Um belo plano de fundo, um ótimo questionamento sobre os atuais valores que comandam a nossa sociedade, em especial o consumismo exacerbado, a falta de tempo e o modelo de paternidade. Ainda sim, com todos os dramas que nos parecem tão reais (e são reais, uma vez que o filme até incomoda por jogar tantas verdades a quem assiste), Capitão Fantástico traz uma leveza bastante singular, ainda que funcione debaixo de um guarda chuva de problemas. Ótima performance de Viggo Mortensen, mas confesso que fiquei um pouco incomodada com o ar de "inocente em demasia" passado por George MacKay.
Porém, como tudo nem sempre são flores, Capitão Fantástico me chateia um pouco pelo fato de que, automaticamente, eu o vinculo à minha área acadêmica e vejo pieguice no que tange a interpretação do que seria uma sociedade alternativa. Claramente inspirado em premissas de esquerda, a noção de "atendimento das necessidades e meios de satisfazê-las" soa fantasiosa pra quem, como eu, é adepta a tais correntes políticas/econômicas. Parece que sempre que se pensa em sociedade alternativa, necessariamente Hollywood nos oferece a ideia de uma grande ciranda, vivendo no meio do nada e ludista ao extremo.
Por todo frisson da mídia e público, assisti La La Land antes dos demais indicados à Melhor Filme. Assim que terminei, achei justíssimo toda a expectativa e os prêmios. Finalmente um musical menos caricato, menos feliz, mais real, ainda que permaneça um musical.
Depois, ao assistir os concorrentes, percebi que Moonlight, Manchester e Fences eram superiores em quase todos os aspectos possíveis, exceto na parte técnica, ainda que Moonlight também seja um espetáculo nesses quesitos. Seja na profundidade (ainda que eu entenda a proposta de La La Land, de ser um filme menos denso que um Moonlight da vida) ou até menos em atuação.
Acredito que todos que tenham assistido à La La Land antes dos demais tenha ficado com essa experiência.
Perante aos outros, falta.
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Onde os Fracos Não Têm Vez
4.1 2,4K Assista Agora10 aninhos desse clássico do cinema
Vida longa ao irmãos Coen, Bardem e Josh Brolin
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraCativante é a melhor definição pra esse filme.
Um belo plano de fundo, um ótimo questionamento sobre os atuais valores que comandam a nossa sociedade, em especial o consumismo exacerbado, a falta de tempo e o modelo de paternidade. Ainda sim, com todos os dramas que nos parecem tão reais (e são reais, uma vez que o filme até incomoda por jogar tantas verdades a quem assiste), Capitão Fantástico traz uma leveza bastante singular, ainda que funcione debaixo de um guarda chuva de problemas. Ótima performance de Viggo Mortensen, mas confesso que fiquei um pouco incomodada com o ar de "inocente em demasia" passado por George MacKay.
Porém, como tudo nem sempre são flores, Capitão Fantástico me chateia um pouco pelo fato de que, automaticamente, eu o vinculo à minha área acadêmica e vejo pieguice no que tange a interpretação do que seria uma sociedade alternativa. Claramente inspirado em premissas de esquerda, a noção de "atendimento das necessidades e meios de satisfazê-las" soa fantasiosa pra quem, como eu, é adepta a tais correntes políticas/econômicas. Parece que sempre que se pensa em sociedade alternativa, necessariamente Hollywood nos oferece a ideia de uma grande ciranda, vivendo no meio do nada e ludista ao extremo.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraPor todo frisson da mídia e público, assisti La La Land antes dos demais indicados à Melhor Filme. Assim que terminei, achei justíssimo toda a expectativa e os prêmios. Finalmente um musical menos caricato, menos feliz, mais real, ainda que permaneça um musical.
Depois, ao assistir os concorrentes, percebi que Moonlight, Manchester e Fences eram superiores em quase todos os aspectos possíveis, exceto na parte técnica, ainda que Moonlight também seja um espetáculo nesses quesitos. Seja na profundidade (ainda que eu entenda a proposta de La La Land, de ser um filme menos denso que um Moonlight da vida) ou até menos em atuação.
Acredito que todos que tenham assistido à La La Land antes dos demais tenha ficado com essa experiência.
Perante aos outros, falta.