não achei o final ruim ,só previsível... na falta do autor em entregar o projeto de um desfecho aceitável, os eventos se caminharam chegando até a obviedade. no final de um dos episódios um dos produtores comenta sobre
daenerys ter queimado a cidade. o poder de um dragão, que na temporada anterior vimos derrubando a muralha e a briga entre eles, agora comprovamos seu poder de fogo.
já tinha recebido um spoiler e minhas expectativas estavam cientes de uma possível decepção. porém, me incomodou por exemplo,
a imobilidade da cersei, jon snow vencendo o jogo dos tronos, preso, daenerys poderia não ter colocado fogo em tudo se cersei não tivesse matado missandei. algumas coisas foram muito ruins e forçadas. entretanto foi legal ver os personagens interagindo juntos, a preparação para consagrar a rainha mãe dos dragões e o segredo se espalhando de que jon e dany são irmãos. a equipe de produção investiu pesado na cena do bombardeio por dragon em king's land.
um dos prazeres que tive ao assistir a série foi perceber os investimentos de 15 a 20 milhões de dólares por episódio. querendo ou não, a série faz parte da cultura televisiva sobretudo devido sua potência em expressar os limites da natureza humana, talvez por isso que a última temporada tenha destoado tanto das primeiras. o dinheiro estava lá e a máquina do roteiro exposta, o mundo da rainha caindo aos pedaços e ela não aceitava.
mas o sino tocou, e mesmo assim daenerys não cessou de torrar toda a cidade. era como se toda a construção social tida até então se apagasse, mas havia ainda que dar uma conclusão para a história, pois em alguma hora haveria de chegar a paz entre os reinos.
não é como se nunca houvesse tido nenhuma série até 2007 que se passava em los angeles, mas é como se hank fosse o retrato fiel de uma cidade decadente de valores. claro que há vários comentários a serem feitos em virtude do olhar que temos sobre ela em 2021 (o escritor dorme com todas as garotas que tem contato, o caso pedofilia sendo relativizado, etc), até porque a intenção é mostrar como hank não é perfeito! ele é um homem complicado de l.a.
que ainda está apaixonado por sua ex-mulher e tenta conquistá-la, a mesma que lhe trai e se casa com um cara totalmente careta igual a bill. o final aponta para uma direção ambígua ao relacionar a cena da família reunida com a cena do começo do episódio, a do sonho com que que hank literalmente prevê o que acontece (dando ao espectador também a chance de somar uma peça ao quebra-cabeça da trama). o desfecho virá somente na segunda temporada, finalmente saberemos se karen terá escolhido ir embora e deixar tudo ou ficar o resto da vida casada com outro homem que também traiu.
eu costumava não mais que passar os olhos sobre as séries que passavam no sbt em dia de domingo, pois ainda não entendia de fato o que era uma cidade decadente, ou seja, não estava assistindo um produto audiovisual da minha faixa etária. se pararmos para analisar, é aí que se encontra a sacada da série: mesmo que o nova-iorquino não seja um recém-chegado na cidade, tudo parte do principio que nossas ações podem ser justificadas por uma perda da inocência. é por isso que acredito que californication tenha ficado tão datada. hank nunca é o culpado de nada, toda a merda que acontece na sua vida foi provocada pelas mulheres incontroláveis que lhe rodeia, uma pobre vítima do sistema com seu charme irresistível de escritor. não acho que seja de todo ruim, o roteiro tem várias sacadas inteligentes ("you think I wanted Sylvia Plath to come over here and go all fucking bell jar on me?"). vale a pena ser assistida, a boa atuação de David Duchovny e de todo o elenco torna tudo mais convincente. um retrato fiel da sociedade norte-americana.
série surreal. larry david é muito fudido e estressado com tudo, me identifiquei porque também sou esquentado. o roteiro dos episódios são muito inteligentes, captam as nuances de um modo de vida estadunidense classe alta com eventos que permeiam o cotidiano comum. no ep affirmative action, larry escreve um roteiro que questiona o motivo dele não ter trabalhado com muitas pessoas negras em suas produções. acho que o sarcasmo nasce de um lugar consciente das reflexões que ele causa, tornando a série muito prazerosa de assistir e com pautas pertinentes até hoje
embora eu ache que a série seja uma propaganda do estilo de vida heterossexual branco e estadunidense, carregada de valores morais e patrióticos, reconheço que o papel do casal taylor na transformação dos jovens é algo muito bonito de se ver. além disso, aborda temas delicados como racismo e inclusão de pessoas com deficiência em pleno 2006. a trama é muito bem balanceada, mesmo com 22 episódios de 40 minutos cada, conseguiu me prender do inicio ao fim.
não concordo com o q disseram aqui sobre a korra ser chata ou não tão boa quanto ao aang, é fácil discordar disso: diferente da série que foi originada, korra tem uma camada muito mais complexa. os debates contrapostos até ali, a garota da tribo do sul ter derrotado vaatu e ter deixado aberto o portal para o mundo espiritual, não são nada quando zaheer, que após 13 anos preso, foi beneficiado pela convergência harmônica com a dominação de ar. ele foge da cadeia com a intenção de matar o avatar durante o estado de maior demonstração de força de seu poder, pois assim o ciclo se acaba. achei o cenário da luta final muito parecido com o da luta de aang com o senhor do fogo, seja a formação geológica ou misturando referências do mundo avatar. não considero isso como algo ruim, em parte, é a razão de continuar assistindo o show. as consequências das discussões iniciadas na lenda anterior são perpassadas por uma linha mais madura e "consciente". a complexificação dos conflitos entre as nações, depois de tanto tempo de guerra, agora na terceira temporada enfrenta um inimigo anarquista, que deseja instaurar o caos ao liquidar as autoridades.dos reinos e os novos nômades do ar. os desafios na lenda de korra são imediatos, ao contrário de um só inimigo comum na lenda de aang e requer demasiado esforço físico e espiritual. tanto que no final, percebe-se como o veneno reflete o esgotamento do seu corpo. a temporada é arrastada em alguns momentos, mas é boa no geral.
