"Race Riot", o novo vídeo de Pfeiffer, é tão grande quanto a minúscula tela pop-out de uma câmera digital. A apresentação parecida com a da peça, que é montada em um pedestal em uma vitrina alta, pode parecer mais apropriada para uma exibição de espécimes de insetos do que uma obra de arte contemporânea. Mas há uma razão por trás disso. "Isso força a concentração", explica Pfeiffer, "e uma distância muito íntima com o espectador".

No entanto, "Race Riot", que Pfeiffer chama de escultura de vídeo, dificilmente poderia ser mais contemporâneo ou ter mais a ver com a arte. Não retrata uma insurreição, mas um pileup em uma quadra de basquete, enquanto vários jogadores disputam a bola. Somente depois de ajustar a escala reduzida e o tom branqueado da imagem é que se vê o que está lá: mãos frenéticas e escuras acariciando corpos uniformizados de branco numa despir clínica do desejo.