Edgar Peixoto de Moura, em arte mais conhecido como Edgar Moura, é um Diretor de Fotografia, operador de câmera, professor de cinematografia, fotógrafo e escritor brasileiro nascido no Rio de Janeiro (RJ) em 1948. Foi cartunista, colunista e fotógrafo de O Pasquim (1973/86), fotógrafo do jornal Última Hora (1968) e da agência Gamma de Paris (1973/83). Fotógrafo desde os anos 70, é um dos mais conceituados diretores de fotografia brasileiros.

Em 1968, trabalhando como fotojornalista no Jornal Última Hora, estuda química mas abandona, indo estudar, então, no Institut National Supérieur des Arts du Spetacle, em Bruxelas, onde graduou-se em 1972 em Imagem fotográfica e Cinematográfica.

De volta ao Brasil, no mesmo ano dirige e fotografa seu primeiro filme, o curta Linha de Mão (1972), que retrata um dia de trabalho na pesca artesanal realizada ao longo da costa nordestina. Dirige vários curtas, ganha experiência, até ser chamado por Ruy Guerra para fazer a sua estreia na direção de fotografia, no longa A queda (1976), função que daí em diante exerceu em mais de 50 filmes.

De 1976 a 1978, é professor de fotografia no curso de cinema da UFF (Universidade Federal Fluminense). Passa a ser requisitado com freqüência em produções de sucesso como Bar Esperança, o Último Que Fecha (1983), de Hugo Carvana; A Fábula da Bela Palomera (1988) e Kuarup (1989), novamente com Ruy Guerra.

Além de lecionar fotografia de cinema na UFF e no Instituto Nacional de Cinema de Moçambique, Edgar Moura faz carreira internacional, nos anos 1990, em Portugal e Cabo Verde em filmes como Encontros Imperfeitos (1993), em Portugal e Peixe-Lua, coprodução entre Portugal, França e Espanha.

No Brasil, fez carreira de sucesso na televisão, como nas minisséries Primo Basílio (1988), A.E.I.O.Urca (1989), Marina (1991), Anos Rebeldes (1992), Lucíola (1993) e nas séries A Justiceira (1997) e A Vida Como Ela É (1996/99).

No decorrer de sua carreira cinematográfica, Edgar Moura tem estabelecido duradouras parcerias junto a cineastas, como Ruy Guerra, Tizuka Yamasaki e Moacyr Góes.

Com Ruy Guerra, com quem iniciou no cinema, trabalhou nos filmes A Queda e Kuarup.

Para Moacyr Góes contribuiu na Direção de Fotografia de Trair e coçar, é só começar (2006), Xuxa e o tesouro da cidade perdida (2004) e Xuxa abracadabra (2003).

Junto com Tizuka Yamasaki, trabalhou em Gaijin – ama-me como sou (2005), Lua de cristal, Patriamada (1985), Parahyba, mulher-macho (1983) e Gaijin, caminhos da liberdade (1980).

Em 2001, lançou o livro 50 anos Luz, Câmera e Ação pela Editora SENAC, de São Paulo.

Cônjuge: Débora Bloch (de 1987 a 1989), Maitê Proença