Dou um crédito para o Van Sant por ter tido a coragem e ousadia de filmar um remake de um Hitchcock. Mas o filme é equivocado em todos os sentidos. E olha que eu gosto da maioria dos títulos que compõem a filmografia do Van Sant. Ainda bem que nenhum cineasta teve a petulância de fazer um remake de Laranja Mecânica (isola)
Indispensável para estudantes de jornalismo, principalmente, mas também para todos que curtem bom cinema. Inovador em diversos aspectos e de uma contribuição enorme para a sétima arte.
Acho bem melhor que Beleza Americana (lançado posteriormente e sempre comparado a este) ao tratar do sonho americano. O título já é irônico e o filme todo é carregado de cinismo. Pode soar como exagerado, mas ainda assim é bem interessante de se ver. Beleza Americana é mais polido, por assim dizer. Conduzido de maneira mais delicada que Felicidade.
Grande parte dos fãs de Kubrick costumam apontar Laranja Mecânica e/ou 2001 como seu melhor trabalho. O meu favorito, no entanto, é Barry Lyndon. Por ter sido o filme imediatamente posterior a Laranja Mecânica na filmografia do cineasta, a maior parte do público, na época do lançamento, esperava algo tão impactante e subversivo quanto. Mas como Kubrick não era um diretor óbvio, sempre versátil, apresentando trabalhos distintos tanto no que concerne à narrativa quanto a questões estéticas, ele presenteou o público com este filme que nem de longe é o mais lembrado ou mais apreciado dentre seus trabalhos. Uma pena, visto que é técnica e esteticamente impecável, além de conter um enredo atraente e instigante. Creio que o que mais impressiona nesse filme, é o fato de Kubrick tê-lo filmado inteiramente com luz natural no caso das externas e à luz de velas nas cenas em ambientes internos. E o visual é incrível. Cada fotograma se assemelha mais a uma pintura, o que não é de se surpreender já que Kubrick teve como referência pinturas inglesas do século XVIII para compor visualmente este longa. O perfeccionismo do cineasta aliado ao realismo que esse recurso estético proporcionou ao filme, tornou Barry Lyndon uma das obras-primas supremas de Stanley Kubrick. E como nem só de visual viviam os filmes dele, é necessário salientar o maravilhoso trabalho de Kubrick também no que diz respeito ao roteiro. Eu não li o livro no qual o filme se baseia, mas li outros que deram origem aos filmes de Kubrick (como O Iluminado e Laranja Mecânica), e Kubrick, mesmo se baseando em obras literárias, era muito autoral no texto e no estilo de direção. Então, só posso concluir que se trata de uma ótima adaptação, com o toque de genialidade do cineasta. Só Kubrick mesmo para ter como protagonista de seu filme um homem ambicioso, mau caráter, mentiroso de marca maior, pelo qual não sentimos nenhuma simpatia (muito pelo contrário, ele é repugnante) e, ainda assim, fazer com que o público ame o filme. Seria o mesmo caso do Alex de Laranja Mecânica, não fosse o fato de que deste, sentimos pena em um determinado ponto do longa. O que não é o caso de Barry. Imperdível. Daqueles filmes indispensáveis.
Psicose
3.1 467 Assista AgoraDou um crédito para o Van Sant por ter tido a coragem e ousadia de filmar um remake de um Hitchcock. Mas o filme é equivocado em todos os sentidos. E olha que eu gosto da maioria dos títulos que compõem a filmografia do Van Sant. Ainda bem que nenhum cineasta teve a petulância de fazer um remake de Laranja Mecânica (isola)
Cidadão Kane
4.3 992 Assista AgoraIndispensável para estudantes de jornalismo, principalmente, mas também para todos que curtem bom cinema. Inovador em diversos aspectos e de uma contribuição enorme para a sétima arte.
Felicidade
4.1 377Acho bem melhor que Beleza Americana (lançado posteriormente e sempre comparado a este) ao tratar do sonho americano. O título já é irônico e o filme todo é carregado de cinismo. Pode soar como exagerado, mas ainda assim é bem interessante de se ver. Beleza Americana é mais polido, por assim dizer. Conduzido de maneira mais delicada que Felicidade.
A.I. Inteligência Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraFico curiosa para saber como seria esse filme nas mãos do Kubrick
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraO filme é brilhante, roteiro muito bem executado. Mas perturbador.
Barry Lyndon
4.2 401 Assista AgoraGrande parte dos fãs de Kubrick costumam apontar Laranja Mecânica e/ou 2001 como seu melhor trabalho. O meu favorito, no entanto, é Barry Lyndon. Por ter sido o filme imediatamente posterior a Laranja Mecânica na filmografia do cineasta, a maior parte do público, na época do lançamento, esperava algo tão impactante e subversivo quanto. Mas como Kubrick não era um diretor óbvio, sempre versátil, apresentando trabalhos distintos tanto no que concerne à narrativa quanto a questões estéticas, ele presenteou o público com este filme que nem de longe é o mais lembrado ou mais apreciado dentre seus trabalhos. Uma pena, visto que é técnica e esteticamente impecável, além de conter um enredo atraente e instigante. Creio que o que mais impressiona nesse filme, é o fato de Kubrick tê-lo filmado inteiramente com luz natural no caso das externas e à luz de velas nas cenas em ambientes internos. E o visual é incrível. Cada fotograma se assemelha mais a uma pintura, o que não é de se surpreender já que Kubrick teve como referência pinturas inglesas do século XVIII para compor visualmente este longa. O perfeccionismo do cineasta aliado ao realismo que esse recurso estético proporcionou ao filme, tornou Barry Lyndon uma das obras-primas supremas de Stanley Kubrick. E como nem só de visual viviam os filmes dele, é necessário salientar o maravilhoso trabalho de Kubrick também no que diz respeito ao roteiro. Eu não li o livro no qual o filme se baseia, mas li outros que deram origem aos filmes de Kubrick (como O Iluminado e Laranja Mecânica), e Kubrick, mesmo se baseando em obras literárias, era muito autoral no texto e no estilo de direção. Então, só posso concluir que se trata de uma ótima adaptação, com o toque de genialidade do cineasta. Só Kubrick mesmo para ter como protagonista de seu filme um homem ambicioso, mau caráter, mentiroso de marca maior, pelo qual não sentimos nenhuma simpatia (muito pelo contrário, ele é repugnante) e, ainda assim, fazer com que o público ame o filme. Seria o mesmo caso do Alex de Laranja Mecânica, não fosse o fato de que deste, sentimos pena em um determinado ponto do longa. O que não é o caso de Barry. Imperdível. Daqueles filmes indispensáveis.