Como diz minha avó, a única certeza da vida é a morte. Todos lidamos com a perda uma hora ou outra. No início do documentário já temos a diretora encarando seu pai e dizendo “Só pensar na ideia de perder esse homem, é demais para mim. Mas já começou. O início de seu desaparecimento”. Isso já nos conecta com a sua mensagem. Ela sofreu com a sua mãe, em um estágio avançado de Alzheimer em que ela não reconhecia a própria filha, e não está pronta para lidar com isso de novo com seu pai.
O humor existe para nos fazer rir dos próprios problemas e nos fazer lidar com eles. Quando o nosso problema é uma perda, as pessoas as vezes ficam com pé atrás. Aqui, a diretora escancara humor dentro do mórbido contexto. Cada pessoa lida com isso de forma diferente, e temos aqui ela rindo e chorando encarando seu pai morrendo das formas mais absurdas possíveis, como um ar-condicionado caindo em sua cabeça!
Quer uma crítica completa? Confere no insta @claquetedepapel ou no site!!!
A expressão "E se..." é algo que instiga a mente criativa do ser humano. Imaginar um encontro entre quatro das mais importantes figuras da luta dos direitos civis americanos é um exercício incrível de debate, reflexões e enaltecimento de uma luta que não pode parar. Regina King aqui estreia na direção com um longa que merece sua atenção.
Baseado em uma peça (de Kemp Powers), temos um filme teatral que sabe brincar com esses elementos que veríamos em um palco. Porém, aqui a Regina King consegue medir muito bem esses elementos. Temos uma movimentação perfeita pelo cenário, uma atuação um pouco mais naturalista, e que não foge dos tradicionais monólogos de sua contraparte. O encontro fictício dos personagens é tão perfeito quanto o encontro das técnicas escolhidas!
Que Regina King é uma excelente atriz e merece o mundo, isso já sabíamos, mas aqui, em seu longa de estreia, ela rapidamente mostra que sabe usar tudo que aprendeu. Seu domínio perante a história que quer contar e como ela guia seus atores em seus conflitos e demonstrações de emoções… Tudo é completamente alinhado para uma unidade cinematográfica.
Óbvio que interpretar essas quatro figuras, quase míticas na cultura americana, não seria uma tarefa fácil. E aqui, temos uma dosagem incrível entre a “imitação” e o real entendimento humano por trás de cada um. A noite que o filme aborda, serve para descontruir, tirando a capa apenas usada nos jornais e revistas. É surreal imaginar que esse encontro é fictício, pois tudo é tão real e natural, mérito de seus atores, que deram o melhor de si em cada um.
Óbvio que interpretar essas quatro figuras, quase míticas na cultura americana, não seria uma tarefa fácil. E aqui, temos uma dosagem incrível entre a “imitação” e o real entendimento humano por trás de cada um. A noite que o filme aborda, serve para descontruir, tirando a capa apenas usada nos jornais e revistas. É surreal imaginar que esse encontro é fictício, pois tudo é tão real e natural, mérito de seus atores, que deram o melhor de si em cada um.
Afinal, como seria esse encontro? Quais as polêmicas? Quais as soluções? Como uma boa obra, o filme não nos entrega tudo de mão beijada, e sim, nos apresenta quatro pontos de vista, que se fundem, se confrontam, e fazem a gente fomentar nosso pensamento. Como qualquer bom debate, todos os argumentos sobre a luta pela igualdade tem sua importância. Seja a luta política, luta pelo espaço no entretenimento, o racismo intrínseco à sociedade… Tudo tem seu momento de reflexão.
No geral, a obra conseguiu me fazer refletir, imaginar, e aprender, não apenas sobre o debate, mas sobre cada uma dessas personalidades e um período histórico tão conturbado. É um filme criativo, inteligente, e que mostra a força e todo o aprendizado da Regina King, que agora, além de excelente atriz, vai ter uma excelente carreira como diretora. Ansioso por esse futuro promissor!
Quer mais críticas assim? Conheça o @claquetedepapel no insta ou nosso site!
O diretor de "A Morte te dá Parabéns" ataca novamente! Temos aqui novamente um terror/comédia com doses cavalares de referências oitentistas e muito carisma, e óbvio, "trasheira"! Nela acompanhamos um assassino "a lá Jason" que troca de corpo com sua vítima, uma jovem de 17 anos! E aí?
