Aldo César

Acho que esse filme foi produzido com recursos de venda de rifas e trufas.

Sem sombra de dúvida a animação longa metragem é um dos meus maiores achados cinematográfico dos últimos anos. Hotaru no Haka (O Túmulo dos Vagalumes) de Isao Takahata lançado em 1988.

Tenho essa obra hoje como uma das maiores referencias do impacto da Segunda Guerra Mundial em terras Orientais, mais precisamente no Japão. E fico até triste de já não ter conhecido antes, mas nunca é tarde.
Violento, dramático e impactante são as três palavras que para mim definem melhor, “O Túmulo dos Vagalumes”.

Impressionante como o filme te leva a refletir sobre suas convicções, as verdades que você acredita sobre você mesmo, e quão tudo isso pode ser válido ou não numa situação extrema, nesse caso, diante de uma guerra, onde no final das contas não existe vencedor e você inocente, está no meio do fogo cruzado. Imaginem uma situação onde as pessoas perderam sua compaixão pelo próximo e que todo o seu martírio tem um único espectador, você mesmo.

O filme também faz com que você reflita, sua forma de lidar com as pessoas, principalmente quando essas pessoas são seus entes queridos, te faz refletir ainda até onde você ajudaria ou se responsabilizaria por alguém que você ama incondicionalmente.
E ao final de tudo te faz refletir sobre sua própria existência diante de um mundo tomado pelo caos total trazido por entidades burocráticas sedentas pelo poder.

No mais é isso, o restante ficou nas lagrimas que deixei no meu lençol...

"Sol. Porque esta brilhando nesse mundo? Estou esperando para pegar você com minhas mãos, e espremer tanto que não poderá brilhar mais. Assim, tudo será sempre escuro e ninguém terá que ver todas as coisas terríveis que estão acontecendo aqui."

Dramático, violento, tenso, surpreendente, poético. São alguns poucos adjetivos que pude pensar pra poder descrever "Beasts of no Nation". Depois do documentário "Crianças Invisíveis", foi de longe a melhor obra cinematográfica do gênero que já tive a chance de conhecer.

E sem duvida até o ultimo segundo pude perceber porque as "Gigantes" cinematográficas temem tanto a chegada de produções alternativas. Parabéns a Netflix por mais essa quebra de tabu.
Merece todas as estatuetas possíveis que um Oscar possa permitir.