Vamos lá, sempre um prazer assistir novos epis. Love, death + robots! Admito que a 2ª temporada me frustou um pouco, mas essa 3ª temporada está incrível no nível da 1ª. Vou dar minha opinião em relação aos episódios:
Viagem ruim: nesse episódio, vemos como o ser humano pode ser descastar sua integridade e bondade em troca da própria sobrevivência. Libertar o Thanapod na ilha habitada seria provocar uma onde de mortes em troca da vida de poucos. Outro ponto frande do episódio, foi a estratégia utilizada pelo comandante Torrin para escapar das armadilhas e eliminar um a um aqueles que não concordavam com sua missão heróica.
O mesmo pulso da máquina: episódio esteticamente lindo; o tema flui bem no conceito de "um é o todo, o todo é um". Sinceramente, acredito que tudo aquilo tenha acontecido na cabeça da astronauta Kivelson (principalmente pela citação "Eu era o mundo no qual eu andava. E o que vi, ouvi ou senti não veio senão de mim mesmo"), o que não tira a qualidade do episódio, mas me fez pensar nas razões de isso ter acontecido: o efeito psicótico da morfina, a alta concentração/foco num objetivo (algo similar à meditação). Dessa forma, já perto do fim do epi, quando a Kivelson junta todas as peças do quebra-cabeça, eu entendi que ela havia entrado numa fase mental de total introspecção e criatividade para chegar à solução que era compreender IO. Então, o fim do epi fecha com chave de ouro a história: Kivelson perderá o corpo mas sua configuração mental será mantida, ela se unirá ao todo, nem morte e vida (da forma como racionalmente pensamos). IO diz que sua função é conhecê-la (o que eu entendi como a função da Terra ou até do universo que é nos conhecer através da conexão). Na última cena, vemos como a Kivelson se conecta com o todo, o que foi representado pelo novo contato com a base.
Enxame: episódio onde a arrogância humana coloca nos coloca num pedestal sem razão alguma, o que nos dá um falso direito de poder explorar sem permissão e escravizar aqueles que achamos inferiores. Vemos como a ciência, se usada sem controle, pode afetar o meio e outros seres, e trazer efeitos colaterais piores (nascimento da nova espécie racional extraterrente) do que o atingimento do objetivo inicial (mapeamento genético de um ovo da rainha). Então, somos questionados se nossa inteligência é realmente a melhor qualidade para nossa sobrevivência, pois a colônia extraterreste sobrevive a milhares de anos através da cooperação: cada um ocupa uma função no sistema e há um propósito maior de bem comum. Mesmo com as chances que o Enxame deu ao cientista Afriel (representando a raça humana), seu orgulho não lhe permitiu a certeza de continuidade da raça humana (a reprodução com aquele extraterreste comedor de vômito haha e provavelmente a perda da racionalidade), e ele preferiu apostar no conflito entre os seres humanos e o Enxame. Ponto negativo: Galina sucumbiu muito facilmente e rapidamente aos objetivos do Afriel, apesar de inicialmente ser contra.
Fazendeiro: um episódio lindo lindo lindo esteticamente. Admito que tive pena da sereia. Como um ser mitológico, não acredito ser tão necessário compreender suas motivações em assassinar dezenas de guerreiros, mas poderia ter ficado mais claro (apesar de que em lendas as sereiasserviram para personificar aspectos do mar desde sua beleza até os perigos que ele representa). Porém, talvez tudo que a sereia quisesse era ser ela mesma ao mesmo tempo que alguém a compreendia e lhe amava. Percebendo que o cavaleiro surdo não sofria sua influência, ela se apaixonou. Então vemos duas dificuldades para o casal: o cavaleiro, como um mortal, se machuca ao tocar a sereia; e a própria índole do cavaleiro, que já dava sinais de ser avarento e apegado às riquezas, pois ele não teve escrúpulos para usar a paixão da sereia a seu favor e enganá-la. Pensando ter a assassinado, ele roubou todo o seu ouro e fugiu. A sereia, como um ser mitológico, provavelmente ressuscitou (ou talvez ela realmente não tinha morrido mesmo), sua tristeza e vergonha por ter perdido seu ouro - motivo de orgulho - causou uma turbulência no mar que se cobriu do seu sangue. Descobrimos que seu sangue é milagroso e possui poderes de cura, quando o cavaleiro lava o rosto acidentalmente com a água contendo o sangue da sereia, ele passa a ouvir normalmente. Pior hora para isso acontecer, uma vez que ele se torna alvo fácil para o canto da sereia e morre afogado. Terminamos com nossa bela sereia sem seu amor e sem seu ouro.
