Netflix mais uma vez salvando personagens estragados por filmes PG13. A segunda temporada de Demolidor expande o universo de Matt Murdock até a enésima potência, mostrando que não é somente ele o vigilante de Hell's Kitchen na ativa e que muitos outros podem surgir com seus próprios códigos de conduta. Neste caso, falamos de Justiceiro (John Bernthal) e Elektra (Élodie Yung), cujos atores expõem com muita naturalidade e qualidade os personagens dos quadrinhos para a TV, algo que os fãs sempre quiseram mais nunca puderam aproveitar até agora: anti-heróis sanguinolentos, frios e que respeitam a personalidade ímpar das HQs. Todos os personagens evoluem consideravelmente e possuem a sua devida importância para a trama, além das menções de Jessica Jones e Luke Cage que começarão a ser cada vez mais presentes na história. Infelizmente essa continuação peca em parte nas cenas de ação, soando muita das vezes falsas e coreografadas demais (além de certos personagens ficarem bastante claros que estão utilizando dublês), enquanto que, se não fosse pelo uniforme revigorado e pelos próprios "poderes" que o protagonista possui com seus quatro sentidos mais apurados, o próprio Demolidor acaba por muita das vezes tocado para escanteio quando personagens como Elektra e Justiceiro aparecem, tornando o arco do Demônio de Hell's Kitchen um pouco apagado em meio a tantas tramas mais interessantes que a dele. Demolidor é, sem sombra de dúvidas, uma série que veio para ficar, sendo o carro chefe da Marvel nas séries de TV e que cumpre o que promete: ser uma excelente adaptação em que a realidade e a fantasia estão muito bem interligadas.
Fiz questão de assistir Fuller House no horário de almoço, assim consegui capturar toda a nostalgia que a série pode nos dar - isso porque Três é Demais é uma das minhas séries de comédia favoritas de quando era mais jovem e quando eu podia assisti-la depois do colégio durante a refeição. 28 anos depois, Fuller House desenvolve super bem os personagens e coloca D.J., Stephanie e Kimmy basicamente no mesmo lugar dos três solteirões que as cuidavam, onde elas se vem na missão de cuidar de quatro crianças. As referências estão todas nessa série de 13 (snif...) episódios, fazendo algumas metalinguagens e quebras da quarta parede, como se todos soubessem que são personagens importantes para a TV dos anos 80, 90 e como isso os afeta hoje. As lições de moral, as piadas leves, os abraços comoventes, tudo está muito bem retratado em Fuller House. Infelizmente a série peca em certas piadas um tanto forçadas, sem muito timing e sem muita criatividade, sem falar que é bem perceptível (e perdoável em parte) o enferrujamento na atuação de certos atores, mostrando que nem todos eles continuaram com muita firmeza a carreira de ator/atriz. E é triste saber que de todo o elenco original, somente faltou o que era a cereja do bolo, fazendo falta a aparição das gêmeas Olsen (severamente criticadas em certas piadas incisivas por não terem aceitado reprisar o papel da irmã mais nova das três). Tirando certos tropeços e certas poeiras de 28 anos acumuladas, Fuller House é deliciosamente nostálgico e nos dá um gostinho de quero mais, prometendo boas histórias caso seja renovada.
Mr. Robot mostra a que veio, nos dando uma das melhores histórias sobre hackers já feitas para a TV. Nada de hackers estilosos utilizando programas com interfaces coloridas e cheias de "bips" como a maioria dos filmes adora abordar, e sim um personagem principal perigosamente sociopata e com sérios problemas mentais utilizando prompts de comando e códigos que acreditamos que são utilizados por hackers da vida real. Com um enredo bem engrenado e com várias reviravoltas e com uma trilha sonora que cai como uma luva - com um pezinho na música eletrônica retrô e na atual - a série enquadra muito bem o espectador no universo da computação, utilizando um pouco da quebra da quarta parede de modo deliciosamente sutil. Só o que a série peca é de dar importância demais a certos personagens que não são tão legais assim (o protagonista é muito mais interessante), além de não dar importância para certos personagens que a primeira vista parecem meros figurantes, mas que deveriam evoluir de forma mais substancial. Outro problema é a conclusão da série, que esbanja tantas pontas soltas para uma próxima temporada que fica a sensação de que o roteiro prefere ser omisso a beira da preguiça do que meramente insinuante. Tirando os tropeços, Mr. Robot vale a pena ser hackeado e bisbilhotado do primeiro ao último episódio.