A obra é uma ode aos slashers. Mascaras, assassinos que andam lentamente, mortes com facões, cutelos, ganchos, e serras elétricas… Aqui o gore rola solto, mas o foco claramente é a comédia (principalmente a interpretação corporal do Vince Vaughn que incorpora a adolescente de 17 anos total). Além disso, novamente o diretor Christopher B. Landon (que também fez “A Morte te dá Parabéns) novamente coloca os elementos bizarros em uma premissa de comédia dos anos 80.
O real destaque do filme é a Kathryn Newton, que depois de ser a fofa repórter em Detetive Pikachu, aqui sai matando gente, cortando cabeças e com uma postura incrível! Chamem essa garota para fazer mais filmes de terror. Desde a hora que o assassino incorpora seu corpo, o olhar dela muda, e já nos deixa sentir ameaçados, e sua dissimulação se fingindo de coitada é tensa e hilária
Talvez, se o filme escolhesse melhor qual seria seu foco, ele conseguiria trabalhar melhor. A comédia é mediana e o terror também, o que torna no geral um filme mediano mas que tinha muito potencial. Além do mais, a mensagem do filme é bem adolescente e deixa claro qual o público que ele quer atingir, e abusa do gore para deixar os jovens pensando “olha pra mim, to vendo coisa de sangue, sou adultão”. No fim é um filme mediano que diverte quem já gosta de terrir.
Quer ler a crítica completa? Confere no insta @claquetedepapel
Existem muitos filmes que quando terminam a gente fica "mas esse filme era necessário mesmo?". Poisé, eu tava com essa cabeça desde que anunciaram que o universo de Breaking Bad ia ganhar um filme derivado que mostraria a história de Jesse Pinkman, um dos protagonistas, após a série original.
O fim dele, sem dar spoilers, é meio aberto, algo que alguns (eu inclusive) achavam interessante e levavam como uma brincadeira de imaginação. Quando disseram que o filme amarraria sua história, muito foi especulado. Porém, a noticia boa, é que mesmo não sendo obrigatório para a experiência do espectador, o filme direto para Netflix, "El Camino" consegue dar uma nova história interessante ao personagem que evoluiu demais na série, saindo do garoto rebelde para um adulto que tem as marcas de sua vida.
Infelizmente, o filme não deve funcionar como produto isolado, e sim como um "bônus" para quem viu a série. Mas avaliando com isso em consideração, o filme consegue convencer o espectador que sua história é interessante, e o retorno da equipe criativa da série, que é extremamente bem avaliada, faz com que a obra tenha o mesmo clima de um episódio, o que já a torna nostálgica, intrigante e com um padrão de qualidade minimamente ótimo.
Respondendo a pergunta no início da crítica, o filme era necessário? Não. Breaking Bad é uma obra incrível fechada. Porém, se o próprio criador teve essa ideia e fez desse filme uma obra com tanto carinho e qualidade, o filme merece sim nossa atenção.
Para mais críticas assim, conheça o @claquetedepapel
Depois de dez anos, voltamos a fatídica terra de Zumbilândia.
Com o mesmo estilo de humor do primeiro, "Zumbilandia: Atire duas vezes" segue a jornada dos protagonista que seriam as últimas pessoas que imaginaríamos que poderiam sobreviver a um apocalipse zumbi. O filme segue a mesma estrutura de "road movie" do primeiro filme, mas agora com o grupo mais conectado que antes (afinal, estão juntos a 10 anos) e com novos tipos de zumbis, e novas "regras" para sobreviver aos mortos-vivos. O filme segue com seu "politicamente incorreto", muito gore e muito sarcasmo ao gênero, já saturado, de filmes de zumbi. Além disso, as cenas de ação estão extremamente bem feitas (inclusive um falso plano sequência incrível), câmera lentas utilizadas nós momentos certos e bons momentos de "terror pra rir". Talvez, o que mais incomode seja a falta de inventividade do filme e talvez a personagem "Little Rock", que por mais que movimente a trama, não parece tão confortável em seu papel quanto o trio principal.
