É interessante ver como alguns serial killers, em especial os que não apresentam categoricamente os traços de psicopatia, são na verdade produtos da sociedade em que vivem. Nesse caso em específico, ficou claro que os assassinatos em série (em quantidade) só foram possíveis pelo show de erros de uma polícia conservadora, machista e antiquada que era o reflexo daquela sociedade britânica.
Eu comecei Família Soprano exatamente no mesmo dia que terminei Breaking Bad e precisei só dos três primeiros episódios desta temporada, para perceber que o que eu estava assistindo era de um nível de qualidade ainda maior que Breaking Bad.
As atuações e os textos são impecáveis, com destaque para os personagens da mãe do Tony e do tio Júnior. É a primeira vez que eu assisto uma série com personagens idosos tão complexos e importantes na história como eles dois. O humor é outro ponto alto e não fica restrito a um ou outro personagem... ele flui naturalmente do carisma de cada personagem. É possível rir com todos. Quanto ao ritmo da série, ele é mais clássico: embora os episódios sejam longos, as coisas vão acontecendo sem pressa e não necessariamente serão ''coisas grandes''. E mesmo assim a série consegue te prender.
Por fim, fica a recomendação em especial para quem for fã dos filmes de máfia, exaustivamente citados e referenciados em Família Sopranos.
Comprei o DVD da primeira e segunda temporada num sebo. Não dei risada em nenhum episódio da primeira. Devo manter minhas esperanças na segunda temporada?
Dois dias após postar minha primeira opinião sobre a série e o caso, já me sinto obrigado a fazer uma revisão/ponderação. E que pode servir como um alerta a todos.
Existem sim evidências e bons argumentos que sugerem que o Steven Avery realmente cometeu o assassinato, que não são mostrados na série ou que são informações realmente novas, já que esse caso voltou a entrar em uma combustão de interpretações/teorias/novas provas, depois de Making a Murderer, claro. Então vou citar bem superficialmente apenas 3 dessas sugestões, já que o filmow não é exatamente um fórum pra ficar discutindo a fundo essas teorias.
1- A fogueira. A fogueira é um ponto central nessa história. Uma vez que as evidências provam(?) que o corpo da Teresa foi queimado nela (e não em outro lugar e depois possivelmente os ossos terem sido depositados lá), o que elimina nessa prova, a possibilidade de ter sido um forjamento de evidência, etc. Porque seja quem for que tenha matado ela, usou a fogueira pra isso. E o próprio Steven sempre afirmou que existiu uma fogueira, pra ''queimar lixo''.
A pergunta então é: como alguém (e se for mais de uma pessoa, pior ainda) poderia ter colocado o corpo dela nessa fogueira, sem que o Steven tenha visto? Considerando também que provavelmente foi nesse mesmo dia em que o carro dela teria que ter sido ''escondido'' por esse assassino X. E nada disso, teria chamado a atenção do Steven? As outras provas como a chave, claramente foram forjadas pela polícia. Mas essa da fogueira é realmente difícil de se imaginar, que alguém queime um corpo numa fogueira que você fez, e depois ainda enterre os ossos na sua residência e você não testemunhe nada disso.
2- Steven ligou pelo menos três vezes pra Teresa, usando uma técnica telefônica que não mostrasse o número dele pra ela. E ela supostamente teria relatado que não queria mais ir no velho dele, porque uma vez foi recebida com ele ''de toalhas na porta'', a constrangendo(?). Tudo isso sugerindo uma certa ''perseguição'' ou intenção dele com ela. (Mas por outro lado, se ele era tão intimidador assim com ela, por que ela foi? Ela podia ter requisitado pra revista, que pelo menos alguém fosse com ela. Mas afinal também, se toda vítima soubesse que fazer ou ir, o que fizeram ou onde foram resultaria na morte delas, elas também pensariam ''por que eu não pensei melhor, não?''
3- A relação do Steven com as mulheres: a prima que ele expulsou da estrada, as cartas dizendo que ''iria matar'' a primeira esposa, quando preso pela primeira vez e a nova declaração da Jodi, ex-noiva dele, que agora alega que ele ''era um monstro'' e batia nela, etc. E teria coagido ela posteriormente a não falar nada sobre ele. O que figuram uma relação violenta dele com mulheres. Embora essa declaração tardia da Jodi agora, sinceramente seja difícil de dar muito crédito. E apesar de agora ela acusar que ele seja sim culpado, ela não fornece nenhuma prova/evidência pra isso.