É um grandioso pecado The Knick não ser tão conhecido como deveria. Continuação de uma das melhores séries médicas já feitas, a segunda temporada levanta ainda mais a moral do enredo que já era bom, evoluindo de forma estrondosamente intrigante basicamente todos os personagens, não deixando nenhum menos interessante ou estacionado. Os procedimentos cirúrgicos continuam tão realistas como antes, além dos novos avanços científicos aplicados na série de maneira muito intrínseca. Não somente os avanços medicinais como também os tabus sociais e éticos também entram em um nível muito mais delicado, saindo da caixinha do racismo (muito bem abordado na primeira temporada) para as caixinhas do machismo, fanatismo religioso e até mesmo a eugenia, uma teoria que vinha ganhando forças no início do séc. XX. Fotografia belíssima, cenários ainda mais ousados e diversificados – expandindo ainda mais a Nova York de 1901 – reviravoltas de tirar o fôlego e o desempenho de excelentíssimos atores transformam a segunda temporada de The Knick na melhor continuação de série do ano.
Adaptação da série de livros Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, The Last Kingdom consegue ser uma das melhores adaptações de livros para série de TV de 2015. Desde o roteiro super enxuto e coerente, como até mesmo a escolha de elenco, trilha sonora, escolha de locações, cenas de batalha, tudo contribui para que seja uma série super tranquila de maratonar e que consiga nos dar importância aos conflitos de Uhtred, nosso protagonista. Série excelente em todos os quesitos, não tenho o que falar de ruim dela.
Uma série ótima para passar o tempo na Netflix, ótima fotografia, intro bem estilizada e fazendo uma bela homenagem as artes de capas das HQs da Jessica e ótimos atores no elenco - com grande destaque para o David Tennant em sua performance como Homem Púrpura, um dos vilões mais psicopatas da Marvel. Não é uma série que é muito boa para maratonar e assistir tudo em um dia só, visto o fato dela ser bem arrastada no início e não ter o mesmo punch da série do Demolidor, sem falar que várias referências legais das HQs não apareceram na série talvez por conta de falta de verba, - e é bastante visível este fato colocando em pauta a qualidade dos efeitos especiais - porém como quase ninguém conhece a personagem, é uma série bacana de qualquer forma e deve atrair mais gente para conhecer os personagens mais undergrounds da Marvel. Que venha a segunda temporada!
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Demolidor (2ª Temporada)
4.3 967 Assista AgoraNetflix mais uma vez salvando personagens estragados por filmes PG13. A segunda temporada de Demolidor expande o universo de Matt Murdock até a enésima potência, mostrando que não é somente ele o vigilante de Hell's Kitchen na ativa e que muitos outros podem surgir com seus próprios códigos de conduta. Neste caso, falamos de Justiceiro (John Bernthal) e Elektra (Élodie Yung), cujos atores expõem com muita naturalidade e qualidade os personagens dos quadrinhos para a TV, algo que os fãs sempre quiseram mais nunca puderam aproveitar até agora: anti-heróis sanguinolentos, frios e que respeitam a personalidade ímpar das HQs. Todos os personagens evoluem consideravelmente e possuem a sua devida importância para a trama, além das menções de Jessica Jones e Luke Cage que começarão a ser cada vez mais presentes na história. Infelizmente essa continuação peca em parte nas cenas de ação, soando muita das vezes falsas e coreografadas demais (além de certos personagens ficarem bastante claros que estão utilizando dublês), enquanto que, se não fosse pelo uniforme revigorado e pelos próprios "poderes" que o protagonista possui com seus quatro sentidos mais apurados, o próprio Demolidor acaba por muita das vezes tocado para escanteio quando personagens como Elektra e Justiceiro aparecem, tornando o arco do Demônio de Hell's Kitchen um pouco apagado em meio a tantas tramas mais interessantes que a dele. Demolidor é, sem sombra de dúvidas, uma série que veio para ficar, sendo o carro chefe da Marvel nas séries de TV e que cumpre o que promete: ser uma excelente adaptação em que a realidade e a fantasia estão muito bem interligadas.
Fuller House (1ª Temporada)
4.1 237 Assista AgoraFiz questão de assistir Fuller House no horário de almoço, assim consegui capturar toda a nostalgia que a série pode nos dar - isso porque Três é Demais é uma das minhas séries de comédia favoritas de quando era mais jovem e quando eu podia assisti-la depois do colégio durante a refeição. 28 anos depois, Fuller House desenvolve super bem os personagens e coloca D.J., Stephanie e Kimmy basicamente no mesmo lugar dos três solteirões que as cuidavam, onde elas se vem na missão de cuidar de quatro crianças. As referências estão todas nessa série de 13 (snif...) episódios, fazendo algumas metalinguagens e quebras da quarta parede, como se todos soubessem que são personagens importantes para a TV dos anos 80, 90 e como isso os afeta hoje. As lições de moral, as piadas leves, os abraços comoventes, tudo está muito bem retratado em Fuller House. Infelizmente a série peca em certas piadas um tanto forçadas, sem muito timing e sem muita criatividade, sem falar que é bem perceptível (e perdoável em parte) o enferrujamento na atuação de certos atores, mostrando que nem todos eles continuaram com muita firmeza a carreira de ator/atriz. E é triste saber que de todo o elenco original, somente faltou o que era a cereja do bolo, fazendo falta a aparição das gêmeas Olsen (severamente criticadas em certas piadas incisivas por não terem aceitado reprisar o papel da irmã mais nova das três). Tirando certos tropeços e certas poeiras de 28 anos acumuladas, Fuller House é deliciosamente nostálgico e nos dá um gostinho de quero mais, prometendo boas histórias caso seja renovada.
