A transição política e cultural para um tempo de maiores liberdades foi bem representada em diversos filmes nacionais do início da década de 1980, destaque para o "sacanageral" de Rio Babilônia (1982), assim como o medo das consequências de um tempo promíscuo e libertino foi muito bem expresso em Estou com AIDS. Se há algo positivo a se dizer da película, termina por aqui. Como Ariadne citou, o filme serve APENAS como amostra, nitidamente exagerada, do medo crescente e urrante que foram os primeiros anos da AIDS no Brasil. Um prato cheio para os moralistas, repletos de hipocrisia, como muito provavelmente o caso do próprio diretor do filme e da grande maioria dos entrevistados, apesar das boas intenções de alguns.
Um verdadeiro show de horrores, assisti com espanto a pobreza das informações e condutas divulgadas a respeito da doença, o estímulo ao suicídio e ao preconceito e, sendo estudante de Medicina, lamentei como um filme tão pesado e prejudicial pôde ter sido das maiores representatividades que os soropositivos tiveram numa época sombria. Em relação ao quesito SAÚDE PÚBLICA, o filme deveria receber estrelas negativas. Consegue fazer o contrário de tudo que hoje é o padrão de abordagem do HIV e da AIDS.
Quanto aos quesitos técnicos, nada se salva: roteiro, direção, fotografia, trilha sonora, atuações, TUDO no filme é deplorável e pitoresco. Trash define.
Parafraseio Téo: da saúde pública às atuações, o filme é deprimente em todos os aspectos. Vale a pena apenas para quem nutre grande curiosidade acerca do contexto da AIDS nos anos 1980.
Estou com AIDS
2.5 6A transição política e cultural para um tempo de maiores liberdades foi bem representada em diversos filmes nacionais do início da década de 1980, destaque para o "sacanageral" de Rio Babilônia (1982), assim como o medo das consequências de um tempo promíscuo e libertino foi muito bem expresso em Estou com AIDS. Se há algo positivo a se dizer da película, termina por aqui. Como Ariadne citou, o filme serve APENAS como amostra, nitidamente exagerada, do medo crescente e urrante que foram os primeiros anos da AIDS no Brasil. Um prato cheio para os moralistas, repletos de hipocrisia, como muito provavelmente o caso do próprio diretor do filme e da grande maioria dos entrevistados, apesar das boas intenções de alguns.
Um verdadeiro show de horrores, assisti com espanto a pobreza das informações e condutas divulgadas a respeito da doença, o estímulo ao suicídio e ao preconceito e, sendo estudante de Medicina, lamentei como um filme tão pesado e prejudicial pôde ter sido das maiores representatividades que os soropositivos tiveram numa época sombria. Em relação ao quesito SAÚDE PÚBLICA, o filme deveria receber estrelas negativas. Consegue fazer o contrário de tudo que hoje é o padrão de abordagem do HIV e da AIDS.
Quanto aos quesitos técnicos, nada se salva: roteiro, direção, fotografia, trilha sonora, atuações, TUDO no filme é deplorável e pitoresco. Trash define.
Parafraseio Téo: da saúde pública às atuações, o filme é deprimente em todos os aspectos. Vale a pena apenas para quem nutre grande curiosidade acerca do contexto da AIDS nos anos 1980.