O filme claramente não se leva a sério e faz jus ao seu antecessor, com seu humor errado e sátiras ao estilo de vida americano. Vale a pena para quem quer uma diversão escapista! #zumbis #zumbilândia2 #zumbilandia
Vejam mais dessas no perfil do instagram: @claquetedepapel
Para quem é fã da franquia, acho que a expectativa era inegável. A volta de Linda Hamilton como Sarah Connor era algo extremamente empolgante, e o filme se inicia de uma forma digna. Já começando com uma ação frenética e uma decisão corajosa perante à franquia, o filme começa muito no alto. O novo robô vindo do futuro tem um desing criativo, a nova "protegida" tem muito carisma e sua protetora mostra sua força logo no início, com uma história extremamente funcional para os tempos atuais, com questões da troca dos seres humanos por máquinas em ambientes de trabalho e representatividade. Porém, quando o filme vai avançando, começam os problemas. Muitas coisas, relacionadas à decisão inicial se desencontram gerando diversos problemas no roteiro com a linha do tempo nova da série. A aparição do Arnold Schwarzenegger é meio gratuita e, mesmo sendo ótimo ver o T-800 em tela com a Sarah Connor, é inegável que foi meio forçado. Agora, uma das coisas que me incomodou mesmo foi o ato final do filme. Ele se perdeu no mesmo erro de diversos blockbusters atuais, de cenas de ação grandiosas que exageram nos "bonecos" de computador e que em alguns momentos são incompreensíveis (quase como um ato final de filme de Transformers). No fim o roteiro já se perdeu demais, temos cenas de ação que largam a importância que crias inicialmente com os protagonistas e deixa mais perguntas confusas que uma resolução. Obviamente, temos ganchos para continuações, agora fica a pergunta: será que precisamos de mais ou tá bom só lembrar dos dois primeiros filmes?
Quero começar dizendo que fui já com repulsa ao filme. Não gostava da ideia do Chucky não ser mais um brinquedo possuído, não gostava do Andy ter 13 anos e menos ainda gostei do visual novo do brinquedo. Talvez, por eu ter um apego enorme com os filmes antigos julguei antes da hora (que junto com "A Hora do Pesadelo" foram os filmes que me deram medo na infância). Bem, o novo filme não é nenhuma obra prima, mas tá longe de ser um desastre. A ideia de fazer um "Black Mirror" com o Boneco funciona, pois agora o medo tá no que a inteligência artificial dele pode aprender com nós humanos e no fato dele controlar outros sistemas por sua conectividade, o que gera ótimas situações de mortes interessantes. Deixando o sobrenatural de lado, o filme consegue entrega algo novo e diferente, e foca em outros dramas e críticas. Enquanto o filme original possuía algumas críticas ao consumismo, esse trás uma nova sobre como nos relacionamos com a tecnologia, e como essa conexão entre tudo que as grandes corporações criam pode nos matar. Literalmente. Com muito sangue inclusive. O filme consegue se levar a sério no início, o que é interessante, mas todas as cenas de assassinatos no final tem todo o charme trash que esse filme precisava. Surpreendentemente o filme me divertiu, então fica a dica pra quem gostar da franquia e de uma boa dose de trash. Mas eu ainda odeio o visual novo do Chucky.
Afinal: o que esperamos de um Velozes e Furiosos? Parafraseando a filosofa moderna, só quero "Tiro, porrada e bomba" (POPOZUDA, Valesca 2014).
Faz tempo que a franquia abandonou as história de rachas ilegais para se tratar de espionagem e tramas de ação a níveis globais, servindo ao mesmo tempo como uma homenagem e uma paródia aos filmes de ação "brucutus" dos anos 80, onde os heróis não respeitam a física do mundo real. Agora, o fato de você gostar ou não deste filme depende muito da sua relação com esses filmes. Eu por exemplo, amei e me diverti horrores. A química de dois personagens que se tretam mas tem que trabalhar juntos (bem ao estilo "Máquina Mortífera") funciona muito bem quando bem escrita, e esse trata os marombados como alunos de quinta série, onde fazem piadas de duplos sentidos e se xingam o tempo todo. E isso é incrivelmente divertido. Nem todas as piadas funcionam, mas a maioria sim, e isso sustenta bem a trama. As cenas de ação, o prato principal do filme, são 80% excelentes. Tirando uma ou outra (o que infelizmente inclui uma logo no início do terceiro ato) que são filmadas de forma meio confusa, o resto flui bem. E todas elas são extremamente exageradas, com pessoas se jogando de prédio, explosões onde não deveriam existir, entre tantas outras. E não encarem isso como demérito, pois essa é a proposta do filme! Se é dada uma nota boa ao filme é pelo que ele se propõem, e como uma diversão escapista, "Hobbs & Shaw" funciona extremamente bem. Só não dei nota maior pois, além da cena de ação que citei, achei o filme em algumas momentos meio enrolado. Tipo, ele poderia ser mais curto. Bem, eu nunca esperei de um "Missão Impossível" ou um "007" um realismo, um roteiro profundo nem nada, e "Velozes..." está neste caminho sendo exagerado como era James Bond em seus tempos áureos.