The Wire (1ª Temporada)
4.6 170 Assista AgoraHauk: Fighting the war on drugs, one brutality case at a time.
Carver: You can't even call this shit a war.
Hauk: Why not?
Carver: Wars end.
Família Soprano (3ª Temporada)
4.6 139 Assista Agoraa neve representa a morte
aquele ep do chris e do paulie perdidos, o ponto alto da temporada
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista Agoranão achei o final ruim ,só previsível...
na falta do autor em entregar o projeto de um desfecho aceitável, os eventos se caminharam chegando até a obviedade. no final de um dos episódios um dos produtores comenta sobre
daenerys ter queimado a cidade. o poder de um dragão, que na temporada anterior vimos derrubando a muralha e a briga entre eles, agora comprovamos seu poder de fogo.
a imobilidade da cersei, jon snow vencendo o jogo dos tronos, preso, daenerys poderia não ter colocado fogo em tudo se cersei não tivesse matado missandei. algumas coisas foram muito ruins e forçadas. entretanto foi legal ver os personagens interagindo juntos, a preparação para consagrar a rainha mãe dos dragões e o segredo se espalhando de que jon e dany são irmãos. a equipe de produção investiu pesado na cena do bombardeio por dragon em king's land.
mas o sino tocou, e mesmo assim daenerys não cessou de torrar toda a cidade. era como se toda a construção social tida até então se apagasse, mas havia ainda que dar uma conclusão para a história, pois em alguma hora haveria de chegar a paz entre os reinos.
Californication (1ª Temporada)
4.3 159não é como se nunca houvesse tido nenhuma série até 2007 que se passava em los angeles, mas é como se hank fosse o retrato fiel de uma cidade decadente de valores. claro que há vários comentários a serem feitos em virtude do olhar que temos sobre ela em 2021 (o escritor dorme com todas as garotas que tem contato, o caso pedofilia sendo relativizado, etc), até porque a intenção é mostrar como hank não é perfeito! ele é um homem complicado de l.a.
que ainda está apaixonado por sua ex-mulher e tenta conquistá-la, a mesma que lhe trai e se casa com um cara totalmente careta igual a bill. o final aponta para uma direção ambígua ao relacionar a cena da família reunida com a cena do começo do episódio, a do sonho com que que hank literalmente prevê o que acontece (dando ao espectador também a chance de somar uma peça ao quebra-cabeça da trama). o desfecho virá somente na segunda temporada, finalmente saberemos se karen terá escolhido ir embora e deixar tudo ou ficar o resto da vida casada com outro homem que também traiu.
Segura a Onda (1ª Temporada)
4.3 46 Assista Agorasérie surreal. larry david é muito fudido e estressado com tudo, me identifiquei porque também sou esquentado. o roteiro dos episódios são muito inteligentes, captam as nuances de um modo de vida estadunidense classe alta com eventos que permeiam o cotidiano comum. no ep affirmative action, larry escreve um roteiro que questiona o motivo dele não ter trabalhado com muitas pessoas negras em suas produções. acho que o sarcasmo nasce de um lugar consciente das reflexões que ele causa, tornando a série muito prazerosa de assistir e com pautas pertinentes até hoje
Friday Night Lights (1ª Temporada)
4.6 40 Assista Agoraembora eu ache que a série seja uma propaganda do estilo de vida heterossexual branco e estadunidense, carregada de valores morais e patrióticos, reconheço que o papel do casal taylor na transformação dos jovens é algo muito bonito de se ver. além disso, aborda temas delicados como racismo e inclusão de pessoas com deficiência em pleno 2006. a trama é muito bem balanceada, mesmo com 22 episódios de 40 minutos cada, conseguiu me prender do inicio ao fim.
Avatar: A Lenda de Korra (3ª Temporada)
4.4 168não concordo com o q disseram aqui sobre a korra ser chata ou não tão boa quanto ao aang, é fácil discordar disso: diferente da série que foi originada, korra tem uma camada muito mais complexa. os debates contrapostos até ali, a garota da tribo do sul ter derrotado vaatu e ter deixado aberto o portal para o mundo espiritual, não são nada quando zaheer, que após 13 anos preso, foi beneficiado pela convergência harmônica com a dominação de ar. ele foge da cadeia com a intenção de matar o avatar durante o estado de maior demonstração de força de seu poder, pois assim o ciclo se acaba. achei o cenário da luta final muito parecido com o da luta de aang com o senhor do fogo, seja a formação geológica ou misturando referências do mundo avatar. não considero isso como algo ruim, em parte, é a razão de continuar assistindo o show. as consequências das discussões iniciadas na lenda anterior são perpassadas por uma linha mais madura e "consciente". a complexificação dos conflitos entre as nações, depois de tanto tempo de guerra, agora na terceira temporada enfrenta um inimigo anarquista, que deseja instaurar o caos ao liquidar as autoridades.dos reinos e os novos nômades do ar. os desafios na lenda de korra são imediatos, ao contrário de um só inimigo comum na lenda de aang e requer demasiado esforço físico e espiritual. tanto que no final, percebe-se como o veneno reflete o esgotamento do seu corpo. a temporada é arrastada em alguns momentos, mas é boa no geral.