Nascimento: 4 de Março de 1946 (78 years)
Manaus - Amazonas - Brasil
Márcio Gonçalves Bentes de Souza é um escritor brasileiro.
Em Manaus, ainda jovem, começou a trabalhar como crítico de cinema no jornal O Trabalhista, do qual seu pai é sócio. Em 1965, assume a coordenação das edições do governo do Estado do Amazonas, mas logo em seguida muda-se para São Paulo e ingressa no curso de ciências sociais da Universidade de São Paulo - USP. Perseguido pela ditadura militar, interrompe os estudos em 1969 e começa a vida profissional no cinema, como crítico, roteirista e diretor. Na dramaturgia, escreveu peças como "As Folias do Látex" e "Tem Piranha no Pirarucu".
Com a obra "Galvez - Imperador do Acre", inicia sua carreira literária, em 1976. Escreveu diversas obras inseridas no ambiente sociocultural da Amazônia, tais como "Mad Maria", "Plácido de Castro contra o Bolivian Syndicate", "Zona Franca, Meu Amor", "Silvino Santos: O Cineasta do Ciclo da Borracha", entre outras.
Entre 1981 e 1982 publicou em folhetins, no jornal Folha de S. Paulo, o romance "A Resistível Ascensão do Boto Tucuxi".
Destacou-se também como cineasta e ensaísta ("A Selva" e "A Expressão Amazonense do Neolítico à Sociedade de Consumo"). Mais recentemente, tem-se dedicado a uma tetralogia sobre os anos em que a antiga Província do Grão-Pará, que fora durante todo o período colonial um Estado separado do Estado do Brasil, atravessou a séria crise de sua anexação ao Brasil e de revoltas contra o poder do Rio de Janeiro e/ou contra a desigualdade social, de que padeciam sobretudo os negros e os indígenas.
Em 1976, assume o cargo de diretor de planejamento da Fundação Cultural do Amazonas.
Foi também presidente da Funarte entre 1995 e 2003, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Ocupa, desde janeiro de 2013, a presidência do O Conselho Municipal de Política Cultural da cidade de Manaus.