Lu

ah tá, quer viver uma vida de fêmea livre e deixar o marido no papel do monogâmico, não é minha filha? Cuidando dos filhos, perdoando a cada galhada. Vamos ao que interessa, se estava a fim de viver uma vida sexual prazerosa e perigosa, ao menos fosse honesta para pedir a abertura do casamento ou o divórcio. Mas, fazer o marido de pateta é reproduzir a mesma sacanagem que nós mulheres tentamos nos livrar a vida inteira do lado do machismo, ou seja, não queremos ser iguais ao pior do machismo, queremos ser melhores. Mas, tem gente confundindo na questão "ser melhor" com, saber pular melhor a cerca. Tem dó. A questão de ser livre para o apetite sexual, passa antes por ser ético e também passa por raciocinar um caminho melhor e não pior para nossas vidas. Então, dou uma estrela para algumas cenas picantes, o nu frontal do Brad, o nu traseiro do Cooper e as belas formas maduras de Billie, a egoísta assumida, mas não menos bela.

Bacurau sai do mapa para entrar pra História das revoltas e revoluções de um sistema mais que cruel batido e rebatido no traçado do mundo. Uma hora o povo acorda, nem que seja a base de uma sementinha psicodélica.

Uma experiência fodástica sobre suspense, terror, drama e humor. Que roteiro original e que atmosfera sufocante! Não consigo processar o racismo entranhado por mínimos detalhes e sob a ótica desconfortável do personagem principal. Reviravolta no grau exato.