E um parenteses: A história do sangue. De fato, se a morte ocorreu como afirma a acusação, é quase inimaginável acreditar que o Steven teria conseguido limpar todo aquele sangue. Mas: quem disse como a morte ocorreu foi a polícia. Não o Steven.
Agora, se foi o Steven quem realmente matou, a forma e o modo operandi do assassinato pode ter sido bem diferente e mais modesto que a ''história sangrenta da acusação''. Dessa forma volta a ser bem possível de acreditarmos que ele matou sim, com tiros provavelmente. Ou com asfixia, etc. Mas aquela história do Brendan cortando a garganta dela e ela não morrendo????? Sempre achei demais todas essas alegorias da ''fábula'' da polícia.
Enfim, esses são três novos pontos de vista, que eu acredito que sejam interessantes de se analisar e considerar. O que torna esse caso ainda mais difícil de se encontrar a verdade, que parece perdida no meio desses diferentes conflitos de interesses, forjamentos e Forças. Pois se ele realmente cometeu o assassinato, a culpa por hoje, a maioria das pessoas ainda achar que ele não cometeu, é toda da polícia. Pela maneira como ela atuou na investigação.
O único elemento ''hollywoodiano'' desse documentário genial é o desfecho do promotor - com a voz do Tarantino - Ken Kratz. Saber que ele mesmo terminou envolvido em um escândalo sexual e teve a carreira arruinada, é o único alívio e gostinho de satisfação que quem assiste Making a Murderer vai encontrar. No mais, se prepare pra muita angústia. E é justamente por não ter um ''final feliz'', nem reviravolta que Making a Murderer é uma inovação na história das séries/documentários policiais.
Mesmo tendo sido tecnicamente o único a ter vitórias dentro do tribunal, graças ao show a parte de seus dois advogados, que foram ótimos, conseguindo derrubar 3 acusações do Estado, tendo sido julgado por outras 3 e ainda sido considerado inocente em uma pelo juri, mesmo assim, Avery perdeu mais uma vez pra uma gritante injustiça da mão do Estado. Mostrando como é impossível vencer essas ''forças'' condenatórias do Estado e da mídia. As grandes perguntas que ficaram em aberto também são favoráveis a sua inocência.
Ironicamente, o caso do Brendan era ao mesmo tempo o mais complicado (pelas confissões) e o mais fácil de se notar como a polícia interferia, coagia, e lidava de forma grosseira com a investigação. Não buscando a verdade, mas sim, as respostas que queriam ouvir pra ''fábula'' que eles mesmo montaram. Uma pena que o Brendan não tenha tido em nenhum momento uma defesa tão boa e preparada como a de Steven. Pelo contrário, foi seu próprio advogado que o condenou. Um garoto despreparado, ingênuo e ''intelectualmente desprovido'', que cometeu a burrice de vai saber o porquê: de se envolver (ou ser envolvido pela prima) na história.
As teorias de quem teria sido o/os verdadeiro/s assassinos da Teresa estão surgindo pela internet, assim como novas provas e pistas, em fóruns como o Reddit. Inclusive o Anonymous disse ter conseguido provas. Por ora, compartilho também do sentimento do advogado Dean Strang, de esperar que o Steven seja afinal o verdadeiro culpado desse crime. Porque do contrário, é difícil demais de superar tamanha injustiça.
Fargo, desde (e principalmente) o filme, tem uma ''magia'', um diferencial, que é difícil por em palavras. Algo muito sensorial. Feito mais pra sentir do que explicar. Nuances. Os ambientes, a fotografia, os jeitos de falar das personagens... Que fazem dessa ''franquia'' Fargo, uma vencedora de prêmios. Oscar, Globo de Ouro, BAFTA, Cannes, Emmy, entre outros.
Particularmente, gostei mais da primeira temporada. Ela manteve melhor os elementos característicos do filme. Principalmente em relação ao humor. E a história me interessou mais. Mas sem dúvidas, essa foi mais ousada. Trouxe um roteiro mais complexo. Com direito a disputa de máfias e o flerte com UFO's. Ambientada na virada da década de 70 pra 80 nos Estados Unidos, uma fase de ressaca pós Guerra do Vietnã, ruim economicamente e com graves problemas sociais, como a violência. Esse espírito da época, personificado nas angústias do policial Lou Solverson. Por fim, Kirsten Dunst minha paixão... Sou suspeito pra comentar.
Mas hein, seria pedir demais uma temporada dirigida pelos próprios irmãos Coen? Fica registrado o sonho. E que venha a terceira!
