Beatriz

Laerte-se! Laerte é uma figura incrível! Que foi a fundo em seus desejos de ser, de experimentar novas formas de existir. Filme interessante para se pensar o EU como construção permanentemente inacabada e a relação inevitável com os OUTROS. O desejo de Laerte foi mais forte do que as expectativas alheias. Ainda sim, ela se importa com elas. Filme bastante interessante também para pensar sobre a construção de papéis sociais de gênero. Laerte se (re)constrói mulher. E isso envolve o que ela entende por ser mulher. A jornalista Eliane Brum conduz a conversa que se passa, na maior parte do tempo, dentro da casa de Laerte. E que casinha aconchegante! Queria ser amiga de Laerte pra tomar um cafezinho ali. E da Eliane Brum o que dizer? Sou fã, ela é perspicaz, sensível, acerta o alvo com precisão. Já gostava das duas, agora então gosto ainda mais.

Amo o cara! Mas o filme é bem chatinho! Tanto que dormi no meio. Há causos interessantes, mas música mesmo não tem.