De Anarquismo não tem nada, só uma ideia completamente irresponsável e individualista de alguém que não pensou nas consequências de seus atos.
Até vale assistir pela reflexão sobre como ações individuais podem impactar a sociedade e como devemos lidar com nossos erros. Mas o filme em si é preguiçoso, como já foi dito por aqui, é o tempo todo uma tentativa de arrancar a mesma resposta do autor do livro, instigando ele a falar sobre culpa. Faltou ir atrás dos editores, falar com outras pessoas... Tentaram tirar muito mais do que dava de um único personagem.
Baita trampo audiovisual, de coragem (o realizador é russo e ainda assim faz uma crítica forte ao seu próprio governo) e muita força. É dinâmico e explora bem o pouco tempo do qual dispõe, até porque se propõe não a falar de todo o levante ucraniano de 2014, mas evidenciar a movimentação na Praça da Independência e nos desdobramentos a partir dali.
É interessante o esforço da edição em utilizar tantas imagens de dentro do conflito e, muitas vezes, sem narração em off, o que dá uma ausência de julgamentos sobre as motivações e foca nos resultados. O problema é que, quando se trata de política, não existe imparcialidade e se tu não se posiciona de um lado, se posiciona do outro. Por falha grave (ou por afinidade ideológica) Evgeny Afineevsky deixa de explicar que o sentimento de indignação dos ucranianos só tomou corpo quando partidos da extrema-direita oposicionista - Svoboda, que também é anticomunista e inclinado ao fundamentalismo religioso - e grupos nazifascistas (Pravy Sektor, que se tornou partido político depois de 2014) aproveitaram o ultranacionalismo dos manifestantes do Euromaidan e transformaram em ações diretas de enfrentamento.
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American Anarchist
3.0 16De Anarquismo não tem nada, só uma ideia completamente irresponsável e individualista de alguém que não pensou nas consequências de seus atos.
Até vale assistir pela reflexão sobre como ações individuais podem impactar a sociedade e como devemos lidar com nossos erros. Mas o filme em si é preguiçoso, como já foi dito por aqui, é o tempo todo uma tentativa de arrancar a mesma resposta do autor do livro, instigando ele a falar sobre culpa. Faltou ir atrás dos editores, falar com outras pessoas... Tentaram tirar muito mais do que dava de um único personagem.
Winter on Fire: Ukraine's Fight for Freedom
4.3 184 Assista AgoraBaita trampo audiovisual, de coragem (o realizador é russo e ainda assim faz uma crítica forte ao seu próprio governo) e muita força. É dinâmico e explora bem o pouco tempo do qual dispõe, até porque se propõe não a falar de todo o levante ucraniano de 2014, mas evidenciar a movimentação na Praça da Independência e nos desdobramentos a partir dali.
É interessante o esforço da edição em utilizar tantas imagens de dentro do conflito e, muitas vezes, sem narração em off, o que dá uma ausência de julgamentos sobre as motivações e foca nos resultados. O problema é que, quando se trata de política, não existe imparcialidade e se tu não se posiciona de um lado, se posiciona do outro. Por falha grave (ou por afinidade ideológica) Evgeny Afineevsky deixa de explicar que o sentimento de indignação dos ucranianos só tomou corpo quando partidos da extrema-direita oposicionista - Svoboda, que também é anticomunista e inclinado ao fundamentalismo religioso - e grupos nazifascistas (Pravy Sektor, que se tornou partido político depois de 2014) aproveitaram o ultranacionalismo dos manifestantes do Euromaidan e transformaram em ações diretas de enfrentamento.