A temporada começa bem instável, desliza em muitos exageros na história, mas ainda assim não cai. É também a mais interessante até agora de se comentar/analisar, porque nela fica mais claro o ''trabalho invisível'' dos roteiristas, experimentando e tentando encaixar novas peças na história. Mas pra não me estender muito, vou só pontuar algumas coisas:
Fiquei muito animado a principio com o Andy assumindo a gerência. Vinha sendo um destaque na sétima temporada. Mas não deu certo. O fator ''gerência'' sacrificou o personagem. Todos os episódios que tenham focado nele, foram ruins. Garden Party, a viagem pra Gettyburg, Natal, etc. O romance com a Erin: trágico.
O Robert California e a Nellie são dois personagens muito bem escritos, mas precisariam do fator tempo pra se consolidarem. Talvez se eles tivessem escolhido a Nellie (que é muito mais engraçada) no lugar do Robert logo no começo, tivesse funcionado melhor. Eu acho que eles perceberam isso no final, e por isso resgataram ela.
Sobre os demais personagens: Dwight mantendo o alto nível de sempre; Kevin ganhando mais destaque, mas em compensação senti uma decaída nos textos dele; também senti uma decaída na Phyllis (que tanto amo <3)
Mas positivamente eu acho que destacaria o Ryan, com seu personagem finalmente amadurecido (não como ''pessoa'', mas como personagem propriamente dito). E a relação Ryan x Pam, que foi muito mais abordada, e eu gosto muito. Deviam ter investido mais nessa rivalidade entre a Pam (inteligente) x Ryan (pseudo-inteligente). A Pam, que foi meu ''porto seguro'' da temporada. Sempre me sentia bem quando via ela(?). Enfim, e vamos pra oitava e última agora, infelizmente.
Segura a Onda (2ª Temporada)
4.3 15 Assista AgoraO episódio ''The Thong'' é o meu favorito até aqui.
O Estripador (1ª Temporada)
3.6 56 Assista AgoraÉ interessante ver como alguns serial killers, em especial os que não apresentam categoricamente os traços de psicopatia, são na verdade produtos da sociedade em que vivem. Nesse caso em específico, ficou claro que os assassinatos em série (em quantidade) só foram possíveis pelo show de erros de uma polícia conservadora, machista e antiquada que era o reflexo daquela sociedade britânica.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 257 Assista AgoraEu comecei Família Soprano exatamente no mesmo dia que terminei Breaking Bad e precisei só dos três primeiros episódios desta temporada, para perceber que o que eu estava assistindo era de um nível de qualidade ainda maior que Breaking Bad.
As atuações e os textos são impecáveis, com destaque para os personagens da mãe do Tony e do tio Júnior. É a primeira vez que eu assisto uma série com personagens idosos tão complexos e importantes na história como eles dois. O humor é outro ponto alto e não fica restrito a um ou outro personagem... ele flui naturalmente do carisma de cada personagem. É possível rir com todos. Quanto ao ritmo da série, ele é mais clássico: embora os episódios sejam longos, as coisas vão acontecendo sem pressa e não necessariamente serão ''coisas grandes''. E mesmo assim a série consegue te prender.
Por fim, fica a recomendação em especial para quem for fã dos filmes de máfia, exaustivamente citados e referenciados em Família Sopranos.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraComprei o DVD da primeira e segunda temporada num sebo. Não dei risada em nenhum episódio da primeira. Devo manter minhas esperanças na segunda temporada?
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KOs episódios 9 e 10 salvaram minha vida.
Game of Thrones (6ª Temporada)
4.6 1,6KEle voltou!
O Tommen. Estava com saudades.
Making a Murderer (1ª Temporada)
4.4 282 Assista AgoraDois dias após postar minha primeira opinião sobre a série e o caso, já me sinto obrigado a fazer uma revisão/ponderação. E que pode servir como um alerta a todos.
Existem sim evidências e bons argumentos que sugerem que o Steven Avery realmente cometeu o assassinato, que não são mostrados na série ou que são informações realmente novas, já que esse caso voltou a entrar em uma combustão de interpretações/teorias/novas provas, depois de Making a Murderer, claro. Então vou citar bem superficialmente apenas 3 dessas sugestões, já que o filmow não é exatamente um fórum pra ficar discutindo a fundo essas teorias.