Mr. Robot (1ª Temporada)
4.5 1,0K Assista AgoraMr. Robot mostra a que veio, nos dando uma das melhores histórias sobre hackers já feitas para a TV. Nada de hackers estilosos utilizando programas com interfaces coloridas e cheias de "bips" como a maioria dos filmes adora abordar, e sim um personagem principal perigosamente sociopata e com sérios problemas mentais utilizando prompts de comando e códigos que acreditamos que são utilizados por hackers da vida real. Com um enredo bem engrenado e com várias reviravoltas e com uma trilha sonora que cai como uma luva - com um pezinho na música eletrônica retrô e na atual - a série enquadra muito bem o espectador no universo da computação, utilizando um pouco da quebra da quarta parede de modo deliciosamente sutil. Só o que a série peca é de dar importância demais a certos personagens que não são tão legais assim (o protagonista é muito mais interessante), além de não dar importância para certos personagens que a primeira vista parecem meros figurantes, mas que deveriam evoluir de forma mais substancial. Outro problema é a conclusão da série, que esbanja tantas pontas soltas para uma próxima temporada que fica a sensação de que o roteiro prefere ser omisso a beira da preguiça do que meramente insinuante. Tirando os tropeços, Mr. Robot vale a pena ser hackeado e bisbilhotado do primeiro ao último episódio.
The Knick (2ª Temporada)
4.5 78É um grandioso pecado The Knick não ser tão conhecido como deveria. Continuação de uma das melhores séries médicas já feitas, a segunda temporada levanta ainda mais a moral do enredo que já era bom, evoluindo de forma estrondosamente intrigante basicamente todos os personagens, não deixando nenhum menos interessante ou estacionado. Os procedimentos cirúrgicos continuam tão realistas como antes, além dos novos avanços científicos aplicados na série de maneira muito intrínseca. Não somente os avanços medicinais como também os tabus sociais e éticos também entram em um nível muito mais delicado, saindo da caixinha do racismo (muito bem abordado na primeira temporada) para as caixinhas do machismo, fanatismo religioso e até mesmo a eugenia, uma teoria que vinha ganhando forças no início do séc. XX. Fotografia belíssima, cenários ainda mais ousados e diversificados – expandindo ainda mais a Nova York de 1901 – reviravoltas de tirar o fôlego e o desempenho de excelentíssimos atores transformam a segunda temporada de The Knick na melhor continuação de série do ano.
O Último Reino (1ª Temporada)
4.1 224 Assista AgoraAdaptação da série de livros Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell, The Last Kingdom consegue ser uma das melhores adaptações de livros para série de TV de 2015. Desde o roteiro super enxuto e coerente, como até mesmo a escolha de elenco, trilha sonora, escolha de locações, cenas de batalha, tudo contribui para que seja uma série super tranquila de maratonar e que consiga nos dar importância aos conflitos de Uhtred, nosso protagonista. Série excelente em todos os quesitos, não tenho o que falar de ruim dela.
Jessica Jones (1ª Temporada)
4.1 1,1K Assista AgoraUma série ótima para passar o tempo na Netflix, ótima fotografia, intro bem estilizada e fazendo uma bela homenagem as artes de capas das HQs da Jessica e ótimos atores no elenco - com grande destaque para o David Tennant em sua performance como Homem Púrpura, um dos vilões mais psicopatas da Marvel. Não é uma série que é muito boa para maratonar e assistir tudo em um dia só, visto o fato dela ser bem arrastada no início e não ter o mesmo punch da série do Demolidor, sem falar que várias referências legais das HQs não apareceram na série talvez por conta de falta de verba, - e é bastante visível este fato colocando em pauta a qualidade dos efeitos especiais - porém como quase ninguém conhece a personagem, é uma série bacana de qualquer forma e deve atrair mais gente para conhecer os personagens mais undergrounds da Marvel. Que venha a segunda temporada!