Só 3.8? Sério? Não é porque um filme é longo que ele é desnecessariamente longo. Parem com isso de querer sempre filmes de 1h30. LONGA metragem, gente. Que se use quanto tempo for necessário pra história. Se não está a fim de entrar no clima indispensável à fruição da história, deixa pra outra hora quando estiver a fim. Como desenrolar tantos acontecimentos de uma forma mais rápida? Se as coisas acontecessem em um ritmo mais apressado, as pessoas estariam reclamando que foi muita coisa em muito pouco tempo. Gosto de pensar tempo antes de dar nota, mas vou dar 5 estrelas porque estou suficientemente indignada com a média estar em apenas 3.8. Eu estou tentando pensar em defeito pra colocar, mas realmente não to conseguindo muito. Gostei das atuações, ambientação perfeita, construções de personagens bem feitas. Talvez a trilha poderia ter tido nuances mais destacadas e menos repetitivas. Sou suspeita pra falar, mas adoro esse clima de mistérios que nunca vão ser solucionados porque os segredos morreram com as pessoas.
Antes eu achava que o final estragava o filme, mas depois que assisti pela segunda vez, algumas coisas encaixaram, embora ainda houvessem outras opções que pudessem funcionar e que "fechariam" melhor a trama (e a reviravolta emocional provocada). A progressão de intensidade nos fatos é muito bem feita, e cria um efeito bomba no expectador. Traz simbolismos nada rasos e uma crítica profunda ao egoísmo e individualismo. Não adianta querer ser uma ilha e fazer vista grossa para o que acontece com os outros a nossa volta.
(na verdade, na cena do teatro isso até me incomodou um pouco porque deixou de ser referência e virou só repeteco).
Dá pra dizer, na verdade, que ele é uma soma de Mulholland Drive e Lost Highway, Irreversível, Solaris e Inception. A diferença é o filme ter uma estrutura mais óbvia, mas que em alguns aspectos parece necessária para contrapor a organização do mundo exterior com a mistura mental dos dois. E lindas as representações de cinestesia. Pra mim, a cena do banquete foi o ponto alto. Algumas escolhas da trilha foram os pontos mais baixos do filme.
Achei que a montagem deixou a desejar. Atuações e efeitos ok. A trama: um pouco fraca. A duração desnecessariamente longa, mas o filme ganha um ponto em não ter se tornado entendiante apesar de ter mais de 2h e 30min. Acredito eu que seja pelo fato de abordar um tema para o qual estamos tão inclinados no momento e apresentar cenas capazes de captar nossa atenção. Um filme que em pleno 2014 tenta abordar estes temas sobre colonização de outros planetas deveria tentar ser menos fantasioso e, principalmente, ligar de maneira tão superficial as questões científicas e o destino da humanidade com os sentimentos humanos. Há filmes que já mostraram como isso é possível de uma maneira mais interessante e complexa, sem deixar essa sensação que "Interestellar" deixa, de que as conexões entre os acontecimentos não se seguem de maneira lógica. Quem nega isso está pensando que o filme possui uma complexidade que, em verdade, não existe... Também fiquei com a sensação de que algumas coisas foram tiradas de "2001".
Não recomendaria para alguém que quer assistir ficção científica, e sim pra quem ver um filme mais... Água com açúcar.
Django já é um clássico pra mim. Saí da sessão com um sorrisão enorme de satisfação e sem nem notar que haviam passado quase 3 horas. Com uma trilha magnífica, atuações não só excelentes como envolventes (o Samuel L. Jackson conseguiu me convencer que pode interpretar um grandecíssimo cretino) e uma história muito esperta, o Tarantino fez a plateia inteira rir das figuras certas e sentir o sangue ferver junto com o herói, que sem dúvida merece o título e nenhuma outra palavra o descreveria melhor. O filme me captou tanto que eu saí na rua com medo de tiroteio (tá certo que eu me deixo levar um monte... ehehe, mas ele mexeu comigo o bastante pra ser relevante nesse sentido). O filme certo com a temática certa na hora certa. Queria dar uns beijos na bochecha gigante do Tarantino, se eu pudesse. Eu dou uma nota 10 (e isso é bem raro!) porque o filme foi impecável. Claro que ajudou o Tarantino estar no terreno que ele mais conhece: o filme inteiro é estilo faroeste, com gatilhos rápidos, trilha do Morricone, xerifes filhos da mãe e tudo, então ele deitou e rolou. Até apareceu pra fazer um papel bobalhão, como sempre.
O único defeito que eu ponho não tem nada a ver com o filme em si. Foi a decepção de ver que, mesmo que o filme se passe em 1858, 150 anos depois ainda não tem nenhum negro na sessão pra poder aplaudir a linda saga do black nigga hero tarantiniano, fodástico o bastante pra ir fundo em tudo que é tabu nesse sentido e, longe de fazer isso de modo clichê, resignifica todos esses termos que temos medo de usar e faz com que "black nigga" não denomine nada de pejorativo, e sim alguém que não se dobra aos que pensam serem superiores em qualquer sentido, e é inclusive esperto pra usar das próprias parvoíces e ganâncias baixas destes para conseguir sua liberdade junto a de sua Broomhilde de qualquer jeito - "tema esse homem, pois ele é esclarecido, sabe o que quer e não vai parar até consegui-lo", é isso que "black nigga" significa pra mim agora.
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O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraSó 3.8? Sério?
Não é porque um filme é longo que ele é desnecessariamente longo. Parem com isso de querer sempre filmes de 1h30. LONGA metragem, gente. Que se use quanto tempo for necessário pra história. Se não está a fim de entrar no clima indispensável à fruição da história, deixa pra outra hora quando estiver a fim.
