Yasmin Pereira

Me surpreendi! Achei que seria um drama maior, mas fiquei surpresa com os toques de humor ao longo do filme. Achei um filme muito emocionante e que com certeza mostra a sorte desses 33 mineiros que "nasceram de novo". É uma história muito comovente, ainda mais por ser verídica.

Um filme triste, mas necessário. Eddie Redmayne consegue - excelentemente - destrinchar a mente de uma pessoa que passa por um conflito interno existencial e extremamente complexo. Com certeza, nem um pouco fácil pra ninguém que passe por algo assim ou parecido, o que torna um filme que exige a sensibilidade e a empatia do telespectador. Além do mais, o fator da época torna o dilema 10x mais difícil para o protagonista, em um tempo que tais questões eram tristemente tratadas como doença. O companheirismo da esposa (e melhor amiga) e do amigo de infância são um excelente exemplo de fidelidade é amizade. O filme é uma lição de aceitação como pessoa, ao outro, coragem e determinação. Meus parabéns iriam à Eddie e ao diretor, por conseguirem fazer com que isso chegasse ao público.

Li muito aqui sobre "veracidade", "parcialidade", "política". Eu acho que a principal questão não é essa quando se trata sobre esse documentário! Se é 100% verídico eu não sei; se é parcial? Claro!; existe toda uma questão política por trás, envolvida? Sim! mas acho que se trata de HUMANIDADE. Coragem e compaixão!

Estamos cansados de ver inúmeros filmes norte-americanos sobre guerra ao Estado Islâmico, e como são os loucos e insanos que bombardeiam e guerreiam sem arrependimento algum. Talvez esse documentário seja apenas uma brecha que foi aberta pra mostrar o outro lado da moeda! E justamente por isso se torna interessante. Cabe ao espectador saber, entender e compreender ambos os lados.

Mesmo sendo considerado tendencioso, não pode ser considerado distante da realidade. É declarado é exposto ao mundo a guerra que realmente existe lá, e eu prefiro acreditar que existem pessoas boas e dispostas a ajudar o próximo, mesmo em uma nação destruída pelo horror.

Não acho certo pintarmos uma imagem do certo ou errado. O que importa é que somos todos humanos, e como tais, merecemos o direito à vida que seja, no mínimo, digna.