12.12: O DIA estreia hoje nos cinemas pela Sato Company. Entre o passado e o presente, o longa reforça o papel do cinema como ferramenta de reflexão histórica.
Confira 5 motivos para ver a obra nas telonas!
1. Baseado em eventos históricos reais
O filme retrata o golpe militar ocorrido em 12 de dezembro de 1979 na Coreia do Sul, após o assassinato do presidente Park Chung-hee. Essa dramatização oferece uma visão intensa e educativa sobre um momento crucial da história sul-coreana. 12.12: O DIA, dirigido por Kim Sung-soo, expõe as lutas de poder e os dilemas morais que marcaram o país há mais de quatro décadas.
O diretor Kim Sung-soo combina história e ficção para capturar a intensidade de 1979, quando a morte do presidente Park e a declaração de lei marcial levaram o comandante Chun Doo-gwang a tentar tomar o poder. Enquanto isso, o comandante Lee Tae-shin enfrenta o desafio de impedir que o exército seja usado politicamente. Esta é a primeira vez que o golpe militar do país é retratado no cinema de ficção.
2. Relevância política contemporânea
Apesar de ambientado no passado, o longa estabelece conexões com o cenário político atual da Coreia do Sul, ganhando ainda mais relevância com o recente impeachment do presidente Yoon Suk-yeol.
Em dezembro de 2024, o então chefe do Executivo surpreendeu ao declarar lei marcial, fechar o parlamento e restringir a liberdade de imprensa, em uma atitude que muito se assemelha a um golpe. Embora a medida tenha sido revogada após resistência popular e parlamentar, o episódio reacendeu debates sobre democracia e liberdade, destacando o quanto o passado pode ecoar no presente.
O cinema tem o poder de nos ensinar a resistir em tempos difíceis. 12.12: O DIA não é apenas um retrato do passado, mas um alerta para o presente. Em um mundo onde a democracia enfrenta desafios contínuos, o filme nos lembra que a liberdade nunca é garantida — é preciso defendê-la.
3. Reconhecimento internacional
O longa foi selecionado para representar a Coreia do Sul no Oscar 2025 e foi a maior bilheteria sul-coreana de 2023, demonstrando sua qualidade técnica e artística e o seu impacto tanto nacional quanto internacionalmente.
4. Direção minuciosa
O diretor Kim Sung-soo, conhecido por filmes como “Asura: The City of Madness” e “The Flu”, combina ação e drama político de forma envolvente, mantendo o espectador imerso do início ao fim.
O cineasta ressalta que 12:12: O DIA mistura acontecimentos históricos com elementos fictícios para transmitir a intensidade daquele período. “Minha intenção foi levar o público para aquela noite gelada e carregada de tensão, retratando as escolhas e dilemas das pessoas que vivenciaram esse momento tão significativo”, declara.
Kim também revela que sua ligação com a história é pessoal, pois vivenciou os eventos de 1979 quando tinha 19 anos. “Fiquei por mais de 20 minutos sentindo o ar gelado daquela noite de inverno, ouvindo os tiros ecoando pelo céu. Foi uma experiência aterrorizante, mas ao mesmo tempo repleta de curiosidade. Sempre me perguntei: quem estava lutando contra quem, e qual era o motivo?”, compartilha.
5. Elenco de destaque e alto nível de produção
O elenco de 12.12: O DIA tem nomes importantes como Lee Sung-min, Park Hae-joon e Kim Sung-kyun, além de Jung Hae-in, protagonista da série “Love Next Door” da Netflix”. O filme tem performances poderosas que dão vida aos personagens históricos, aumentando o impacto emocional da narrativa. Inclusive, a produção do longa se dedicou a recriar com precisão os detalhes históricos de 1979, incluindo locações como o Bunker B2 no Quartel-General do Exército, a sala de comando do Grupo de Segurança da 30ª Divisão e as ruas de Seul. Para alcançar esse nível de autenticidade, a equipe recorreu a uma combinação de arquivos históricos, fotografias e consultores militares.
Imagem: Sato Company/Divulgação