Bons:
Os três robôs: sinceramente, eu curto os episódios mais "dark", e mesmo assim gostei desse epi. mais voltado para a comédia, porém com altas doses de reflexão. Nele, vemos como a sociedade é separada por níveis de riqueza e o mais rico, por causa de sentimentos de ganância e autogratificação (como citado no próprio epi), prefere se isolar do que trabalhar em prol do bem comum. PS: Adorei a piada final com o Elon Musk!
Noite dos minimortos: um curtinha simples e engraçado cujos pontos fortes são o início e o fim. No início, a transa profana dá início ao despertar dos zumbis. No fim, vemos que todo o caos na Terra não é nada perante à infinitude do universo. Somos somente um pontinho, poeira estelar, até um peido (apesar de o som não se propagar no espaço devido ao vácuo) a anos-luz de distância teve mais impacto no universo.
Ratos de Mason: nesse episódio, vemos um composto transgênico (geneticamente modificado) sem controle algum de segurança, causar impactos graves (na natureza e animais) como a alteração do código genético dos ratos. Felizmente, vemos como o senhor Mason traz à tona sua empatia. O robozão TT-15 começou a provocar uma chacina sem precedentes e misercódia, a qual não poupava nem ratos que desistiram da guerra. Um ato de bondade, como o do senhor Mason, e ramente visto nos episódios de Love, Death + Robots, conseguiu unir até rivais, e foi possível que ambos pudessem beber e rir juntos. Um episódio fofo!
Razoáveis:
Matança em grupo: mais um episódio em que o impacto/efeitos colaterais das ações do homem sem tomar riscos controlados pode se tornar uma ameaça, nesse caso, a criação de máquinas que podem se voltar contra o próprio criador. Pelo que entendi, a motivação inicial veio da CIA após os ataques afegãos em 2002, mas eu gostaria que isso tivesse sido melhor abordado, pois ficou muito jogado. Como destaques, cito a frieza em mandar soldados em missões secretas, nas quais nem eles mesmos sabem o escopo e dificuldade da missão. E, nesse episódio, vimos que como a missão era secreta e não podia vazar, mesmo que os soldados tenham cumprido com sucesso a missão, eles foram sacrificados com a explosão da bomba.
Fracos:
Sepultados na caverna: para mim, o episódio mais fraco da temporada e com queda de qualidade abismal entre os demais. O templo alienígina e a presença do alien ali são um mistério: não sabemos se ele chegou há muito tempo e aquela caverna nunca foi visitada por pessoas, ou se o alien chegou há pouco tempo. Além disso, quem construiu e prendeu o alien no templo? Passada essa contextualização faltante, passamos pela matança expositiva e chegamos ao final do episódio. O comandante ficou facilmente influenciado pelo poder psiquíco do alien, mas a soldada foi mais resistente (novamente, gostaria de saber o motivo pelo qual ela mais forte mentalmente). No fim do epi, temos uma transição de cena brusca e vemos que a soldada perfurou seus olhos e ouvidos a fim de não ser afetada pelo alien e fugir daquelas visões que representavam uma tortura mental. Mas como ela saiu da caverna sem ver e ouvir? Havia saída no templo? Caso não tenha, como ela voltou pelo caminho da entrada que já estava infestado por aquelas aranhas?
Pela menor quantidade de episódios, esperava que todos fossem memoráveis, mas, diferente da primeira temporada, temos aqui poucos episódios marcantes no todo. Destacaria esses:
*CONTÉM MUITOS SPOILERS!!!
a) Ótimos
- Esquadrão de extermínio: traz a tona o debate imortalidade vs. natalidade. Será que cada vida individual é tão importante para superar o ciclo nascer/crescer/reproduzir/morrer? Será que não é egoísmo negar o ciclo natural da vida e negar que novas vidas tenham esse direito?
