é o inverso do padrão, valores invertidos, etc''
Achei um pedantismo artistico que não combinou com o tema
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraVivemos em uma época em que a moralidade do filme importa: as pessoas precisam que as obras que elas assistem reafirmem suas próprias virtudes. Nesse sentido, esse filme subverte um pouco essa lógica. Lanthimos faz o filme mais desconstruidão de sua carreira, apresentando um feminismo pop semelhante a Barbie, mas diferente desse, ele convida o público a imaginar. Se em Barbie precisamos de um narrador pra deixar claro ''esse é o mundo real, aquele é o mundo das Barbies'', precisamos de um filme ''clean'' pra servir ao propósito de humanizar a mattel e agradar gregos e troianos, Poor Things vai pro lado oposto: Te joga em um mundo diferente completamente imaginativo, e o mais importante, bota o dedo na ferida dos TABUS femininos. Tabu é a palavra que mais define esse filme, é o que tira ele da categoria de um filme clean de moralidade chapada e torna toda a historia e estudo de personagem em algo tridimensional. Nesse sentido, a Emma Stone, além de sua atuação impecável, estar como produtora executiva podendo adicionar no personagem foi a decisão mais acertada, pois o filme acerta em cheio na feminilidade, não uma feminilidade plastica como em Barbie, mas algo real. No fim, o diretor faz sim uma mensagem politica, mas esse não é o foco, ele quer mais se divertir fazendo seu filme engraçado, com estudo de uma personagem bem desenvolvida e inevitávelmente isso vai deixar suas mensagens politicas, mas o fato disso não vir em primeiro lugar torna o filme melhor.
Meninas Malvadas
3.2 183 Assista AgoraParece fanmade
Através das Oliveiras
4.0 56 Assista AgoraDurante a trama, um filme é gravado. Mas o verdadeiro cinema é o que se passa ao redor, fora da câmera do fictício filme. Gosto como existe uma relação intrinseca entre o cinema e o ensino, a pedagogia, o crescer e formar-se alguém. Gosto também do final em aberto, uma vida de vários caminhos em zigue-zague, cena que é repetida por toda a carreira do diretor. Sem dúvida mais uma obra de Kiarostami que vai marcar minha vida cinematográfica, que rompe a barreira do que é real.
Fim dos Tempos
2.5 1,4K Assista AgoraFilmes catástrofes, filmes B, ficções cientificas apocalipticas são comuns em hollywood. Shyamalan poderia fazer só mais um filme desses, teria uma notinha alta aqui, criticas amenas, e um filme esquecido. Mas não, ele opta pelo estranho, pelo humor desconfortável que beira a auto-paródia do seu auto-assumido filme B, opta pela falta de compreenção, opta por suas marcas caracteristicas de amor e fé
E ainda bem que ele fez isso, pq esse filme vai ficar na minha cabeça muito mais do que qualquer merda genérica do Roland Emmerich
Estranhos no Paraíso
3.9 113 Assista AgoraCaramba que filme gostosinho de se assistir. Dá sono sim, mas não porque é chato, mas porque é quase que relaxante. Esse diretor consegue dizer MUITO com pouca coisa.
Monstro
4.3 273 Assista AgoraQuantas verdades constituem um fato? Qual o valor de relatos, testemunhos? A forma como esse filme expõem os conjuntos de informações é incrivel, um filme verdadeiramente complexo, que não te chama de burro em nenhum momento.
O final é incrivel. Uma catarse, um desafio aos monstros (que no caso somos nós)
Gosto de Cereja
4.0 225 Assista AgoraAbbas Kiarostami = paisagens inacreditáveis. A forma como o cinema dele se relaciona com o ambiente é incrivel, beira o neorealismo italiano.
Interessante como o filme não assume um lado moral na questão tabu. Os personagens apresentam diversas reações a situação, que tem uma motivação que nem é explicada, o que ajuda a nos manter ainda mais imparciais. O final vai ainda mais fundo nesse feeling, toda morte é falsa no cinema...
Segredos de um Escândalo
3.5 323 Assista AgoraNão me engajou muito não, mas tem coisas interessantes sobre o voyerismo do cinema. O filme que a personagem da Natalie Portman tá atuando é justamente o filme que seria esse, se fosse um diretor padrãozinho. Ambas as atrizes mandam muito.
