Lembra "Escorregando para a glória", só que ao contrário de seu antecessor, "Eurovision" - por se propor como filme de comédia, falha miseravelmente na tarefa de fazer rir. Ao menos uma coisa boa esse filme tem: Rachel McAdams parecia estar se divertindo bastante durante as gravações.
Um deleite para quem gosta de libertarismo e música brasileira. O produtor musical Leivinha (com o suporte de sua família) foi um verdadeiro herói ao vislumbrar um festival de proporções ao estilo de Woodstock e Ilha de Wight, no interior de São Paulo.
Um neo-noir cheio de saídas fáceis de roteiro, apesar do elenco estelar. Creio que Paul Newman se divertiu bastante durante todo o filme, apenas isso... E impressiona como personagem de Reese Whirterspoon não dá funcionalidade nenhuma à trama, apesar do início do longa sugerir algo diferente.
O melhor de "Cidade Nua" são os meandros da investigação do assassinato tomando por base a cidade de Nova Iorque, seus habitantes e o submundo que a permeia. As cenas de perseguição e o trabalho de investigação manual dos detetives certamente foram inspiração para William Friedkin em "Operação França".
Pérola de filme. Roteiro simples, atuações naturalistas, atmosfera que capta fidedignamente o periodo. É sobre descobrir a adolescência no frescor da experimentação de coisas novas junto a um grupo que admira e, consequentemente, passa a admirá-lo também. O bonito é a família disfuncional entendendo o momento do jovem Stevie, permitindo suas ligações com os "desajustados" Ray, Shitfuck e cia. Ao fim, tudo se casa. Belo filme.
Jojo Rabbit tem um humor bobo e forçado que o prejudica no primeiro ato. Só depois que o filme se descobre um poderoso e comovente drama, nos últimos 40 minutos, é que as coisas andam. Satirizando um famoso documentário sobre a Alemanha nazista, o filme de Waititi, por assim dizer, é um "triunfo da bondade".
Exagera na violência e na tortura desmedidas para testar o espectador, talvez numa intensidade maior que em outros filmes coreanos do gênero "vingança". É interessante a amoralidade presente no último ato, mas até chegar a esse ponto o exaurimento ao ver esse filme é tal que não podemos perdoar algumas bobeadas na narrativa durante o percurso das 2h20 de duração.
Tinha boas lembranças desse filme, apesar de tê-lo visto na última vez em 1995. E como o tempo fez bem a ele. Anthony Hopkins liga o modo do mordomo de emoções contidas, tanto na sua evidente omissão em relação às simpatias nazistas de seu patrão quanto à clara tensão sentimental envolvendo seu relacionamento com q governanta vivida por Emma Thompson - ponto de excelência do filme, a meu ver. É um comovente relato sobre a prisão em si mesmo e frustrações pessoais, em decorrência de um rígido código de moral e conduta que permeia a serviliência de mordomos para com seus patrões, aqui passada de pai para filho (inclusive em suas próprias frustrações). Uma joia de filme.
Tecnicamente impecável, mas creio que Cuaron aborda com uma certa ambiguidade a relação existente entre a "Casa Grande e Senzala". Cleo é da "família", por assim dizer? Mas em que contexto e até que ponto? De toda forma, "Roma" é um filme que gera boas reflexões e te deixa um pouco pensativo após o seu desfecho.
O que me chama atenção em "O Irlandês" é o aspecto de que, na medida em que você se imiscui nas engrenagens de um sistema, fica cada vez mais difícil escapar dele - essa situação se exemplifica quando Frank Sheeran (Robert de Niro) renuncia à lealdade por Jimmy Hoffa (Al Pacino) em detrimento a que tem por Russ Buffalino (Joe Pesci), no sentido de contenção de danos, de toda forma a narração de De Niro pontuando com uma rica descrição a narrativa do filme, sua atuação bastante comovente ao final e Pacino e Pesci, que praticamente engolem o filme quando aparecem, demonstram o claro acerto de Scorsese em incluir esses 3 monstros sagrados do cinema nessa película que pode ser uns de seus últimos grandes momentos (quem saberá o que irá por vir, não é mesmo?)