- Gigante Afogado: interessantes reflexões sobre o que é estar vivo/morto e como o ser humano pode ser acostumar com o incrível e torná-lo crível (até o banalizando).
b) Bons
- Gaiola de Sobrevivência: talvez eu tivesse me impactado mais se esse episódio tivesse vindo antes de "Atendimento Automático ao Cliente" porque o tema central é basicamente o mesmo: humanos vs. robôs e o quanto uma máquina pode ameaçar a vida caso sua programação tenha falhas. Além disso, temos basicamente um episódio de ação e sobrevivência.
- Pela Casa: não esperava muito desse episódio, mas gostei da forma como abordaram a aparência do "Papai Noel". Todos esperamos que seja um velhinho fofo e bondoso, mas e se ele fosse um monstro bondoso?! Episódio curto e direto ao ponto.
- Snow no Deserto: coloco esse episódio aqui principalmente pela computação gráfica e animação acima da média. O roteiro tem início, meio e fim, mas deixa a sensação de que poderia ter sido mais desenvolvido. Esse episódio lembra um pouco de Blade Runner com Mad Max, então não faltou ação. Mas como o tema principal é imortalidade, havia brecha para fazer mais! O protagonista é imortal mas, no começo do episódio, opta por morangos naturais ao invés de sintéticos (um belo paradoxo em comparação com sua imortalidade), porém, ao fim do episódio, somos informados de que sua esposa morreu (e ele ter continuado vivo foi um baque que lhe trouxe solidão) e ele encontra um novo amor justamente em uma humana modificada (com partes do corpo sintéticas que lhe garantem imortalidade).
- Atendimento Automático ao Cliente: novamente o embate humanos vs. robôs. É uma boa abertura e garante a diversão.
c) Ficaram devendo
- Gelo: Episódio esteticamente bonito. Novamente temos uma temática de humanos modificados (exceto pelo nosso protagonista). Esse motivo, aliás, prejudica sua interação social com outras pessoas. O irmão do protagonista é um humano modificado e o apresenta aos seus amigos que zombam do irmão (principalmente em razão dos atributos físicos que um humano normal não possui). Como bons jovens, todos vão literalmente "fazer M" e colocar suas vidas em risco em um teste de coragem. O ponto forte desse episódio é, novamente, a parte visual e a relação entre os irmãos: eu acredito que o irmão tenha simulado uma lesão durante o desafio para que o protagonista pudesse sair "por cima" (ter cumprido o desafio e ainda ter salvo alguém). Eu gostaria de saber o que acarretou essa modificação dos humanos e porque o protagonista (acredito que o pai dele também) não são modificados, visto que, provavelmente, eles são minoria/casos raros.
- Grama Alta: À primeira vista, os traços causam estranheza, mas, aos poucos, além de me acostumar, os considerei elegantes. Este é um episódio que começa com suspense mas se encaminha para o terror. Ao final do episódio, temos mais perguntas abertas (e pouquíssima base para formularmos teorias) do que conclusões. Por exemplo, por que humanos perdidos se tornaram monstros? Por que seres de outras dimensão só atacam ali?
É uma boa série, mas não é incrível. Diferente do que muita gente tem dito, é uma série até fácil de ser entendida. Não tem nada a ver com Dark (só se for o slice of life adolescente), em alguns momentos me lembrou Midsommar. Recomendo ler resumidamente o mito de Ostara antes de assistir (eu fiz isso e a experiência fez muito mais sentido).
Apesar de até caber uma segunda temporada caso a produção busque um final clichê, o final o final foi fechado e a maioria das perguntas foram respondidas.
Amor, Morte e Robôs (Volume 3)
4.1 343 Assista AgoraVamos lá, sempre um prazer assistir novos epis. Love, death + robots!
