Assisti quando criança, e hoje re-assisto como adulto. As interpretações e a atenção estiveram em pontos totalmente diferentes. A opinião? Continua a mesma: uma das melhores animações já feitas, um dos melhores filmes que vi em minha vida, e uma obra de arte, em todos os sentidos.
Muitos chamaram de previsível o enredo, porém devo admitir que a idéia de "pop star que é influenciada por um romance com um cara comum para se tornar uma artista de verdade" nunca foi tão honesta e crua como aqui.
No ramo de atuações (sem dúvidas o aspecto mais forte do filme), Nate Parker prova mais uma vez porque é um dos melhores atores em atual ascensão, e Gugu Mbatha-Raw faz uma performance digna de Oscar. Minnie Driver e Danny Glover completam o elenco com grande força e competência, elevando o material e tornando seus personagens mais do que meras caricaturas de pais ambiciosos.
As músicas são previsivelmente pops (o que pelo menos faz sentido, na narrativa do filme), e os clipes e performances que se vê no começo soam quase como uma sátira à boa parte dessas cantoras pop de hoje em dia. Em suma, filme bem melhor que o esperado, bom saber que, ainda que pouco, o filme teve algum reconhecimento da Academia.
Quase como uma injeção de adrenalina. Nunca uma sala de música pareceu um ambiente tão imprevisível e hostil, mas com a direção dinâmica do novato Damien Chazelle, cada batida, cada performance, tem presença.
Com a história focada em um baterista, o filme põe em destaque um artista que poucos param pra notar sua enorme importância na banda. Porém, a idéia do filme é outra: o quão longe você pode ir, ou levar alguém, para alcançar o sucesso? O roteiro busca manter as coisas sempre velozes através dos personagens e suas ações, mais especificamente, através de um babaca de marca maior: Terence Fletcher, interpretado com verdadeiro gusto por J.K. Simmons. Juro que desde Nascido Para Matar eu não ouvia tanto palavrão, insulto e humilhação em um só filme, vindo de um só personagem, e o ator os desfere com ira e precisão. Estou com sérias dúvidas que haverá um concorrente mais forte, ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, esse ano.
Miles Teller também adiciona outro ótimo papel ao seu currículo, fazendo seu protagonista empático, mas levemente arrogante, de forma que você consegue engolir, o tanto de humilhações físicas e verbais que o personagem passa, para alcançar a grandeza.
No geral, um dos melhores desse ano, e mais uma vez, uma pena que os cinemas brasileiros não dão o valor necessário a esse tipo de entretenimento.
Um dos melhores do ano facilmente. É surpreendente ver que um filme tão enérgico e vibrante é a estréia de Dan Gilroy na direção. O roteiro, também de sua autoria, é de um ritmo impressionante, e não poupa diversas tiradas e sarcasmos com a indústria de notícias.
No ramo das atuações, Riz Ahmed surpreende e Rene Russo tem sua melhor atuação em muito tempo, mas Jake Gyllenhaal é quem carrega o filme. Seu Lou Bloom é definitivamente o ápice de sua cada vez mais brilhante carreira, um verdadeiro abutre, em busca de sucesso financeiro e profissional, custe o que custar. Seus monólogos e discursos prontos, seus sorrisos levemente perturbadores, até sua aparência bizarra, o ator acerta tudo e vai fundo no papel. Lou é um personagem asqueroso, e Gyllenhaal faz questão de mostrar isso nos mínimos detalhes e nuances. Ficarei na torcida por uma nomeação ao Oscar por ele e pelo roteiro, pelo menos.
Mal possuo palavras pra descrever esse documentário, um tanto quanto amador, e ao mesmo tempo, tão chocante, emocionante, evocativo e surpreendente (tanto de formas horríveis quanto belas). Trabalhando de forma diferente de um documentário normal, ele se move a passos rápidos, de forma que te prende até o final.
Porém, tendo dito todos esses elogios, não sei se conseguiria assisti-lo de novo, passar por toda a narrativa excruciante que a história de Andrew Bagby e sua família possui. Só recomendo a qualquer pessoa, que esteja preparada para algo forte, mas que muitas vezes, pode encontrar um significado maior em um filme desses.
Engraçado, quando li sobre esse filme, mesmo com a crítica falando muito bem, tudo nele me cheirava a "sonolento". Filme preto-e-branco, acompanhando um velho rabugento? Vish, deve ser chato pra caramba.
