Uma criança, educada pelas novas tecnologias e inserida desde cedo numa sociedade modernista, tem imposto como destino de férias de verão, a casa do seu avô.
O avô de caráter forte, encontra-se a trabalhar quando o vemos pela primeira vez. Após um primeiro contato, entendemos perfeitamente o contraste entre as duas personagens.
É depois de confrontado com o que serão as suas férias de verão, de perceber o universo social típico de uma aldeia, os hábitos religiosos e a ausência de tecnologia que o acompanhava, que o neto entende que não existirá o entretenimento a que está habituado. Não será de livre vontade que as mudanças ocorrem, e é aqui que se insere a frase de José Manuel Sobral, “espaço físico, em que o meio molda o homem", pois ao longo do tempo, as férias de verão tornar-se-ão uma viagem que ruma à descoberta da pureza do campo, à sensibilidade da Natureza e à simplicidade da vida campestre, onde se cria uma sintonia entre avô, neto e o meio que para além de incorporar trabalho e dureza envolve também toda uma magia, que vale a pena descobrir, longe de toda a abundância de tecnologia e espirito consumista.