Para mais críticas assim veja no instagram do @claquetedepapel
Resolvi reassistir esse filme depois de tanto tempo e me impressionei mais do que quando era criança vendo no SBT. Mesmo eu lembrando do final, o filme me criava tensão. Filme que realmente revolucionou o cinema de ação, com um personagem mais próximo da nossa realidade, que se machuca, toma algumas decisões erradas e a gente nunca sabe o que esperar dele. Um vilão marcante que também que deixa a gente sem palavras a cada vez que aparece na tela! Incrível como a nota dele tá baixa aqui... Parece raivinha pelas continuações.
A prova que um filme de ação é muito mais que caras dando tiros! Yippee-ki-yay, motherfucker
Trocar criaturas fantásticas por seres de meia, a rainha por papel de carta e os animais por seres feitos na taxidermia foram sacadas muito inteligentes que me aproximaram mais desse universo.
O filme é incrível, mas pra quem conhece já as fórmulas do gênero acaba ficando previsível... Mas pra quem quer um filme intrigante e desafiador, pode ir no filme que é só sucesso. Serve como uma incrível porta de entrada para filmes inclusive mais profundos e que usam melhor a fórmula.
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As Mortes de Dick Johnson
3.8 37 Assista AgoraComo diz minha avó, a única certeza da vida é a morte. Todos lidamos com a perda uma hora ou outra. No início do documentário já temos a diretora encarando seu pai e dizendo “Só pensar na ideia de perder esse homem, é demais para mim. Mas já começou. O início de seu desaparecimento”. Isso já nos conecta com a sua mensagem. Ela sofreu com a sua mãe, em um estágio avançado de Alzheimer em que ela não reconhecia a própria filha, e não está pronta para lidar com isso de novo com seu pai.
O humor existe para nos fazer rir dos próprios problemas e nos fazer lidar com eles. Quando o nosso problema é uma perda, as pessoas as vezes ficam com pé atrás. Aqui, a diretora escancara humor dentro do mórbido contexto. Cada pessoa lida com isso de forma diferente, e temos aqui ela rindo e chorando encarando seu pai morrendo das formas mais absurdas possíveis, como um ar-condicionado caindo em sua cabeça!
Quer uma crítica completa? Confere no insta @claquetedepapel ou no site!!!
Uma Noite em Miami...
3.7 190 Assista AgoraA expressão "E se..." é algo que instiga a mente criativa do ser humano. Imaginar um encontro entre quatro das mais importantes figuras da luta dos direitos civis americanos é um exercício incrível de debate, reflexões e enaltecimento de uma luta que não pode parar. Regina King aqui estreia na direção com um longa que merece sua atenção.
Baseado em uma peça (de Kemp Powers), temos um filme teatral que sabe brincar com esses elementos que veríamos em um palco. Porém, aqui a Regina King consegue medir muito bem esses elementos. Temos uma movimentação perfeita pelo cenário, uma atuação um pouco mais naturalista, e que não foge dos tradicionais monólogos de sua contraparte. O encontro fictício dos personagens é tão perfeito quanto o encontro das técnicas escolhidas!
Que Regina King é uma excelente atriz e merece o mundo, isso já sabíamos, mas aqui, em seu longa de estreia, ela rapidamente mostra que sabe usar tudo que aprendeu. Seu domínio perante a história que quer contar e como ela guia seus atores em seus conflitos e demonstrações de emoções… Tudo é completamente alinhado para uma unidade cinematográfica.
Óbvio que interpretar essas quatro figuras, quase míticas na cultura americana, não seria uma tarefa fácil. E aqui, temos uma dosagem incrível entre a “imitação” e o real entendimento humano por trás de cada um. A noite que o filme aborda, serve para descontruir, tirando a capa apenas usada nos jornais e revistas. É surreal imaginar que esse encontro é fictício, pois tudo é tão real e natural, mérito de seus atores, que deram o melhor de si em cada um.
