Galaxy

Este filme me levou justamente à reflexão que eu precisava no momento. Quantas vezes somos aconselhados, e quantas vezes nós mesmos desejamos esquecer a pessoa amada? Toda aquela dor corrosiva, angustiante, repetindo-se diariamente como um verdadeiro eco em nossas cabeças. Quanta tortura! Alguém que me desse a solução para essa pessoa nunca ter aparecido na minha vida!
Não. Jamais. Queiramos ou não, tudo o que as pessoas deixam ao passar em nossas vidas são cicatrizes. Sejam elas pequenas, grandes, prazerosas de se cutucar vez ou outra, ou até mesmo doloridas. As cicatrizes nos lembram de nossas aventuranças, nos fazem lembrar de quem somos, das coisas que vivemos. Como poderíamos nos reconhecer sem essas "marcas de guerra"?
Por isso encontrei-me na decisão do Joel. Jamais abriria mão de um minuto de encanto com esta pessoa. Ela me ajudou a me construir. Faz parte de mim. O amargo da vida pode ser provido por todas as pessoas do mundo, e nem por isso devemos apagá-las, certo? Qual seria a beleza surreal dos bons momentos, se não houvessem os estragos?
Faz parte.

Superestimado que só a febre de rato