Uma direção bastante hábil conduz a loucura do odioso protagonista, culminando numa experiência indigesta (porém eficiente) de realismo cru. É, provavelmente, um dos precursores de "Funny Games".
Linklater é especialista em retratar a juventude e prestar-lhe homenagem. Nesse sentido, seu filme "Dazed and Confused" é uma ode ao rito de passagem da adolescência para a vida adulta - e, também, da pré-adolescência para a adolescência. Tem como pano de fundo os lombrados anos 70 (chegando perto de seu fim), em que "carpe diem" parece ser a filosofia adotada por quase todos os jovens do filme, uma vez que, dada a particularidade da vida de cada um destes, o importante é aproveitar o verão e deixar tocar a vida para depois. Chama atenção, na direção de Linklater, o constante foco no rosto de vislumbramento dos jovens retratados no filme. A trilha sonora também é um show à parte.
Sabotador" deve ser uma das películas mais subestimadas de Hitchcock, pois sua atratividade narrativa e constante sensação de urgência e perigo denotam bem elementos fundamentais presentes em um bom thriller. A 1a parte da história então, é fantástica, na medida em que faz uma instigante ode à subversão:
o protagonista (acusado de sabotar maquinário militar) percorre o país algemado, sob a constante desconfiança de sua algoz (Priscila Lane), que o ameaça de entregá-lo à polícia. No decorrer do caminho, o personagem de Robert Cummings tem o apoio do tio cego da moça e de alguns membros de uma trupe circense (com referências claras a "Freaks" (1933), de Todd Browning), cuja aparição é um dos momentos mais surreais e cativantes do filme. Naquele ponto da história, a mensagem que se passa é que valores pessoais serão sempre melhores do que as instituições, mesmo vindos de pessoas situadas à margem da sociedade. E esta mensagem repercute ainda mais intensamente, na medida em que se revelam os mandantes do crime (aristocratas que compõem uma sociedade secreta), cujo objetivo principal é desestabilizar os EUA na Segunda Guerra. Destaque especial para um diálogo entre Barry Kane (Cummings) e Sr. Tobin, em que este último - ao relatar sobre seus planos de dominação - expõe que o cidadão comum quer apenas sua garota, trabalho e lazer enquanto que pessoas na posição dele almejam sempre o poder como sinônimo de satisfação pessoal. É o que diferencia, portanto, os bons patriotas dos maus, de acordo com esse thriller de Hitchcock.
É como se fosse "Um Drink no Inferno" menos gore e sem o elemento trash sobrenatural. No mais, vagueia como uma trama irregular com alguns bons momentos. Funciona como passatempo.
Terror decente. O início do filme e a maior parte das cenas de susto são bastante engenhosas, apesar de ter me incomodado um pouco a superexposição de Meyers durante o filme e um momento bastante "mobral" envolvendo o médico "substituto" do Dr. Loomis.
Quando se propõe a fazer humor, falha miseravelmente - notadamente por seu caráter extremamente infantil. Mas tem alguns pontos positivos, como os dilemas de Thanos (apesar de que, na minha concepção, seu CGI não vá envelhecer muito bem com o passar dos anos) e seu final catastrófico e desolador (
A Canção da Estrada
4.4 71 Assista AgoraBelo, triste e poético.
Dogs Don’t Wear Pants
3.7 90 Assista AgoraIndigesto? Sem dúvidas.
Mas excelente. O Mubi não exibe filme ruim.
Festival Eurovision da Canção: A Saga de Sigrit e Lars
3.2 278Lembra "Escorregando para a glória", só que ao contrário de seu antecessor, "Eurovision" - por se propor como filme de comédia, falha miseravelmente na tarefa de fazer rir. Ao menos uma coisa boa esse filme tem: Rachel McAdams parecia estar se divertindo bastante durante as gravações.
Foxy Brown
3.7 53 Assista AgoraÉ tão genuíno e cool que dá pra perdoar o enredo simplório e falho. E divertidíssimo.
Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
3.9 662 Assista AgoraTem selo Pixar mas o enredo é tão insípido que parece obra da Dreamworks.
Sete Dias Sem Fim
3.4 265 Assista AgoraDaqueles filmes que de tão insossos nem chegam na fronteira do ruim.