Admito que a 2ª temporada me frustou um pouco, mas essa 3ª temporada está incrível no nível da 1ª. Vou dar minha opinião em relação aos episódios:
Ótimos:
Viagem ruim: nesse episódio, vemos como o ser humano pode ser descastar sua integridade e bondade em troca da própria sobrevivência. Libertar o Thanapod na ilha habitada seria provocar uma onde de mortes em troca da vida de poucos. Outro ponto frande do episódio, foi a estratégia utilizada pelo comandante Torrin para escapar das armadilhas e eliminar um a um aqueles que não concordavam com sua missão heróica.
O mesmo pulso da máquina: episódio esteticamente lindo; o tema flui bem no conceito de "um é o todo, o todo é um". Sinceramente, acredito que tudo aquilo tenha acontecido na cabeça da astronauta Kivelson (principalmente pela citação "Eu era o mundo no qual eu andava. E o que vi, ouvi ou senti não veio senão de mim mesmo"), o que não tira a qualidade do episódio, mas me fez pensar nas razões de isso ter acontecido: o efeito psicótico da morfina, a alta concentração/foco num objetivo (algo similar à meditação). Dessa forma, já perto do fim do epi, quando a Kivelson junta todas as peças do quebra-cabeça, eu entendi que ela havia entrado numa fase mental de total introspecção e criatividade para chegar à solução que era compreender IO. Então, o fim do epi fecha com chave de ouro a história: Kivelson perderá o corpo mas sua configuração mental será mantida, ela se unirá ao todo, nem morte e vida (da forma como racionalmente pensamos). IO diz que sua função é conhecê-la (o que eu entendi como a função da Terra ou até do universo que é nos conhecer através da conexão). Na última cena, vemos como a Kivelson se conecta com o todo, o que foi representado pelo novo contato com a base.
Enxame: episódio onde a arrogância humana coloca nos coloca num pedestal sem razão alguma, o que nos dá um falso direito de poder explorar sem permissão e escravizar aqueles que achamos inferiores. Vemos como a ciência, se usada sem controle, pode afetar o meio e outros seres, e trazer efeitos colaterais piores (nascimento da nova espécie racional extraterrente) do que o atingimento do objetivo inicial (mapeamento genético de um ovo da rainha). Então, somos questionados se nossa inteligência é realmente a melhor qualidade para nossa sobrevivência, pois a colônia extraterreste sobrevive a milhares de anos através da cooperação: cada um ocupa uma função no sistema e há um propósito maior de bem comum. Mesmo com as chances que o Enxame deu ao cientista Afriel (representando a raça humana), seu orgulho não lhe permitiu a certeza de continuidade da raça humana (a reprodução com aquele extraterreste comedor de vômito haha e provavelmente a perda da racionalidade), e ele preferiu apostar no conflito entre os seres humanos e o Enxame. Ponto negativo: Galina sucumbiu muito facilmente e rapidamente aos objetivos do Afriel, apesar de inicialmente ser contra.
Fazendeiro: um episódio lindo lindo lindo esteticamente. Admito que tive pena da sereia. Como um ser mitológico, não acredito ser tão necessário compreender suas motivações em assassinar dezenas de guerreiros, mas poderia ter ficado mais claro (apesar de que em lendas as sereiasserviram para personificar aspectos do mar desde sua beleza até os perigos que ele representa). Porém, talvez tudo que a sereia quisesse era ser ela mesma ao mesmo tempo que alguém a compreendia e lhe amava. Percebendo que o cavaleiro surdo não sofria sua influência, ela se apaixonou. Então vemos duas dificuldades para o casal: o cavaleiro, como um mortal, se machuca ao tocar a sereia; e a própria índole do cavaleiro, que já dava sinais de ser avarento e apegado às riquezas, pois ele não teve escrúpulos para usar a paixão da sereia a seu favor e enganá-la. Pensando ter a assassinado, ele roubou todo o seu ouro e fugiu. A sereia, como um ser mitológico, provavelmente ressuscitou (ou talvez ela realmente não tinha morrido mesmo), sua tristeza e vergonha por ter perdido seu ouro - motivo de orgulho - causou uma turbulência no mar que se cobriu do seu sangue. Descobrimos que seu sangue é milagroso e possui poderes de cura, quando o cavaleiro lava o rosto acidentalmente com a água contendo o sangue da sereia, ele passa a ouvir normalmente. Pior hora para isso acontecer, uma vez que ele se torna alvo fácil para o canto da sereia e morre afogado. Terminamos com nossa bela sereia sem seu amor e sem seu ouro.
