Community fez bem em não tentar repor os personagens perdidos. Pierce (Chevy Chase, de Férias Frustradas), Troy (Donald Glover, o Miles Morales do desenho de Ultimate Spider-Man), Shirley (Yvette Nicole Brown, de The Odd Couple), Duncan (John Oliver, de Last Week Tonight), Buzz (Jonathan Banks, de Breaking Bad)... Personagens favoritos de muitos fãs, nem tanto de outros, mas sempre importantes. Frankie (Paget Brewster, de Criminal Minds) e Elroy (Keith David, de Platoon) tiveram uma pedreira pela frente pra substituí-los. E acertaram ao não tentar imitar nenhum deles. Houve espaço para os novos numa temporada que, se não foi melhor do que as primeiras, foi no mínimo melhor do que a anterior.
O destaque, como não podia deixar de ser, é o reitor. Pelton (Jim Rash, que pra mim vai ser sempre o passageiro desesperado porque o avião de Friends não tinha falanges) continuou sua jornada non-sense e brilhou várias vezes ao longo da temporada, especialmente no quarto episódio, Queer Studies & Advanced Waxing. Chang (Ken Jeong, de Se Beber, Não Case) voltou a ganhar bons episódios, depois de uma quinta temporada apagada, e Ken é sempre sensacional. Annie (Alison Brie, de Uma Aventura Lego) também é sempre uma boa piada rápida, principalmente quando ri do estereótipo de gostosa. E Alison Brie nunca é demais. O destaque negativo na minha opinião fica para Abed (Danny Pudi), que, apesar de ser ótimo em todas as vezes que esteve em evidência, teve muito menos espaço do que antes, o que provavelmente foi motivado pela ausência de Troy. E as aparições especiais são outro dos carros-chefes de Community, e a sexta temporada não foi diferente. Em evidência, o ícone nerd Nathan Fillion (o Mal, de Firefly), já no season premiere, e o grande nerd Seth Green (o Chris, de Family Guy) no season finale.
As referências à cultura pop continuam afiadíssimas e atirando para todo lado, de Guardiões da Galáxia a Donnie Darko, do Sony Hack aos mockumentaries da moda, de Arrested Development, The Office e Modern Family.
Mas o forte da série continuam sendo a metalinguagem e a capacidade rir de si mesmo, e Dan Harmon (de A Casa Monstro) é mestre nisso. De fazer graça com o cancelamento, mudança de canal (e de mídia) e possibilidade de um filme, às propagandas escrachadas (a já antiga Subway se juntou ao Yahoo e à Honda). Como sempre, os episódios temáticos e com inovações de formato foram geniais, com destaque para a ficção científica do oitavo episódio, Intro to Recycled Cinema, e o tradicional paintball, dessa vez evocando os filmes de espião ao melhor estilo Jason Bourne, no décimo primeiro episódio, Modern Espionage.
O último episódio foi o ápice de tudo isso, com o grupo (Abed à frente) elevando essa metalinguagem a um novo nível. As sequências explicitando a fórmula ideal da série no futuro sob os pontos de vista de cada um foram sensacionais e serviram como a cutucada final à NBC e às outras emissoras que rejeitaram apostar na série para a sexta temporada.
A última cena na faculdade foi emocionante, com um último beijo de Annie e Jeff, uma última realidade alternativa, um último cool-cool-cool de Abed, um último gayyyy de Chang...
Fui assistir ao episódio piloto sabendo apenas que era uma sitcom com Sir Ian McKellen, rosto (e voz) conhecido dos nerds depois de participações em X-Men, Senhor dos Anéis, O Código da Vinci, Doctor Who, entre tantos outros. Me surpreendi com a comédia que mais me fez rir desde The Office e How I Met Your Mother. O casal disfuncional pode ser um tema batido, mas ser um casal gay e idoso trouxe um frescor grande à série, tocando em situações não óbvias, desde a relação de Stuart com a mãe até a dinâmica com os amigos.
Sir Ian McKellen, é claro, não decepciona, e toda a pomposidade e exagero de seu Freddie funcionam maravilhosamente bem. Derek Jacobi (o Gracchus, de Gladiador) nos proporciona uma ótima oposição em Stuart, com seu jeito mais dono-de-casa e sensível. Frances de la Tour (a Madame Maxime, de Harry Potter e o Cálice de Fogo) mantém o nível do casal protagonista, com Violet, a amiga sem noção. O Joey Tribbiani, Barney Stinson ou Howard Wolowitz que toda sitcom deve ter. O Ash de Iwan Rheon (o Ramsay Snow/Bolton, de Game of Thrones) é uma grata surpresa. Consegui esquecer completamente o bastardo maluco de Westeros e embarcar no hétero maluco de Wigan. Mas tenho que dizer que as maiores gargalhadas que eu dei foram com as aparições da Penelope de Marcia Warren (veterana atriz de TV inglesa), que representa muito desse non-sense que é o diferencial do humor inglês.
Uma ótima série para passar o tempo, no fim das contas. A primeira temporada tem apenas 7 episódios (contando um especial de Natal, muito comum nas produções da BBC), o que dá um total de tempo não muito diferente de um filme. Com a diferença de que em filme nenhum você vai ver o Magneto dançando numa boate.
Balthazar... Dad's scene is next! ...kick him, is he still alive?
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Community (6ª Temporada)
3.7 135Community fez bem em não tentar repor os personagens perdidos.