O Barato de Iacanga
4.2 76Um deleite para quem gosta de libertarismo e música brasileira. O produtor musical Leivinha (com o suporte de sua família) foi um verdadeiro herói ao vislumbrar um festival de proporções ao estilo de Woodstock e Ilha de Wight, no interior de São Paulo.
O Cidadão do Ano
3.7 57 Assista AgoraSkaarsgard matando uma pá de mafiosos na base do telefone sem fio, em um roteiro simples e sem grandes arroubos. Bom entretenimento.
Fugindo do Passado
2.9 20 Assista AgoraUm neo-noir cheio de saídas fáceis de roteiro, apesar do elenco estelar.
Creio que Paul Newman se divertiu bastante durante todo o filme, apenas isso...
E impressiona como personagem de Reese Whirterspoon não dá funcionalidade nenhuma à trama, apesar do início do longa sugerir algo diferente.
Cidade Nua
3.9 34 Assista AgoraO melhor de "Cidade Nua" são os meandros da investigação do assassinato tomando por base a cidade de Nova Iorque, seus habitantes e o submundo que a permeia.
As cenas de perseguição e o trabalho de investigação manual dos detetives certamente foram inspiração para William Friedkin em "Operação França".
Anos 90
3.9 502Pérola de filme.
Roteiro simples, atuações naturalistas, atmosfera que capta fidedignamente o periodo.
É sobre descobrir a adolescência no frescor da experimentação de coisas novas junto a um grupo que admira e, consequentemente, passa a admirá-lo também. O bonito é a família disfuncional entendendo o momento do jovem Stevie, permitindo suas ligações com os "desajustados" Ray, Shitfuck e cia. Ao fim, tudo se casa. Belo filme.
A Cruz de Ferro
4.0 70 Assista AgoraPeckinpah, Alemanha nazista e um belo trecho de Brecht no fim.
Grande filme.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraJojo Rabbit tem um humor bobo e forçado que o prejudica no primeiro ato.
Só depois que o filme se descobre um poderoso e comovente drama, nos últimos 40 minutos, é que as coisas andam.
Satirizando um famoso documentário sobre a Alemanha nazista, o filme de Waititi, por assim dizer, é um "triunfo da bondade".
Eu Vi o Diabo
4.1 1,1KExagera na violência e na tortura desmedidas para testar o espectador, talvez numa intensidade maior que em outros filmes coreanos do gênero "vingança". É interessante a amoralidade presente no último ato, mas até chegar a esse ponto o exaurimento ao ver esse filme é tal que não podemos perdoar algumas bobeadas na narrativa durante o percurso das 2h20 de duração.
Todo Mundo Quase Morto
3.7 979 Assista AgoraBom, mas empalidece um pouco quando vemos "Chumbo Grosso", da mesma trinca Edgar Wright - Simon Pegg - Nick Frost.
Vestígios do Dia
3.8 219 Assista AgoraTinha boas lembranças desse filme, apesar de tê-lo visto na última vez em 1995. E como o tempo fez bem a ele.
Anthony Hopkins liga o modo do mordomo de emoções contidas, tanto na sua evidente omissão em relação às simpatias nazistas de seu patrão quanto à clara tensão sentimental envolvendo seu relacionamento com q governanta vivida por Emma Thompson - ponto de excelência do filme, a meu ver.
É um comovente relato sobre a prisão em si mesmo e frustrações pessoais, em decorrência de um rígido código de moral e conduta que permeia a serviliência de mordomos para com seus patrões, aqui passada de pai para filho (inclusive em suas próprias frustrações).
Uma joia de filme.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraTecnicamente impecável, mas creio que Cuaron aborda com uma certa ambiguidade a relação existente entre a "Casa Grande e Senzala". Cleo é da "família", por assim dizer? Mas em que contexto e até que ponto? De toda forma, "Roma" é um filme que gera boas reflexões e te deixa um pouco pensativo após o seu desfecho.