Bons:
Os três robôs: sinceramente, eu curto os episódios mais "dark", e mesmo assim gostei desse epi. mais voltado para a comédia, porém com altas doses de reflexão. Nele, vemos como a sociedade é separada por níveis de riqueza e o mais rico, por causa de sentimentos de ganância e autogratificação (como citado no próprio epi), prefere se isolar do que trabalhar em prol do bem comum. PS: Adorei a piada final com o Elon Musk!
Noite dos minimortos: um curtinha simples e engraçado cujos pontos fortes são o início e o fim. No início, a transa profana dá início ao despertar dos zumbis. No fim, vemos que todo o caos na Terra não é nada perante à infinitude do universo. Somos somente um pontinho, poeira estelar, até um peido (apesar de o som não se propagar no espaço devido ao vácuo) a anos-luz de distância teve mais impacto no universo.
Ratos de Mason: nesse episódio, vemos um composto transgênico (geneticamente modificado) sem controle algum de segurança, causar impactos graves (na natureza e animais) como a alteração do código genético dos ratos. Felizmente, vemos como o senhor Mason traz à tona sua empatia. O robozão TT-15 começou a provocar uma chacina sem precedentes e misercódia, a qual não poupava nem ratos que desistiram da guerra. Um ato de bondade, como o do senhor Mason, e ramente visto nos episódios de Love, Death + Robots, conseguiu unir até rivais, e foi possível que ambos pudessem beber e rir juntos. Um episódio fofo!
Razoáveis:
Matança em grupo: mais um episódio em que o impacto/efeitos colaterais das ações do homem sem tomar riscos controlados pode se tornar uma ameaça, nesse caso, a criação de máquinas que podem se voltar contra o próprio criador. Pelo que entendi, a motivação inicial veio da CIA após os ataques afegãos em 2002, mas eu gostaria que isso tivesse sido melhor abordado, pois ficou muito jogado. Como destaques, cito a frieza em mandar soldados em missões secretas, nas quais nem eles mesmos sabem o escopo e dificuldade da missão. E, nesse episódio, vimos que como a missão era secreta e não podia vazar, mesmo que os soldados tenham cumprido com sucesso a missão, eles foram sacrificados com a explosão da bomba.
Fracos:
Sepultados na caverna: para mim, o episódio mais fraco da temporada e com queda de qualidade abismal entre os demais. O templo alienígina e a presença do alien ali são um mistério: não sabemos se ele chegou há muito tempo e aquela caverna nunca foi visitada por pessoas, ou se o alien chegou há pouco tempo. Além disso, quem construiu e prendeu o alien no templo? Passada essa contextualização faltante, passamos pela matança expositiva e chegamos ao final do episódio. O comandante ficou facilmente influenciado pelo poder psiquíco do alien, mas a soldada foi mais resistente (novamente, gostaria de saber o motivo pelo qual ela mais forte mentalmente). No fim do epi, temos uma transição de cena brusca e vemos que a soldada perfurou seus olhos e ouvidos a fim de não ser afetada pelo alien e fugir daquelas visões que representavam uma tortura mental. Mas como ela saiu da caverna sem ver e ouvir? Havia saída no templo? Caso não tenha, como ela voltou pelo caminho da entrada que já estava infestado por aquelas aranhas?
É... ficou enorme hehe
Amor, Morte e Robôs (Volume 2)
3.8 371Nota 4/5 (enquanto avaliei a primeira como 5/5)
Pela menor quantidade de episódios, esperava que todos fossem memoráveis, mas, diferente da primeira temporada, temos aqui poucos episódios marcantes no todo. Destacaria esses:
*CONTÉM MUITOS SPOILERS!!!
a) Ótimos
- Esquadrão de extermínio: traz a tona o debate imortalidade vs. natalidade. Será que cada vida individual é tão importante para superar o ciclo nascer/crescer/reproduzir/morrer? Será que não é egoísmo negar o ciclo natural da vida e negar que novas vidas tenham esse direito?