Pierce (Chevy Chase, de Férias Frustradas), Troy (Donald Glover, o Miles Morales do desenho de Ultimate Spider-Man), Shirley (Yvette Nicole Brown, de The Odd Couple), Duncan (John Oliver, de Last Week Tonight), Buzz (Jonathan Banks, de Breaking Bad)... Personagens favoritos de muitos fãs, nem tanto de outros, mas sempre importantes.
Frankie (Paget Brewster, de Criminal Minds) e Elroy (Keith David, de Platoon) tiveram uma pedreira pela frente pra substituí-los. E acertaram ao não tentar imitar nenhum deles. Houve espaço para os novos numa temporada que, se não foi melhor do que as primeiras, foi no mínimo melhor do que a anterior.
O destaque, como não podia deixar de ser, é o reitor. Pelton (Jim Rash, que pra mim vai ser sempre o passageiro desesperado porque o avião de Friends não tinha falanges) continuou sua jornada non-sense e brilhou várias vezes ao longo da temporada, especialmente no quarto episódio, Queer Studies & Advanced Waxing.
Chang (Ken Jeong, de Se Beber, Não Case) voltou a ganhar bons episódios, depois de uma quinta temporada apagada, e Ken é sempre sensacional.
Annie (Alison Brie, de Uma Aventura Lego) também é sempre uma boa piada rápida, principalmente quando ri do estereótipo de gostosa. E Alison Brie nunca é demais.
O destaque negativo na minha opinião fica para Abed (Danny Pudi), que, apesar de ser ótimo em todas as vezes que esteve em evidência, teve muito menos espaço do que antes, o que provavelmente foi motivado pela ausência de Troy.
E as aparições especiais são outro dos carros-chefes de Community, e a sexta temporada não foi diferente. Em evidência, o ícone nerd Nathan Fillion (o Mal, de Firefly), já no season premiere, e o grande nerd Seth Green (o Chris, de Family Guy) no season finale.
As referências à cultura pop continuam afiadíssimas e atirando para todo lado, de Guardiões da Galáxia a Donnie Darko, do Sony Hack aos mockumentaries da moda, de Arrested Development, The Office e Modern Family.
Mas o forte da série continuam sendo a metalinguagem e a capacidade rir de si mesmo, e Dan Harmon (de A Casa Monstro) é mestre nisso. De fazer graça com o cancelamento, mudança de canal (e de mídia) e possibilidade de um filme, às propagandas escrachadas (a já antiga Subway se juntou ao Yahoo e à Honda).
Como sempre, os episódios temáticos e com inovações de formato foram geniais, com destaque para a ficção científica do oitavo episódio, Intro to Recycled Cinema, e o tradicional paintball, dessa vez evocando os filmes de espião ao melhor estilo Jason Bourne, no décimo primeiro episódio, Modern Espionage.
O último episódio foi o ápice de tudo isso, com o grupo (Abed à frente) elevando essa metalinguagem a um novo nível. As sequências explicitando a fórmula ideal da série no futuro sob os pontos de vista de cada um foram sensacionais e serviram como a cutucada final à NBC e às outras emissoras que rejeitaram apostar na série para a sexta temporada.
A última cena na faculdade foi emocionante, com um último beijo de Annie e Jeff, uma última realidade alternativa, um último cool-cool-cool de Abed, um último gayyyy de Chang...
Um ótimo final (será?) para uma ótima série.
Six seasons and a movie.
Vicious (1ª Temporada)
4.3 94Fui assistir ao episódio piloto sabendo apenas que era uma sitcom com Sir Ian McKellen, rosto (e voz) conhecido dos nerds depois de participações em X-Men, Senhor dos Anéis, O Código da Vinci, Doctor Who, entre tantos outros. Me surpreendi com a comédia que mais me fez rir desde The Office e How I Met Your Mother.
O casal disfuncional pode ser um tema batido, mas ser um casal gay e idoso trouxe um frescor grande à série, tocando em situações não óbvias, desde a relação de Stuart com a mãe até a dinâmica com os amigos.
Sir Ian McKellen, é claro, não decepciona, e toda a pomposidade e exagero de seu Freddie funcionam maravilhosamente bem.
Derek Jacobi (o Gracchus, de Gladiador) nos proporciona uma ótima oposição em Stuart, com seu jeito mais dono-de-casa e sensível.
Frances de la Tour (a Madame Maxime, de Harry Potter e o Cálice de Fogo) mantém o nível do casal protagonista, com Violet, a amiga sem noção. O Joey Tribbiani, Barney Stinson ou Howard Wolowitz que toda sitcom deve ter.
O Ash de Iwan Rheon (o Ramsay Snow/Bolton, de Game of Thrones) é uma grata surpresa. Consegui esquecer completamente o bastardo maluco de Westeros e embarcar no hétero maluco de Wigan.
Mas tenho que dizer que as maiores gargalhadas que eu dei foram com as aparições da Penelope de Marcia Warren (veterana atriz de TV inglesa), que representa muito desse non-sense que é o diferencial do humor inglês.
Uma ótima série para passar o tempo, no fim das contas. A primeira temporada tem apenas 7 episódios (contando um especial de Natal, muito comum nas produções da BBC), o que dá um total de tempo não muito diferente de um filme. Com a diferença de que em filme nenhum você vai ver o Magneto dançando numa boate.
Balthazar... Dad's scene is next! ...kick him, is he still alive?