Como desenrolar tantos acontecimentos de uma forma mais rápida? Se as coisas acontecessem em um ritmo mais apressado, as pessoas estariam reclamando que foi muita coisa em muito pouco tempo.
Gosto de pensar tempo antes de dar nota, mas vou dar 5 estrelas porque estou suficientemente indignada com a média estar em apenas 3.8.
Eu estou tentando pensar em defeito pra colocar, mas realmente não to conseguindo muito. Gostei das atuações, ambientação perfeita, construções de personagens bem feitas. Talvez a trilha poderia ter tido nuances mais destacadas e menos repetitivas.
Sou suspeita pra falar, mas adoro esse clima de mistérios que nunca vão ser solucionados porque os segredos morreram com as pessoas.
Endemoniada
4.0 316Antes eu achava que o final estragava o filme, mas depois que assisti pela segunda vez, algumas coisas encaixaram, embora ainda houvessem outras opções que pudessem funcionar e que "fechariam" melhor a trama (e a reviravolta emocional provocada).
A progressão de intensidade nos fatos é muito bem feita, e cria um efeito bomba no expectador.
Traz simbolismos nada rasos e uma crítica profunda ao egoísmo e individualismo. Não adianta querer ser uma ilha e fazer vista grossa para o que acontece com os outros a nossa volta.
Férias Permanentes
3.6 57 Assista AgoraPra mim o diálogo sobre o "efeito doppler" foi a única coisa que salvou o filme. Esperava mais, mesmo que fosse de vazio.
Aurora
3.6 66A obra do Magritte é uma perfeita metáfora pro filme.
Em vários momentos me lembrou o clima implícito de Irreversível do Noé,
que prepara pro final obviamente trágico
Bebeu muito na força psicológica do Lynch, deitou e rolou no Mulholland Drive de forma muito explícita
(na verdade, na cena do teatro isso até me incomodou um pouco porque deixou de ser referência e virou só repeteco).
Dá pra dizer, na verdade, que ele é uma soma de Mulholland Drive e Lost Highway, Irreversível, Solaris e Inception.
A diferença é o filme ter uma estrutura mais óbvia, mas que em alguns aspectos parece necessária para contrapor a organização do mundo exterior com a mistura mental dos dois.
E lindas as representações de cinestesia. Pra mim, a cena do banquete foi o ponto alto. Algumas escolhas da trilha foram os pontos mais baixos do filme.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraAchei que a montagem deixou a desejar. Atuações e efeitos ok. A trama: um pouco fraca. A duração desnecessariamente longa, mas o filme ganha um ponto em não ter se tornado entendiante apesar de ter mais de 2h e 30min. Acredito eu que seja pelo fato de abordar um tema para o qual estamos tão inclinados no momento e apresentar cenas capazes de captar nossa atenção.
Um filme que em pleno 2014 tenta abordar estes temas sobre colonização de outros planetas deveria tentar ser menos fantasioso e, principalmente, ligar de maneira tão superficial as questões científicas e o destino da humanidade com os sentimentos humanos. Há filmes que já mostraram como isso é possível de uma maneira mais interessante e complexa, sem deixar essa sensação que "Interestellar" deixa, de que as conexões entre os acontecimentos não se seguem de maneira lógica. Quem nega isso está pensando que o filme possui uma complexidade que, em verdade, não existe...
Também fiquei com a sensação de que algumas coisas foram tiradas de "2001".
Não recomendaria para alguém que quer assistir ficção científica, e sim pra quem ver um filme mais... Água com açúcar.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraDjango já é um clássico pra mim.
Saí da sessão com um sorrisão enorme de satisfação e sem nem notar que haviam passado quase 3 horas.
Com uma trilha magnífica, atuações não só excelentes como envolventes (o Samuel L. Jackson conseguiu me convencer que pode interpretar um grandecíssimo cretino) e uma história muito esperta, o Tarantino fez a plateia inteira rir das figuras certas e sentir o sangue ferver junto com o herói, que sem dúvida merece o título e nenhuma outra palavra o descreveria melhor. O filme me captou tanto que eu saí na rua com medo de tiroteio (tá certo que eu me deixo levar um monte... ehehe, mas ele mexeu comigo o bastante pra ser relevante nesse sentido).
O filme certo com a temática certa na hora certa. Queria dar uns beijos na bochecha gigante do Tarantino, se eu pudesse.
Eu dou uma nota 10 (e isso é bem raro!) porque o filme foi impecável. Claro que ajudou o Tarantino estar no terreno que ele mais conhece: o filme inteiro é estilo faroeste, com gatilhos rápidos, trilha do Morricone, xerifes filhos da mãe e tudo, então ele deitou e rolou.
Até apareceu pra fazer um papel bobalhão, como sempre.
O único defeito que eu ponho não tem nada a ver com o filme em si. Foi a decepção de ver que, mesmo que o filme se passe em 1858, 150 anos depois ainda não tem nenhum negro na sessão pra poder aplaudir a linda saga do black nigga hero tarantiniano, fodástico o bastante pra ir fundo em tudo que é tabu nesse sentido e, longe de fazer isso de modo clichê, resignifica todos esses termos que temos medo de usar e faz com que "black nigga" não denomine nada de pejorativo, e sim alguém que não se dobra aos que pensam serem superiores em qualquer sentido, e é inclusive esperto pra usar das próprias parvoíces e ganâncias baixas destes para conseguir sua liberdade junto a de sua Broomhilde de qualquer jeito - "tema esse homem, pois ele é esclarecido, sabe o que quer e não vai parar até consegui-lo", é isso que "black nigga" significa pra mim agora.