Óbvio que interpretar essas quatro figuras, quase míticas na cultura americana, não seria uma tarefa fácil. E aqui, temos uma dosagem incrível entre a “imitação” e o real entendimento humano por trás de cada um. A noite que o filme aborda, serve para descontruir, tirando a capa apenas usada nos jornais e revistas. É surreal imaginar que esse encontro é fictício, pois tudo é tão real e natural, mérito de seus atores, que deram o melhor de si em cada um.
Afinal, como seria esse encontro? Quais as polêmicas? Quais as soluções? Como uma boa obra, o filme não nos entrega tudo de mão beijada, e sim, nos apresenta quatro pontos de vista, que se fundem, se confrontam, e fazem a gente fomentar nosso pensamento. Como qualquer bom debate, todos os argumentos sobre a luta pela igualdade tem sua importância. Seja a luta política, luta pelo espaço no entretenimento, o racismo intrínseco à sociedade… Tudo tem seu momento de reflexão.
No geral, a obra conseguiu me fazer refletir, imaginar, e aprender, não apenas sobre o debate, mas sobre cada uma dessas personalidades e um período histórico tão conturbado. É um filme criativo, inteligente, e que mostra a força e todo o aprendizado da Regina King, que agora, além de excelente atriz, vai ter uma excelente carreira como diretora. Ansioso por esse futuro promissor!
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Freaky: No Corpo de um Assassino
3.2 469O diretor de "A Morte te dá Parabéns" ataca novamente! Temos aqui novamente um terror/comédia com doses cavalares de referências oitentistas e muito carisma, e óbvio, "trasheira"! Nela acompanhamos um assassino "a lá Jason" que troca de corpo com sua vítima, uma jovem de 17 anos! E aí?
A obra é uma ode aos slashers. Mascaras, assassinos que andam lentamente, mortes com facões, cutelos, ganchos, e serras elétricas… Aqui o gore rola solto, mas o foco claramente é a comédia (principalmente a interpretação corporal do Vince Vaughn que incorpora a adolescente de 17 anos total). Além disso, novamente o diretor Christopher B. Landon (que também fez “A Morte te dá Parabéns) novamente coloca os elementos bizarros em uma premissa de comédia dos anos 80.
O real destaque do filme é a Kathryn Newton, que depois de ser a fofa repórter em Detetive Pikachu, aqui sai matando gente, cortando cabeças e com uma postura incrível! Chamem essa garota para fazer mais filmes de terror. Desde a hora que o assassino incorpora seu corpo, o olhar dela muda, e já nos deixa sentir ameaçados, e sua dissimulação se fingindo de coitada é tensa e hilária
Talvez, se o filme escolhesse melhor qual seria seu foco, ele conseguiria trabalhar melhor. A comédia é mediana e o terror também, o que torna no geral um filme mediano mas que tinha muito potencial. Além do mais, a mensagem do filme é bem adolescente e deixa claro qual o público que ele quer atingir, e abusa do gore para deixar os jovens pensando “olha pra mim, to vendo coisa de sangue, sou adultão”. No fim é um filme mediano que diverte quem já gosta de terrir.
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El Camino: Um Filme de Breaking Bad
3.7 847 Assista AgoraVejam mais críticas assim em: @claquetedepapel
Existem muitos filmes que quando terminam a gente fica "mas esse filme era necessário mesmo?". Poisé, eu tava com essa cabeça desde que anunciaram que o universo de Breaking Bad ia ganhar um filme derivado que mostraria a história de Jesse Pinkman, um dos protagonistas, após a série original.
O fim dele, sem dar spoilers, é meio aberto, algo que alguns (eu inclusive) achavam interessante e levavam como uma brincadeira de imaginação. Quando disseram que o filme amarraria sua história, muito foi especulado. Porém, a noticia boa, é que mesmo não sendo obrigatório para a experiência do espectador, o filme direto para Netflix, "El Camino" consegue dar uma nova história interessante ao personagem que evoluiu demais na série, saindo do garoto rebelde para um adulto que tem as marcas de sua vida.
