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Nascimento: 20 de Janeiro de 1932 (68 years)

Falecimento: 25 de Setembro de 2000

Puerta del Golpe, Pinar del Río - Cuba

Terminou a primeira e segundo ensino na província de Pinar do Rio, estudou jornalismo na Universidade da Habana e humanidades e línguas no estrangeiro. Sabia francês, inglês, alemão, russo, italiano e grego. Como jornalista foi corresponsal de Imprensa Latina em Nova York (1959) e a União Soviética (1962-1964), bem como comentarista radial em Miami , cidade na que se desempenhou também como profe­sor de inglês (1956-1959). Em 1959 vai-se Nova York para trabalhar como professor e tradutor das Escolas Berlitz, mas no mesmo ano regressou a Cuba para fazer parte da periódico Revolução. Colaborou em revista-a União, foi director de Cubartimpex, organismo encarregado de seleccionar livros estrangeiros (1964), representou ao ministério de Comércio Exterior nos países socialistas e escandinavos e regressou a Cuba em 1966, já com uma visão crítica do regime que imperaba em seu país.

Nesse mesmo ano converteu-se em centro de uma polémica cultural nas páginas de Juventude Rebelde, apesar do qual obteve o Prêmio Nacional de Poesia por Fora do jogo, o que motivou os protestos da União de Escritores já que o livro era considerado contrarrevolucionario. Em 1967 começa a trabalhar na Universidade de Havana até que o 20 de março de 1971 é detido a raiz do recital de poesia dado na União de Escritores, onde leu Provocações. Padilla foi preso junto com a poetisa Belkis Cuza Malé, sua esposa desde 1967. Ambos foram acusados pelo Departamento de Segurança do Estado de actividades subversivas” contra o governo. Seu encarceramento provocou uma reacção em todo mundo, com as consiguientes protestos de conocidísimos intelectuais entre os que figuravam Simone de Beauvoir, Margarite Duras, Carlos Fontes, Juan Goytisolo, Alberto Moravia, Octavio Paz, Juan Rulfo, Jean-Paul Sartre, Susan Sontag, Mario Vargas Llosa e muitos outros. Após 38 dias de reclusão em Villa Marista, Padilla leu na União de Escritores sua famosa Autocrítica. Sua esposa conseguiu sair com seu filho pequeno para os Estados Unidos em 1979, e ao ano seguinte, graças à pressão internacional, permitiu a Padilla viajar também a esse país. Chegou a Nova York, via Montreal, o 16 de março de 1980. Como testemunham sua esposa e o escritor Guillermo Cabrera Infante esta experiência e o exílio alteraram para Padilla, que enfermó espiritualmente e nunca pôde se repor do tudo.[1] Morreu de um ataque ao coração aos 68 anos, recostado em um sofá em Alabama.

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