SCHREI é descrito por Diamanda Galás como "o estupro, a tortura e outro experimento humano; o grito agudo de um animal que é repetidamente atacado por dentro em um espaço confinado".
O filme é formado por várias performances curtas, incorporadas a elementos do teatro, literatura e arte visual, que seguem uma paciente (interpretada por Galás) dentro de um manicômio, após ela ter sido presa por traição e sujeita à tortura a fim de se extrair uma confissão que ainda não foi dada.
Trata-se de um retrato poderoso e implacável dos traumas psicológicos e fisiológicos causados aos inimigos do Estado dentro de uma 'instalação médica' onde os médicos treinados proporcionam mudanças incrementais de choques, luz, calor e frio aos seus pacientes em espaços confinados.
Proferimentos abstratos – incluindo excertos do Livro de Jó e São Tomás de Aquino – se fundem a vocais extremos e à alternância com o silêncio absoluto, em passagens sobre transições entre vida e morte, salvação e condenação, sanidade e loucura, no que que seria, em resultado, não mais uma confissão, mas uma "recriminação sagrada".