Encenado como um drama de época suntuoso, Tropikos se anuncia como uma ficção – uma “tetralogia sobre a água e os sonhos” – e está repleto de referências literárias, citando já na abertura Shakespeare e Pedro Calderón de la Barca. No entanto, o anacronismo lúdico proposto por John Akomfrah sugere que esta é uma narrativa a um só tempo histórica e vital: um retrato dos fantasmas que perduram e assombram a paisagem contemporânea.