Porém, resolvi dar uma chance depois de ter visto o trailer e ouvido parte ou outra da trilha sonora. E fiquei impressionado com o quão bom foi o filme! Uma demonstração singela do que é a relação difícil entre pais e filhos, e o quão estranho, melancólico, e até engraçado, pode ser, muitas vezes, reviver o passado. Atuações excelentes de todos os envolvidos, com destaque para o trio principal Bruce Dern, Will Forte e June Squibb, mas também vale mencionar Stacy Keach e seu curto porém memorável papel de antagonista na história.
Além disso, a direção de Alexander Payne é belíssima, simplória, mas aliada a excelente fotografia (filmar em preto-e-branco foi realmente uma sacada genial), consegue capturar a beleza do interior, e a melancolia dos pequenos momentos em que Woody relembra certas coisas (a cena dele visitando sua antiga casa é um dos pontos altos do filme). E, claro, como disse acima, que trilha sonora foda! Casou de forma espetacular com o filme e suas temática, como não concorreu ao Oscar, eu não sei até hoje.
Claro, o filme não é perfeito, tem alguns problemas de ritmo no começo, principalmente, mas cativa e só vai melhorando, até o final, em que com certeza terminará de assistir com um sorriso no rosto.
Excelente filme, demonstrando o poder que uma mentira tem na vida do homem. Mas não é um filme fácil, como disseram abaixo, pessoas com forte senso de justiça vão ficar agoniadas diante de tanta injustiça, como eu fiquei.
Não só isso, o filme também traz uma quase-crítica que cai muito bem aos dias de hoje, aonde muitas pessoas são acusadas o tempo inteiro na mídia, e antes mesmo de poderem provar sua inocência, são julgadas por milhares, e muitas vezes, carregam um estigma,
Caramba, cinema indie esse ano de 2013 está com tudo! Short Term 12 é uma prova de que garantia de filme bom é assim: com boas atuações, um roteiro bacana e tocante, e boa direção, nada de efeitos especiais, pretensiosismo ou filme talhado de atores classe-A. Brie Larson surpreendeu no papel, ela é outra na lista das várias atrizes que mereciam ser nomeadas a Melhor Atriz no Oscar, ao invés da Meryl Streep, esse ano.
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A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraAssisti quando criança, e hoje re-assisto como adulto. As interpretações e a atenção estiveram em pontos totalmente diferentes. A opinião? Continua a mesma: uma das melhores animações já feitas, um dos melhores filmes que vi em minha vida, e uma obra de arte, em todos os sentidos.
Não tem jeito, Miyazaki é um gênio.
Nos Bastidores da Fama
3.6 75 Assista AgoraMuitos chamaram de previsível o enredo, porém devo admitir que a idéia de "pop star que é influenciada por um romance com um cara comum para se tornar uma artista de verdade" nunca foi tão honesta e crua como aqui.
No ramo de atuações (sem dúvidas o aspecto mais forte do filme), Nate Parker prova mais uma vez porque é um dos melhores atores em atual ascensão, e Gugu Mbatha-Raw faz uma performance digna de Oscar. Minnie Driver e Danny Glover completam o elenco com grande força e competência, elevando o material e tornando seus personagens mais do que meras caricaturas de pais ambiciosos.
As músicas são previsivelmente pops (o que pelo menos faz sentido, na narrativa do filme), e os clipes e performances que se vê no começo soam quase como uma sátira à boa parte dessas cantoras pop de hoje em dia. Em suma, filme bem melhor que o esperado, bom saber que, ainda que pouco, o filme teve algum reconhecimento da Academia.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista AgoraQuase como uma injeção de adrenalina. Nunca uma sala de música pareceu um ambiente tão imprevisível e hostil, mas com a direção dinâmica do novato Damien Chazelle, cada batida, cada performance, tem presença.
Com a história focada em um baterista, o filme põe em destaque um artista que poucos param pra notar sua enorme importância na banda. Porém, a idéia do filme é outra: o quão longe você pode ir, ou levar alguém, para alcançar o sucesso? O roteiro busca manter as coisas sempre velozes através dos personagens e suas ações, mais especificamente, através de um babaca de marca maior: Terence Fletcher, interpretado com verdadeiro gusto por J.K. Simmons. Juro que desde Nascido Para Matar eu não ouvia tanto palavrão, insulto e humilhação em um só filme, vindo de um só personagem, e o ator os desfere com ira e precisão. Estou com sérias dúvidas que haverá um concorrente mais forte, ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, esse ano.
Miles Teller também adiciona outro ótimo papel ao seu currículo, fazendo seu protagonista empático, mas levemente arrogante, de forma que você consegue engolir, o tanto de humilhações físicas e verbais que o personagem passa, para alcançar a grandeza.