1- A fogueira. A fogueira é um ponto central nessa história. Uma vez que as evidências provam(?) que o corpo da Teresa foi queimado nela (e não em outro lugar e depois possivelmente os ossos terem sido depositados lá), o que elimina nessa prova, a possibilidade de ter sido um forjamento de evidência, etc. Porque seja quem for que tenha matado ela, usou a fogueira pra isso. E o próprio Steven sempre afirmou que existiu uma fogueira, pra ''queimar lixo''.
A pergunta então é: como alguém (e se for mais de uma pessoa, pior ainda) poderia ter colocado o corpo dela nessa fogueira, sem que o Steven tenha visto? Considerando também que provavelmente foi nesse mesmo dia em que o carro dela teria que ter sido ''escondido'' por esse assassino X. E nada disso, teria chamado a atenção do Steven? As outras provas como a chave, claramente foram forjadas pela polícia. Mas essa da fogueira é realmente difícil de se imaginar, que alguém queime um corpo numa fogueira que você fez, e depois ainda enterre os ossos na sua residência e você não testemunhe nada disso.
2- Steven ligou pelo menos três vezes pra Teresa, usando uma técnica telefônica que não mostrasse o número dele pra ela. E ela supostamente teria relatado que não queria mais ir no velho dele, porque uma vez foi recebida com ele ''de toalhas na porta'', a constrangendo(?). Tudo isso sugerindo uma certa ''perseguição'' ou intenção dele com ela. (Mas por outro lado, se ele era tão intimidador assim com ela, por que ela foi? Ela podia ter requisitado pra revista, que pelo menos alguém fosse com ela. Mas afinal também, se toda vítima soubesse que fazer ou ir, o que fizeram ou onde foram resultaria na morte delas, elas também pensariam ''por que eu não pensei melhor, não?''
3- A relação do Steven com as mulheres: a prima que ele expulsou da estrada, as cartas dizendo que ''iria matar'' a primeira esposa, quando preso pela primeira vez e a nova declaração da Jodi, ex-noiva dele, que agora alega que ele ''era um monstro'' e batia nela, etc. E teria coagido ela posteriormente a não falar nada sobre ele. O que figuram uma relação violenta dele com mulheres. Embora essa declaração tardia da Jodi agora, sinceramente seja difícil de dar muito crédito. E apesar de agora ela acusar que ele seja sim culpado, ela não fornece nenhuma prova/evidência pra isso.
E um parenteses: A história do sangue. De fato, se a morte ocorreu como afirma a acusação, é quase inimaginável acreditar que o Steven teria conseguido limpar todo aquele sangue. Mas: quem disse como a morte ocorreu foi a polícia. Não o Steven.
Agora, se foi o Steven quem realmente matou, a forma e o modo operandi do assassinato pode ter sido bem diferente e mais modesto que a ''história sangrenta da acusação''. Dessa forma volta a ser bem possível de acreditarmos que ele matou sim, com tiros provavelmente. Ou com asfixia, etc. Mas aquela história do Brendan cortando a garganta dela e ela não morrendo????? Sempre achei demais todas essas alegorias da ''fábula'' da polícia.
Enfim, esses são três novos pontos de vista, que eu acredito que sejam interessantes de se analisar e considerar. O que torna esse caso ainda mais difícil de se encontrar a verdade, que parece perdida no meio desses diferentes conflitos de interesses, forjamentos e Forças. Pois se ele realmente cometeu o assassinato, a culpa por hoje, a maioria das pessoas ainda achar que ele não cometeu, é toda da polícia. Pela maneira como ela atuou na investigação.
Making a Murderer (1ª Temporada)
4.4 282 Assista AgoraO único elemento ''hollywoodiano'' desse documentário genial é o desfecho do promotor - com a voz do Tarantino - Ken Kratz. Saber que ele mesmo terminou envolvido em um escândalo sexual e teve a carreira arruinada, é o único alívio e gostinho de satisfação que quem assiste Making a Murderer vai encontrar. No mais, se prepare pra muita angústia. E é justamente por não ter um ''final feliz'', nem reviravolta que Making a Murderer é uma inovação na história das séries/documentários policiais.
Mesmo tendo sido tecnicamente o único a ter vitórias dentro do tribunal, graças ao show a parte de seus dois advogados, que foram ótimos, conseguindo derrubar 3 acusações do Estado, tendo sido julgado por outras 3 e ainda sido considerado inocente em uma pelo juri, mesmo assim, Avery perdeu mais uma vez pra uma gritante injustiça da mão do Estado. Mostrando como é impossível vencer essas ''forças'' condenatórias do Estado e da mídia. As grandes perguntas que ficaram em aberto também são favoráveis a sua inocência.