O Irlandês
4.0 1,5K Assista AgoraO que me chama atenção em "O Irlandês" é o aspecto de que, na medida em que você se imiscui nas engrenagens de um sistema, fica cada vez mais difícil escapar dele - essa situação se exemplifica quando Frank Sheeran (Robert de Niro) renuncia à lealdade por Jimmy Hoffa (Al Pacino) em detrimento a que tem por Russ Buffalino (Joe Pesci), no sentido de contenção de danos, de toda forma a narração de De Niro pontuando com uma rica descrição a narrativa do filme, sua atuação bastante comovente ao final e Pacino e Pesci, que praticamente engolem o filme quando aparecem, demonstram o claro acerto de Scorsese em incluir esses 3 monstros sagrados do cinema nessa película que pode ser uns de seus últimos grandes momentos (quem saberá o que irá por vir, não é mesmo?)
Medo
3.6 158Uma direção bastante hábil conduz a loucura do odioso protagonista, culminando numa experiência indigesta (porém eficiente) de realismo cru. É, provavelmente, um dos precursores de "Funny Games".
Jovens, Loucos e Rebeldes
3.7 447 Assista AgoraLinklater é especialista em retratar a juventude e prestar-lhe homenagem.
Nesse sentido, seu filme "Dazed and Confused" é uma ode ao rito de passagem da adolescência para a vida adulta - e, também, da pré-adolescência para a adolescência.
Tem como pano de fundo os lombrados anos 70 (chegando perto de seu fim), em que "carpe diem" parece ser a filosofia adotada por quase todos os jovens do filme, uma vez que, dada a particularidade da vida de cada um destes, o importante é aproveitar o verão e deixar tocar a vida para depois.
Chama atenção, na direção de Linklater, o constante foco no rosto de vislumbramento dos jovens retratados no filme. A trilha sonora também é um show à parte.
Sabotador
3.6 75 Assista AgoraSabotador" deve ser uma das películas mais subestimadas de Hitchcock, pois sua atratividade narrativa e constante sensação de urgência e perigo denotam bem elementos fundamentais presentes em um bom thriller.
A 1a parte da história então, é fantástica, na medida em que faz uma instigante ode à subversão:
o protagonista (acusado de sabotar maquinário militar) percorre o país algemado, sob a constante desconfiança de sua algoz (Priscila Lane), que o ameaça de entregá-lo à polícia. No decorrer do caminho, o personagem de Robert Cummings tem o apoio do tio cego da moça e de alguns membros de uma trupe circense (com referências claras a "Freaks" (1933), de Todd Browning), cuja aparição é um dos momentos mais surreais e cativantes do filme.
Naquele ponto da história, a mensagem que se passa é que valores pessoais serão sempre melhores do que as instituições, mesmo vindos de pessoas situadas à margem da sociedade. E esta mensagem repercute ainda mais intensamente, na medida em que se revelam os mandantes do crime (aristocratas que compõem uma sociedade secreta), cujo objetivo principal é desestabilizar os EUA na Segunda Guerra.
Destaque especial para um diálogo entre Barry Kane (Cummings) e Sr. Tobin, em que este último - ao relatar sobre seus planos de dominação - expõe que o cidadão comum quer apenas sua garota, trabalho e lazer enquanto que pessoas na posição dele almejam sempre o poder como sinônimo de satisfação pessoal.
É o que diferencia, portanto, os bons patriotas dos maus, de acordo com esse thriller de Hitchcock.
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista AgoraÉ como se fosse "Um Drink no Inferno" menos gore e sem o elemento trash sobrenatural. No mais, vagueia como uma trama irregular com alguns bons momentos. Funciona como passatempo.
Halloween
3.4 1,1KTerror decente. O início do filme e a maior parte das cenas de susto são bastante engenhosas, apesar de ter me incomodado um pouco a superexposição de Meyers durante o filme e um momento bastante "mobral" envolvendo o médico "substituto" do Dr. Loomis.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraQuando se propõe a fazer humor, falha miseravelmente - notadamente por seu caráter extremamente infantil.
Mas tem alguns pontos positivos, como os dilemas de Thanos (apesar de que, na minha concepção, seu CGI não vá envelhecer muito bem com o passar dos anos) e seu final catastrófico e desolador (
apesar de não acreditarmos na irreversibilidade da morte de um daqueles importantes personagens