No geral, um dos melhores desse ano, e mais uma vez, uma pena que os cinemas brasileiros não dão o valor necessário a esse tipo de entretenimento.
O Abutre
4.0 2,5K Assista AgoraUm dos melhores do ano facilmente. É surpreendente ver que um filme tão enérgico e vibrante é a estréia de Dan Gilroy na direção. O roteiro, também de sua autoria, é de um ritmo impressionante, e não poupa diversas tiradas e sarcasmos com a indústria de notícias.
No ramo das atuações, Riz Ahmed surpreende e Rene Russo tem sua melhor atuação em muito tempo, mas Jake Gyllenhaal é quem carrega o filme. Seu Lou Bloom é definitivamente o ápice de sua cada vez mais brilhante carreira, um verdadeiro abutre, em busca de sucesso financeiro e profissional, custe o que custar. Seus monólogos e discursos prontos, seus sorrisos levemente perturbadores, até sua aparência bizarra, o ator acerta tudo e vai fundo no papel. Lou é um personagem asqueroso, e Gyllenhaal faz questão de mostrar isso nos mínimos detalhes e nuances. Ficarei na torcida por uma nomeação ao Oscar por ele e pelo roteiro, pelo menos.
Dear Zachary: Um Caso Chocante
4.4 250Mal possuo palavras pra descrever esse documentário, um tanto quanto amador, e ao mesmo tempo, tão chocante, emocionante, evocativo e surpreendente (tanto de formas horríveis quanto belas). Trabalhando de forma diferente de um documentário normal, ele se move a passos rápidos, de forma que te prende até o final.
Porém, tendo dito todos esses elogios, não sei se conseguiria assisti-lo de novo, passar por toda a narrativa excruciante que a história de Andrew Bagby e sua família possui. Só recomendo a qualquer pessoa, que esteja preparada para algo forte, mas que muitas vezes, pode encontrar um significado maior em um filme desses.
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraEngraçado, quando li sobre esse filme, mesmo com a crítica falando muito bem, tudo nele me cheirava a "sonolento". Filme preto-e-branco, acompanhando um velho rabugento? Vish, deve ser chato pra caramba.
Porém, resolvi dar uma chance depois de ter visto o trailer e ouvido parte ou outra da trilha sonora. E fiquei impressionado com o quão bom foi o filme! Uma demonstração singela do que é a relação difícil entre pais e filhos, e o quão estranho, melancólico, e até engraçado, pode ser, muitas vezes, reviver o passado. Atuações excelentes de todos os envolvidos, com destaque para o trio principal Bruce Dern, Will Forte e June Squibb, mas também vale mencionar Stacy Keach e seu curto porém memorável papel de antagonista na história.
Além disso, a direção de Alexander Payne é belíssima, simplória, mas aliada a excelente fotografia (filmar em preto-e-branco foi realmente uma sacada genial), consegue capturar a beleza do interior, e a melancolia dos pequenos momentos em que Woody relembra certas coisas (a cena dele visitando sua antiga casa é um dos pontos altos do filme). E, claro, como disse acima, que trilha sonora foda! Casou de forma espetacular com o filme e suas temática, como não concorreu ao Oscar, eu não sei até hoje.
Claro, o filme não é perfeito, tem alguns problemas de ritmo no começo, principalmente, mas cativa e só vai melhorando, até o final, em que com certeza terminará de assistir com um sorriso no rosto.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraExcelente filme, demonstrando o poder que uma mentira tem na vida do homem. Mas não é um filme fácil, como disseram abaixo, pessoas com forte senso de justiça vão ficar agoniadas diante de tanta injustiça, como eu fiquei.
Não só isso, o filme também traz uma quase-crítica que cai muito bem aos dias de hoje, aonde muitas pessoas são acusadas o tempo inteiro na mídia, e antes mesmo de poderem provar sua inocência, são julgadas por milhares, e muitas vezes, carregam um estigma,
assim como ocorre com o pobre Lucas neste filme.
Temporário 12
4.3 590Caramba, cinema indie esse ano de 2013 está com tudo! Short Term 12 é uma prova de que garantia de filme bom é assim: com boas atuações, um roteiro bacana e tocante, e boa direção, nada de efeitos especiais, pretensiosismo ou filme talhado de atores classe-A. Brie Larson surpreendeu no papel, ela é outra na lista das várias atrizes que mereciam ser nomeadas a Melhor Atriz no Oscar, ao invés da Meryl Streep, esse ano.