Fraquíssimo. Já assisti outras adaptações dos livros do Stephen King, como Misery, Carrie, Cemitério Maldito, entre outras, que trouxeram de forma muito mais competente o clima de suspense e terror.
Achei as cenas em que ela conversa com o "fantasma" do marido e de si mesma enfadonhas, atuações medianas e visual extremamente brega. O final cheio de justificativas e explicações são a cereja murcha desse bolo sem gosto.
Consegui assistir tudo, o que deve demonstrar que existe algo de bom no filme. Algo que, infelizmente, ainda não fui capaz de identificar.
O filme é muito interessante, mas se prolonga demais para quem não está habituado aos filmes orientais (ou quem não gosta, mesmo). Para entender completamente o final, precisei pesquisar, como muitos aqui comentaram. Considero isso um problema de roteiro, onde a vontade de criar muitas reviravoltas se sobrepôs à de criar algo mais enxugado e de melhor assimilação -- ainda que eu goste de plot twists e filmes que não entreguem as respostas muito facilmente. No mais, o clima sombrio do filme é muito marcante, com cenas que não sairão da minha cabeça tão cedo.
Acredito que as pessoas que consideram bobo e superficial tem uma certa dificuldade em compreender subtexto. Acredito que, os que não forem adolescentes agora, devem se lembrar o quanto esse momento de nossas vidas é difícil, intenso, como desejamos ser amados pelo outro. Aliás, o quanto ainda, mesmo adultos, queremos ser amados e aceitos? Tracy e Evie são o retrato de milhares de jovens, particularmente meninas, que desenvolvem distúrbios como ansiedade, depressão, anorexia e que acabam praticando automutilação e abusando do uso de drogas pesadas. Tudo isso para estar dentro de padrões fúteis que nos impõem a sociedade... para se sentirem "aceitas", "amadas", "desejadas", "invejadas", "normais". Esse filme é o retrato do que essa sociedade doente pode fazer com uma menina e o que a ausência de estabilidade, o abandono e o abuso podem fazer.
Achei o efeito nas cenas finais, quando tudo vai ficando azulado, muito bem utilizado. Era como se os personagens estivessem submergindo, se afogando nas consequências das suas atitudes (como em um daqueles momentos em que você repete pra si mesma que "Isso não está acontecendo", num mantra)... e aí a gente se afoga junto.
Muito bom! Narrativa extremamente original, atuações impecáveis, tensão muito bem construída. Ainda assim, senti falta de algo. Ou talvez algo tenha sobrado (explicações demais?)
A princípio ia reclamar das aparições da silhueta demoníaca, por considerar literal demais (sou fã dos filmes que não negam nem afirmam a existência do sobrenatural). De fato, ainda não gosto, mas, depois de refletir um pouco e ler comentários críticos, entendo que mesmo a visão da tal silhueta não significa afirmar a existência do sobrenatural. Vemos o filme pela ótica da Kat, que crê estar sendo possuída pelo capiroto, de fato. Trata-se de uma menina solitária e amedrontada, e com algum transtorno de personalidade, algo que muitas vezes manifesta-se pela primeira vez na adolescência. O medo e a certeza crescente de ter perdido os pais são o gatilho para o surto. A ideia do culto satânico é apresentada à menina pela Rose, ao contar que as irmãs são servas de Satã. Claro que é um filme que pode ser encarado também como mais um 'filme de possessão', só que muito mais original dos que tem sido feitos nos últimos anos. Acima de tudo, porque fala sobre a solidão e a loucura. Algo no clima construído me lembrou o filme "Os olhos de minha mãe". E a cena final é aterradora.
Jogo Perigoso
3.5 1,1K Assista AgoraFraquíssimo. Já assisti outras adaptações dos livros do Stephen King, como Misery, Carrie, Cemitério Maldito, entre outras, que trouxeram de forma muito mais competente o clima de suspense e terror.
Achei as cenas em que ela conversa com o "fantasma" do marido e de si mesma enfadonhas, atuações medianas e visual extremamente brega. O final cheio de justificativas e explicações são a cereja murcha desse bolo sem gosto.
O Lamento
3.9 433 Assista AgoraO filme é muito interessante, mas se prolonga demais para quem não está habituado aos filmes orientais (ou quem não gosta, mesmo). Para entender completamente o final, precisei pesquisar, como muitos aqui comentaram. Considero isso um problema de roteiro, onde a vontade de criar muitas reviravoltas se sobrepôs à de criar algo mais enxugado e de melhor assimilação -- ainda que eu goste de plot twists e filmes que não entreguem as respostas muito facilmente. No mais, o clima sombrio do filme é muito marcante, com cenas que não sairão da minha cabeça tão cedo.
Aos Treze
3.2 1,2KAcredito que as pessoas que consideram bobo e superficial tem uma certa dificuldade em compreender subtexto. Acredito que, os que não forem adolescentes agora, devem se lembrar o quanto esse momento de nossas vidas é difícil, intenso, como desejamos ser amados pelo outro. Aliás, o quanto ainda, mesmo adultos, queremos ser amados e aceitos? Tracy e Evie são o retrato de milhares de jovens, particularmente meninas, que desenvolvem distúrbios como ansiedade, depressão, anorexia e que acabam praticando automutilação e abusando do uso de drogas pesadas. Tudo isso para estar dentro de padrões fúteis que nos impõem a sociedade... para se sentirem "aceitas", "amadas", "desejadas", "invejadas", "normais". Esse filme é o retrato do que essa sociedade doente pode fazer com uma menina e o que a ausência de estabilidade, o abandono e o abuso podem fazer.
Achei o efeito nas cenas finais, quando tudo vai ficando azulado, muito bem utilizado. Era como se os personagens estivessem submergindo, se afogando nas consequências das suas atitudes (como em um daqueles momentos em que você repete pra si mesma que "Isso não está acontecendo", num mantra)... e aí a gente se afoga junto.
A Enviada do Mal
3.0 288 Assista AgoraMuito bom! Narrativa extremamente original, atuações impecáveis, tensão muito bem construída. Ainda assim, senti falta de algo. Ou talvez algo tenha sobrado (explicações demais?)
A princípio ia reclamar das aparições da silhueta demoníaca, por considerar literal demais (sou fã dos filmes que não negam nem afirmam a existência do sobrenatural). De fato, ainda não gosto, mas, depois de refletir um pouco e ler comentários críticos, entendo que mesmo a visão da tal silhueta não significa afirmar a existência do sobrenatural. Vemos o filme pela ótica da Kat, que crê estar sendo possuída pelo capiroto, de fato. Trata-se de uma menina solitária e amedrontada, e com algum transtorno de personalidade, algo que muitas vezes manifesta-se pela primeira vez na adolescência. O medo e a certeza crescente de ter perdido os pais são o gatilho para o surto. A ideia do culto satânico é apresentada à menina pela Rose, ao contar que as irmãs são servas de Satã. Claro que é um filme que pode ser encarado também como mais um 'filme de possessão', só que muito mais original dos que tem sido feitos nos últimos anos. Acima de tudo, porque fala sobre a solidão e a loucura. Algo no clima construído me lembrou o filme "Os olhos de minha mãe". E a cena final é aterradora.