(Essa resenha é pras 3 temporadas. As 2 primeiras são as melhores, mas a 3 tem seus pontos altos...)
Direção e edição incríveis, a ambientação mórbida cria o suspense perfeito. É leeenta. É pra quem curte se deliciar com atores trabalhando, as sutilezas de olhares e gestos, o silêncio.
Só a presença de Gillian Anderson na primeira cena já mostra quem é Stella e a que veio. Uma protagonista que amo e preciso ver na TV! Paul Spector é o papel da vida do Jamie Dornan, que infelizmente escolheu entrar em Hollywood naquele lixo de filme. Aqui, ele constrói um psicopata que só de subir as escadas em silêncio me apavora, mas também me hipnotiza por sua figura na tela. A beleza e sensualidade dele são bem exploradas mas servem à trama. Então, quando alguém diz que torce pelo serial killer, eu só acho que foram iludidos e seduzidos como a adolescente Katie.
Entendo que é uma série pesada e pode ser trigger pra algumas mulheres, e eu posso estar errada aqui... porém não consigo ver "glamurização" da violência contra mulheres. A construção de cenas faz o contrário, são perturbadoras e nojentas, pra quebrar qualquer "arte" que ele tente fazer nos assassinatos. Por exemplo:
Paul lavando o corpo da Sarah Kay e lavando o cabelo da filha, depois dando o colar; fora os depoimentos das vítimas, o vídeo da Rose no cativeiro...
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Claro que a série tá longe de ser feminista. É feita por homens e conta a história de um homem. Mas mostra o machismo estrutural, presente nas relações o tempo todo... Vemos todos os homens ali sendo problemáticos e prejudicando mulheres de alguma forma, em variados níveis de misoginia. Enquanto isso, as mulheres aparecem trabalhando juntas pra prender o assassino, ou dando apoio mútuo, ou ocupando cargos importantes de trabalho (e mesmo assim, sendo inferiorizadas). O diálogo onde Stella fala que Paul não é um monstro, e sim um homem como os outros, instiga o espectador a olhar todos os homens da série (e da vida) de uma forma diferente.
The Fall (1ª Temporada)
4.3 210(Essa resenha é pras 3 temporadas. As 2 primeiras são as melhores, mas a 3 tem seus pontos altos...)
Direção e edição incríveis, a ambientação mórbida cria o suspense perfeito. É leeenta. É pra quem curte se deliciar com atores trabalhando, as sutilezas de olhares e gestos, o silêncio.
Só a presença de Gillian Anderson na primeira cena já mostra quem é Stella e a que veio. Uma protagonista que amo e preciso ver na TV! Paul Spector é o papel da vida do Jamie Dornan, que infelizmente escolheu entrar em Hollywood naquele lixo de filme. Aqui, ele constrói um psicopata que só de subir as escadas em silêncio me apavora, mas também me hipnotiza por sua figura na tela. A beleza e sensualidade dele são bem exploradas mas servem à trama. Então, quando alguém diz que torce pelo serial killer, eu só acho que foram iludidos e seduzidos como a adolescente Katie.
Entendo que é uma série pesada e pode ser trigger pra algumas mulheres, e eu posso estar errada aqui... porém não consigo ver "glamurização" da violência contra mulheres. A construção de cenas faz o contrário, são perturbadoras e nojentas, pra quebrar qualquer "arte" que ele tente fazer nos assassinatos. Por exemplo:
Paul lavando o corpo da Sarah Kay e lavando o cabelo da filha, depois dando o colar; fora os depoimentos das vítimas, o vídeo da Rose no cativeiro...
Claro que a série tá longe de ser feminista. É feita por homens e conta a história de um homem. Mas mostra o machismo estrutural, presente nas relações o tempo todo... Vemos todos os homens ali sendo problemáticos e prejudicando mulheres de alguma forma, em variados níveis de misoginia. Enquanto isso, as mulheres aparecem trabalhando juntas pra prender o assassino, ou dando apoio mútuo, ou ocupando cargos importantes de trabalho (e mesmo assim, sendo inferiorizadas). O diálogo onde Stella fala que Paul não é um monstro, e sim um homem como os outros, instiga o espectador a olhar todos os homens da série (e da vida) de uma forma diferente.