Folhas de Outono
3.8 100-Fofo. A classe trabalhadora não tem o direito de amar, nem na finlândia.
-Acho que gostar ou não do tom dos personagens depende do quão desajustado você é pra se identificar com eles.
-Adorei ficar caçando os postêrs de cinema.
-As insersões da guerra me irritaram...
Garra de Ferro
3.9 114Grande surpresa. Como alguém que cresceu com WWE, foi muito divertido de assistir, até começar a ficar sombrio. Essas situações de pais abusivos treinando filhos atletas sempre rende histórias pesadas, sobretudo nos estados unidos. Sempre podem acabar fazendo cair na romantização, mas aqui não foi assim, gostei da forma como foi abordado.
Ficção Americana
3.8 377 Assista AgoraFoi divertidinho em alguns momentos, mas no geral é como assistir a mesma piada sendo contada por duas horas, soma isso a um melodrama de familia dos mais protocolares, e um cinismo pouco questionador. Esse é o máximo que vocês velhos de hollwyood conseguem gostar quando se trata de pauta racial né?
Daunbailó
4.1 134 Assista AgoraPode-se falar muita coisa desse filme: menos que ele é só mais uma obra padrão de hollywood. Interessante a visão do autor.
Uma Mulher Sob Influência
4.3 159 Assista AgoraCâmeras instáveis, decupagem instável, atuação instável. Convenções sociais instáveis. Nucleo familiar, propriedade a base dos estados unidos...preciso falar? INSTÁVEL PRA CARALHO. Mabel é o coração do filme, um verdadeiro retrato da mulher moderna em seu abismo mais profundo, uma atuação dentre as maiores da história do cinema, cheia de nuances, seus tiques e expressões faciais são algo completamente único... Ela é uma vítima do marido que alega a insanidade dela enquanto comete atos verdadeirametne insanos, mas nada é preto no branco nessa relação, são personagens crus, espontâneos, que beiram o realismo, e portanto há amor ali, de uma forma completamente distorcida.
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraO que eu gosto do Baz Luhrman é o luxo, o burlesquo, o maximalismo que te deixa de boca aberta. Aqui, essa caracteristica foi menor do que eu imaginava, mas o melodrama, foco principal, ficou legalzinho. Grandes expectativas para Mollin Rouge.
O Balão Branco
4.0 81Teoricamente o objetivo é bem bobo. Nesse cenário onde definitivamente uma criança não deveria estar vagando sozinha, cheio de obstáculos, serpentes, homens enganadores, o que ela busca é simplesmente...um peixe. Mas como um objetivo infantil desses consegue cortar nosso coração? Como conseguimos nos colocar nos olhos dessa criança, enxergando algo bobo com uma importância de vida ou morte? Essa é a magia do cinema, e esse filme em tempo real consegue fazer o incrivel trabalho de nos colocar no lugar de outrem. Ótimo trabalho de roteiro e direção.
Garota Infernal
2.7 2,7K Assista AgoraSimplesmente terror como gênero do corpo, frontal, cínico e consciente de si mesmo.
Os Idiotas
3.5 283 Assista AgoraUm movimento artificial como o dogma 95 só podia lançar filmes assim: artificiais
Divertida Mente
4.3 3,2K Assista AgoraMediano, bonzinho, por pouco não é ruim. Não tem muita graça, o drama é básico mas é ok.
Saltburn
3.5 858Barry keoghan é um ÓTIMO ator, a forma como o personagem dele cresce no filme, a forma como ele caminha do patético ao erótico é incrivel.
A direção desse filme é uma pérola. A forma como vária entre generos. Em uma cena, os ricos são deuses enlouquecidos controlando suas vítimas em um filme de terror, em outra, seres frágeis, satirizados, quase como em uma paródia, uma gag de comédia. A fotografia, a forma como esse lugar é construído, tudo muito bom.
Acho que o filme podia ter apostado um pouco mais na ambiguidade.
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraOkzinho, não me agrada muito, essa misantropia de pós apocalipse americano já encheu, mas consegue ser um filme bem sombrio.