Infelizmente, o filme não deve funcionar como produto isolado, e sim como um "bônus" para quem viu a série. Mas avaliando com isso em consideração, o filme consegue convencer o espectador que sua história é interessante, e o retorno da equipe criativa da série, que é extremamente bem avaliada, faz com que a obra tenha o mesmo clima de um episódio, o que já a torna nostálgica, intrigante e com um padrão de qualidade minimamente ótimo.
Respondendo a pergunta no início da crítica, o filme era necessário? Não. Breaking Bad é uma obra incrível fechada. Porém, se o próprio criador teve essa ideia e fez desse filme uma obra com tanto carinho e qualidade, o filme merece sim nossa atenção.
Zumbilândia: Atire Duas Vezes
3.3 615 Assista AgoraPara mais críticas assim, conheça o @claquetedepapel
Depois de dez anos, voltamos a fatídica terra de Zumbilândia.
Com o mesmo estilo de humor do primeiro, "Zumbilandia: Atire duas vezes" segue a jornada dos protagonista que seriam as últimas pessoas que imaginaríamos que poderiam sobreviver a um apocalipse zumbi. O filme segue a mesma estrutura de "road movie" do primeiro filme, mas agora com o grupo mais conectado que antes (afinal, estão juntos a 10 anos) e com novos tipos de zumbis, e novas "regras" para sobreviver aos mortos-vivos.
O filme segue com seu "politicamente incorreto", muito gore e muito sarcasmo ao gênero, já saturado, de filmes de zumbi. Além disso, as cenas de ação estão extremamente bem feitas (inclusive um falso plano sequência incrível), câmera lentas utilizadas nós momentos certos e bons momentos de "terror pra rir". Talvez, o que mais incomode seja a falta de inventividade do filme e talvez a personagem "Little Rock", que por mais que movimente a trama, não parece tão confortável em seu papel quanto o trio principal.
O filme claramente não se leva a sério e faz jus ao seu antecessor, com seu humor errado e sátiras ao estilo de vida americano. Vale a pena para quem quer uma diversão escapista!
#zumbis #zumbilândia2 #zumbilandia
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 731 Assista AgoraVejam mais dessas no perfil do instagram: @claquetedepapel
Para quem é fã da franquia, acho que a expectativa era inegável. A volta de Linda Hamilton como Sarah Connor era algo extremamente empolgante, e o filme se inicia de uma forma digna. Já começando com uma ação frenética e uma decisão corajosa perante à franquia, o filme começa muito no alto. O novo robô vindo do futuro tem um desing criativo, a nova "protegida" tem muito carisma e sua protetora mostra sua força logo no início, com uma história extremamente funcional para os tempos atuais, com questões da troca dos seres humanos por máquinas em ambientes de trabalho e representatividade. Porém, quando o filme vai avançando, começam os problemas. Muitas coisas, relacionadas à decisão inicial se desencontram gerando diversos problemas no roteiro com a linha do tempo nova da série. A aparição do Arnold Schwarzenegger é meio gratuita e, mesmo sendo ótimo ver o T-800 em tela com a Sarah Connor, é inegável que foi meio forçado.
Agora, uma das coisas que me incomodou mesmo foi o ato final do filme. Ele se perdeu no mesmo erro de diversos blockbusters atuais, de cenas de ação grandiosas que exageram nos "bonecos" de computador e que em alguns momentos são incompreensíveis (quase como um ato final de filme de Transformers). No fim o roteiro já se perdeu demais, temos cenas de ação que largam a importância que crias inicialmente com os protagonistas e deixa mais perguntas confusas que uma resolução. Obviamente, temos ganchos para continuações, agora fica a pergunta: será que precisamos de mais ou tá bom só lembrar dos dois primeiros filmes?
Brinquedo Assassino
2.7 615 Assista AgoraQuero começar dizendo que fui já com repulsa ao filme.
Não gostava da ideia do Chucky não ser mais um brinquedo possuído, não gostava do Andy ter 13 anos e menos ainda gostei do visual novo do brinquedo. Talvez, por eu ter um apego enorme com os filmes antigos julguei antes da hora (que junto com "A Hora do Pesadelo" foram os filmes que me deram medo na infância).
Bem, o novo filme não é nenhuma obra prima, mas tá longe de ser um desastre.
A ideia de fazer um "Black Mirror" com o Boneco funciona, pois agora o medo tá no que a inteligência artificial dele pode aprender com nós humanos e no fato dele controlar outros sistemas por sua conectividade, o que gera ótimas situações de mortes interessantes.