Ironicamente, o caso do Brendan era ao mesmo tempo o mais complicado (pelas confissões) e o mais fácil de se notar como a polícia interferia, coagia, e lidava de forma grosseira com a investigação. Não buscando a verdade, mas sim, as respostas que queriam ouvir pra ''fábula'' que eles mesmo montaram. Uma pena que o Brendan não tenha tido em nenhum momento uma defesa tão boa e preparada como a de Steven. Pelo contrário, foi seu próprio advogado que o condenou. Um garoto despreparado, ingênuo e ''intelectualmente desprovido'', que cometeu a burrice de vai saber o porquê: de se envolver (ou ser envolvido pela prima) na história.
As teorias de quem teria sido o/os verdadeiro/s assassinos da Teresa estão surgindo pela internet, assim como novas provas e pistas, em fóruns como o Reddit. Inclusive o Anonymous disse ter conseguido provas. Por ora, compartilho também do sentimento do advogado Dean Strang, de esperar que o Steven seja afinal o verdadeiro culpado desse crime. Porque do contrário, é difícil demais de superar tamanha injustiça.
Fargo (2ª Temporada)
4.4 337Fargo, desde (e principalmente) o filme, tem uma ''magia'', um diferencial, que é difícil por em palavras. Algo muito sensorial. Feito mais pra sentir do que explicar. Nuances. Os ambientes, a fotografia, os jeitos de falar das personagens... Que fazem dessa ''franquia'' Fargo, uma vencedora de prêmios. Oscar, Globo de Ouro, BAFTA, Cannes, Emmy, entre outros.
Particularmente, gostei mais da primeira temporada. Ela manteve melhor os elementos característicos do filme. Principalmente em relação ao humor. E a história me interessou mais. Mas sem dúvidas, essa foi mais ousada. Trouxe um roteiro mais complexo. Com direito a disputa de máfias e o flerte com UFO's. Ambientada na virada da década de 70 pra 80 nos Estados Unidos, uma fase de ressaca pós Guerra do Vietnã, ruim economicamente e com graves problemas sociais, como a violência. Esse espírito da época, personificado nas angústias do policial Lou Solverson. Por fim, Kirsten Dunst minha paixão... Sou suspeito pra comentar.
Mas hein, seria pedir demais uma temporada dirigida pelos próprios irmãos Coen? Fica registrado o sonho. E que venha a terceira!
The Office (8ª Temporada)
4.0 302A temporada começa bem instável, desliza em muitos exageros na história, mas ainda assim não cai. É também a mais interessante até agora de se comentar/analisar, porque nela fica mais claro o ''trabalho invisível'' dos roteiristas, experimentando e tentando encaixar novas peças na história. Mas pra não me estender muito, vou só pontuar algumas coisas:
Fiquei muito animado a principio com o Andy assumindo a gerência. Vinha sendo um destaque na sétima temporada. Mas não deu certo. O fator ''gerência'' sacrificou o personagem. Todos os episódios que tenham focado nele, foram ruins. Garden Party, a viagem pra Gettyburg, Natal, etc. O romance com a Erin: trágico.
O Robert California e a Nellie são dois personagens muito bem escritos, mas precisariam do fator tempo pra se consolidarem. Talvez se eles tivessem escolhido a Nellie (que é muito mais engraçada) no lugar do Robert logo no começo, tivesse funcionado melhor. Eu acho que eles perceberam isso no final, e por isso resgataram ela.
Sobre os demais personagens: Dwight mantendo o alto nível de sempre; Kevin ganhando mais destaque, mas em compensação senti uma decaída nos textos dele; também senti uma decaída na Phyllis (que tanto amo <3)
Mas positivamente eu acho que destacaria o Ryan, com seu personagem finalmente amadurecido (não como ''pessoa'', mas como personagem propriamente dito). E a relação Ryan x Pam, que foi muito mais abordada, e eu gosto muito. Deviam ter investido mais nessa rivalidade entre a Pam (inteligente) x Ryan (pseudo-inteligente). A Pam, que foi meu ''porto seguro'' da temporada. Sempre me sentia bem quando via ela(?). Enfim, e vamos pra oitava e última agora, infelizmente.
Como Defender um Assassino (2ª Temporada)
4.4 854 Assista Agoracoitado do @ciclope
Fargo (1ª Temporada)
4.5 511''Seu problema é que você passou a vida todo pensando que existem regras... Mas não existem. Nós costumávamos ser gorilas.''