Flavio Soares

Finalmente consegui ver Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, um fecho mais do que adequado à trilogia criada por Christopher e Jonathan Nolan e David Goyer.
O filme, apesar dos inevitáveis furos de roteiro, tem densidade e coerência e mesmo as pequenas homenagens espalhadas nas quase 3 horas de duração ajudam a contar a história.
Bane, um vilão sem sal nos quadrinhos, ganha, finalmente, uma personalidade ameaçadora – mérito, em parte, à excelente atuação de Tom Hardy, tão boa quanto a de Heath Ledger encarnando o Coringa no filme anterior. Falando em Coringa, sua falta fica evidente neste encerramento – mas não atrapalha o andamento da história. É nítido que os autores tinham planos sólidos para o personagem neste ato final. Pena que não foi possível. Seria um filme ainda melhor.
Como adaptação, a trilogia é excelente. Pra mim, é assim que ela precisa ser avaliada: uma adaptação; um filme com cerca de 6 horas de duração que mostra começo, meio e fim da trajetória de um Batman cinematográfico, sem as amarras dos quadrinhos. Respeitam-se pontos cruciais vindos das HQs, mas alterou-se tudo o que foi preciso para que a história funcionasse no cinema. E funciona!
Nolan mostrou que é possível levar para os cinemas personagens consagrados nas HQs com um novo fôlego, uma nova visão.
Fiquei curioso para ver o novo filme do Superman, com produção de Nolan. se seguir na mesma toada do Batman, tem tudo para ser outro sucesso.

O filme é bom. Mostra a espionagem como ela supostamente é na vida real, sem grandes pirotecnias.
Mas falta um pouco de emoção (ou ritmo) à direção.
O resultado final é bom, mas o elenco e suas atuações estão um degrau acima do filme como produto final.

Assisti ao primeiro espisódio no Netflix e gostei muito.
Quando terminar de ver a temporada toda, direi se valeu a pena ou não.