Dianna

Definitivamente é um filme muito maçante, especialmente para quem está acostumado com cinema contemporâneo e/ou tem uma capacidade limitada de manter a atenção em alguma coisa. A história é interessante, e o detalhe de 100% do elenco ser nativo-americano é o fato que mais aguçou minha curiosidade. Infelizmente, para mim, não funcionou como entretenimento.

Ao longo da trajetória do filme, vamos acompanhando do momento de associação das meninas à indústria, através de anúncios nem sempre claros no craigslist, à chegada de uma garota nova na casa, com seus planos e sonhos e motivações, às degradações às quais as meninas precisam se submeter para "colocar o pé na porta", como facial abuse e outras "modalidades" da indústria que chegam ao limiar do estupro. Algumas partes me tocaram muito, como

A despeito de o filme iniciar com a premissa de que as meninas ganham dinheiro e podem sair a hora que quiserem, no final das contas acaba sendo um cautionary tale sobre o estigma social que é trabalhar vendendo sexo, e a dificuldade de se manter uma vida normal, com relacionamentos saudável com sua família e seus parceiros, quando se está nessa carreira, além da curta duração que uma carreira como esta costuma ter, já que, à medida que a juventude e o frescor se esgotam, as atrizes ficam presas a nichos cada vez mais degradantes se quiserem se manter na área.