Nascimento: 25 de Fevereiro de 1947 (62 years)
Falecimento: 15 de Maio de 2009
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil
Maria Augusta Carneiro Ribeiro (Montes Claros, 25 de fevereiro de 1947 - Rio de Janeiro, 15 de maio de 2009) foi uma militante de organizações de extrema-esquerda do Brasil, mais conhecida por ter sido a única mulher libertada pela ditadura militar por ocasião do sequestro do embaixador dos Estados Unidos Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969.[1]
Ex-estudante de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e militante da Dissidência Comunista Universitária da Guanabara e do MR-8, foi presa pela primeira vez durante a reunião clandestina da UNE em Ibiúna, interior de São Paulo, em 1968.[2]Depois de solta, foi novamente presa em maio de 1969 e libertada no grupo de prisioneiros políticos trocados pelo embaixador americano. Durante sua estada na cadeia, enquanto o sequestro acontecia, ela teve os dentes quebrados na cela a socos por um torturador.[2]
Exilada, passou pelo México, Cuba, Itália, Chile, Argélia e Suécia, onde se graduou em pedagogia na Universidade de Uppsala. Ao retornar ao Brasil depois da Anistia, Maria Augusta foi uma das fundadoras do PT no Rio de Janeiro e trabalhou na Companhia Vale do Rio Doce e como ouvidora-geral da Petrobrás nos anos anteriores à sua morte.[3] Morreu cerca de vinte dias depois de um acidente de automóvel em Búzios, no Estado do Rio, em decorrência dos ferimentos sofridos.