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Nascimento: 16 de Fevereiro de 1848 (69 years)

Falecimento: 16 de Fevereiro de 1917

Trévières - França

Octave Henri Marie Mirbeau foi um escritor, crítico de arte, jornalista e entusiasta do anarquismo nascido na França. Autor de diversos romances e peças teatrais, é considerado uma das personalidades mais originais da literatura francesa da chamada “Belle Époque”. Tolstói certa vez o definira como “o maior escritor francês contemporâneo e aquele que melhor representava o gênio secular da França”.

Suas obras se caracterizam por seu anticlericalismo e seu antimilitarismo. Foi um personagem comprometido com todas as lutas de seu tempo em busca de justiça social.

Crítico de arte e de literatura, conviveu com grandes nomes de sua época: foi defensor de Auguste Rodin, Claude Monet, Camille Pissarro, Paul Cézanne, Félix Vallotton e Pierre Bonnard, “descobriu” Vincent Van Gogh, Camille Claudel, Aristide Maillol, Maurice Maeterlinck, Marguerite Audoux e Maurice Utrillo.

Entusiasta do anarquismo e ardente dreyfusista, encarna o protótipo de intelectual comprometido com os assuntos públicos de sua época, assumindo como dever primordial desmistificar as instituições que alienam e oprimem. Nesta tarefa buscou constituir uma estética da revelação que levasse a lucidez, capaz de obrigar os voluntariamente cegos a encararem a realidade das injustiças do mundo. Combateu a sociedade burguesa e a economia capitalista, fazendo frente a formas literárias e estéticas tradicionais que contribuíam para anestesiar consciências, rejeitou o naturalismo, o academicismo e o simbolismo, buscando seu caminho entre o impressionismo e expressionismo.

Em “Sébastien Roch”, publicado em 1890, Mirbeau busca superar os efeitos traumáticos das experiências como estudante adolescente entre os jesuítas de Vannes. Dando um tom ficcional a fatos verídicos o autor descreve a violência sofrida por ele e por outras crianças de sua idade sob os 'cuidados' dos jesuítas, transgredindo um tabu que perduraria ainda por uma centena de anos ao denunciar o estupro de crianças e adolescentes por sacerdotes.
Em 1900 lança “Le Journal d'une Femme de Chambre” (Diário de uma Criada de Quarto) no qual denuncia a domesticidade como uma forma de escravidão dos tempos modernos e exibe os segredos repugnantes da burguesia. Esse texto foi adaptado para o cinema por Jean Renoir e, posteriormente, por Luis Buñuel.

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