- Gigante Afogado: interessantes reflexões sobre o que é estar vivo/morto e como o ser humano pode ser acostumar com o incrível e torná-lo crível (até o banalizando).
b) Bons
- Gaiola de Sobrevivência: talvez eu tivesse me impactado mais se esse episódio tivesse vindo antes de "Atendimento Automático ao Cliente" porque o tema central é basicamente o mesmo: humanos vs. robôs e o quanto uma máquina pode ameaçar a vida caso sua programação tenha falhas. Além disso, temos basicamente um episódio de ação e sobrevivência.
- Pela Casa: não esperava muito desse episódio, mas gostei da forma como abordaram a aparência do "Papai Noel". Todos esperamos que seja um velhinho fofo e bondoso, mas e se ele fosse um monstro bondoso?! Episódio curto e direto ao ponto.
- Snow no Deserto: coloco esse episódio aqui principalmente pela computação gráfica e animação acima da média. O roteiro tem início, meio e fim, mas deixa a sensação de que poderia ter sido mais desenvolvido. Esse episódio lembra um pouco de Blade Runner com Mad Max, então não faltou ação. Mas como o tema principal é imortalidade, havia brecha para fazer mais! O protagonista é imortal mas, no começo do episódio, opta por morangos naturais ao invés de sintéticos (um belo paradoxo em comparação com sua imortalidade), porém, ao fim do episódio, somos informados de que sua esposa morreu (e ele ter continuado vivo foi um baque que lhe trouxe solidão) e ele encontra um novo amor justamente em uma humana modificada (com partes do corpo sintéticas que lhe garantem imortalidade).
- Atendimento Automático ao Cliente: novamente o embate humanos vs. robôs. É uma boa abertura e garante a diversão.
c) Ficaram devendo
- Gelo: Episódio esteticamente bonito. Novamente temos uma temática de humanos modificados (exceto pelo nosso protagonista). Esse motivo, aliás, prejudica sua interação social com outras pessoas. O irmão do protagonista é um humano modificado e o apresenta aos seus amigos que zombam do irmão (principalmente em razão dos atributos físicos que um humano normal não possui). Como bons jovens, todos vão literalmente "fazer M" e colocar suas vidas em risco em um teste de coragem. O ponto forte desse episódio é, novamente, a parte visual e a relação entre os irmãos: eu acredito que o irmão tenha simulado uma lesão durante o desafio para que o protagonista pudesse sair "por cima" (ter cumprido o desafio e ainda ter salvo alguém). Eu gostaria de saber o que acarretou essa modificação dos humanos e porque o protagonista (acredito que o pai dele também) não são modificados, visto que, provavelmente, eles são minoria/casos raros.
- Grama Alta: À primeira vista, os traços causam estranheza, mas, aos poucos, além de me acostumar, os considerei elegantes. Este é um episódio que começa com suspense mas se encaminha para o terror. Ao final do episódio, temos mais perguntas abertas (e pouquíssima base para formularmos teorias) do que conclusões. Por exemplo, por que humanos perdidos se tornaram monstros? Por que seres de outras dimensão só atacam ali?
Equinox
2.9 70Até que gostei: nota 3,5/5.
É uma boa série, mas não é incrível. Diferente do que muita gente tem dito, é uma série até fácil de ser entendida. Não tem nada a ver com Dark (só se for o slice of life adolescente), em alguns momentos me lembrou Midsommar. Recomendo ler resumidamente o mito de Ostara antes de assistir (eu fiz isso e a experiência fez muito mais sentido).
Apesar de até caber uma segunda temporada caso a produção busque um final clichê, o final o final foi fechado e a maioria das perguntas foram respondidas.
PS: Não é uma série para se assustar.
Achei chocante e incrível a cena do ritual.
Talvez as únicas perguntas que tenham restado sejam:
1. Quem é o pai da Astrid?
2. Como o mundo vai reagir à volta dos jovens desaparecidos há 21 anos?