Deixando o sobrenatural de lado, o filme consegue entrega algo novo e diferente, e foca em outros dramas e críticas. Enquanto o filme original possuía algumas críticas ao consumismo, esse trás uma nova sobre como nos relacionamos com a tecnologia, e como essa conexão entre tudo que as grandes corporações criam pode nos matar. Literalmente. Com muito sangue inclusive.
O filme consegue se levar a sério no início, o que é interessante, mas todas as cenas de assassinatos no final tem todo o charme trash que esse filme precisava.
Surpreendentemente o filme me divertiu, então fica a dica pra quem gostar da franquia e de uma boa dose de trash.
Mas eu ainda odeio o visual novo do Chucky.
Confiram mais no instagram do @claquetedepapel
Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw
3.1 463Afinal: o que esperamos de um Velozes e Furiosos?
Parafraseando a filosofa moderna, só quero "Tiro, porrada e bomba" (POPOZUDA, Valesca 2014).
Faz tempo que a franquia abandonou as história de rachas ilegais para se tratar de espionagem e tramas de ação a níveis globais, servindo ao mesmo tempo como uma homenagem e uma paródia aos filmes de ação "brucutus" dos anos 80, onde os heróis não respeitam a física do mundo real.
Agora, o fato de você gostar ou não deste filme depende muito da sua relação com esses filmes.
Eu por exemplo, amei e me diverti horrores.
A química de dois personagens que se tretam mas tem que trabalhar juntos (bem ao estilo "Máquina Mortífera") funciona muito bem quando bem escrita, e esse trata os marombados como alunos de quinta série, onde fazem piadas de duplos sentidos e se xingam o tempo todo. E isso é incrivelmente divertido. Nem todas as piadas funcionam, mas a maioria sim, e isso sustenta bem a trama.
As cenas de ação, o prato principal do filme, são 80% excelentes.
Tirando uma ou outra (o que infelizmente inclui uma logo no início do terceiro ato) que são filmadas de forma meio confusa, o resto flui bem. E todas elas são extremamente exageradas, com pessoas se jogando de prédio, explosões onde não deveriam existir, entre tantas outras. E não encarem isso como demérito, pois essa é a proposta do filme!
Se é dada uma nota boa ao filme é pelo que ele se propõem, e como uma diversão escapista, "Hobbs & Shaw" funciona extremamente bem.
Só não dei nota maior pois, além da cena de ação que citei, achei o filme em algumas momentos meio enrolado. Tipo, ele poderia ser mais curto.
Bem, eu nunca esperei de um "Missão Impossível" ou um "007" um realismo, um roteiro profundo nem nada, e "Velozes..." está neste caminho sendo exagerado como era James Bond em seus tempos áureos.
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A Babá
3.1 960 Assista AgoraAquela merda que a gente se deleita e se diverte mesmo sabendo que é um cocôzão s2
Amei
Duro de Matar
3.8 761 Assista AgoraResolvi reassistir esse filme depois de tanto tempo e me impressionei mais do que quando era criança vendo no SBT.
Mesmo eu lembrando do final, o filme me criava tensão. Filme que realmente revolucionou o cinema de ação, com um personagem mais próximo da nossa realidade, que se machuca, toma algumas decisões erradas e a gente nunca sabe o que esperar dele.
Um vilão marcante que também que deixa a gente sem palavras a cada vez que aparece na tela!
Incrível como a nota dele tá baixa aqui... Parece raivinha pelas continuações.
A prova que um filme de ação é muito mais que caras dando tiros!
Yippee-ki-yay, motherfucker
Alice
4.1 266Fiquei assustado de uma forma encantadora.
Uma incrível adaptação que leva a surrealidade da obra pra um universo tangível de certa forma.
Trocar criaturas fantásticas por seres de meia, a rainha por papel de carta e os animais por seres feitos na taxidermia foram sacadas muito inteligentes que me aproximaram mais desse universo.
Filmão lindamanete bizarro do jeito que é.
Triângulo do Medo
3.5 1,3K Assista AgoraO filme é incrível, mas pra quem conhece já as fórmulas do gênero acaba ficando previsível... Mas pra quem quer um filme intrigante e desafiador, pode ir no filme que é só sucesso. Serve como uma incrível porta de entrada para filmes inclusive mais profundos e que usam melhor a fórmula.