O documentário de natureza experimental Povo de Atalaia brinca com os mecanismos da memória coletiva da Atalaia ao contar um pouco da história do bairro e seu crescimento, um recorte a partir do ponto de vista de Gabriela Caldas, que realizou o filme através de dispositivos (regras auto impostas de realização) a exemplo da escolha dos personagens que de alguma forma cruzaram a vida da autora. Povo de Atalaia abusa de imagens de arquivos variados em sua construção, destaque as fotografias de José Caldas que fotografa a Aracaju desde do final dos anos 70 e as participações musicais de Pedrinho Mendonça, Joesia Ramos, Patrícia Polayne, Jimi, Snooze, Cataluzes, Tonho Baixinho, Grupo Sabuká Kariri Xocó além dos relatos de Caio Amado, Cabo Duda, Telma dos Santos filha de Manequito, Antonio Passos, Seu Dió, Mary Barreto, Andrea Hoo, Rafael Snooze, Cibele C., Wesley Pereira de Castro entre outros personagens. O documentário se vale de artifícios estéticos que emulam um labirinto temporal/afetivo/imagético/histórico/musical na representação das memórias da autora a partir das vozes de seus personagens.