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Uma das melhores novelas que a televisa trouxe nos últimos tempos, simplesmente pegou o cansado molde clássico com mocinha e vilã bem definidas e revitalizou da forma mais inteligente, uma trama em que todo capítulo acontecem reviravoltas pra fazer os personagens surtarem.
A Rebeca é uma das vilãs mais complexas e marcantes, não precisou de frase de efeito, risadas ou ficar bolando planos pra matar alguém, ela é o contrário de todas as outras, a chamada anti-vilã, covarde e incapaz de matar, mas ainda sim cheia de falhas de carater e mentirosa. Tudo que ela passa é compreensível e o mal que ela causa também e é isso o que a torna uma antagonista insana e diferente.
Lúcia também é uma boa mocinha, não maravilhosa mas bem legal de acompanhar e é exatamente o que a trama pedia, Nora é uma peste bem vinda pra história e ela ser cheia de problemas emocionais a tornou tão complexa quanto sua mãe.
A novela também tem uma lógica própria, sendo possível notar com todas as mortes sendo homicídio culposo ou suicídio, de modo que a trama queria ir pelo caminho mais difícil e conseguiu chegar lá com brilhantismo, quanto mais assiste, mais detalhes percebemos.
Uma novela frenética, com várias reviravoltas, um núcleo central marcante e núcleos paralelos profundos e bem desenvolvidos. A cor da paixão é excelente, que mais obras sejam assim.

Uma novela que até tem a intenção de fazer algo diferente, mas pra 103 capítulos ela foi muito barriguda e chata. O tempo passado raramente apresentava peças chave pra entendermos o presente, e o presente não andava já que só iria acontecer quando Damián acordasse do coma, resultado disso é uma trama que só acontece as mesmas coisas, Damián e Carolina brigando até o final no passado sendo que no primeiro capítulo do presente sabemos que ficaram juntos até o acidente, o presente apenas com surtos da ótima atuação da Silvia Navarro e as tramas paralelas são chatas e desinteressantes (o pior sendo Mia e Nicolás que só são chatos), prova disso é a Lola que começa com uma trama muito boa e depois praticamente some da história.
O ponto realmente positivo ficou para a investigação e a personagem Laura, cheia de complexos, um drama muito mais eficaz sobre traição do que o dos 4 protagonistas e ainda por cima queria resolver o caso do jeito dela, pena que ela fica mais no presente e demora pra aparecer no passado.
Raquel Cohen é praticamente dependente da atuação da Silvia, já que a personagem não faz nada além de chorar e conversar sobre a traição, a novela tenta fazer uma filosofia com isso mas fica repetindo todo dia até cansar e ficar insuportável.
Cair em tentação não vale a pena pra 103 capítulos que se repetem, poderia ser resumido em 30 e ter personagens mais envolvidos em fazer a trama andar, uma história não pode ficar dependente apenas de boas atuacões, Silvia Navarro tem sua melhor atuação em uma novela fraca.