Guilherme Junkes

Assistir quase quinze anos depois prejudica a apreciação porque, hoje, mais do que nunca, zoar o clichê é ainda mais clichê do que o próprio clichê. Sério. Ainda assim, quero assistir à série.

Muita gente vai ver o filme por causa do Criolo, por causa da dimensão que ele tomou hoje. E, por isso, a tendência é diminuírem o valor de qualquer coisa menor que a produção de "Duas de Cinco/Cóccix-ência". Não façam isso. Assistam pelo artista, tudo bem, mas pela essência demonstrada em sua obra, não a imagem projetada pelo seu sucesso.

Não me lembro 100% das aulas que tive, mas tenho certeza que nenhum professor ousou mencionar Marighella. Um homem que é chamado de "Che Guevara" brasileiro não pode ser esquecido. Cinemas, festivais e saraus é pouco pra uma história (e documentário) que merece ganhar todas as escolas (públicas e particulares) do país!