Iuri Spada

Tudo muito equivocado nesse filme. De uma produção tão grandiosa poderia, pelo menos se salvar e ser bem feita, a reconstrução de uma época tão antiga mas o abuso de recurso computadorizado nos afasta até disso. Diálogos, interpretações e principalmente a escolha por contar essa história e investir nessa produção de mostras gosmentos transformam esse filme num "colosso", gíria de muitos cinéfilos para filmes de gosto muito abaixo do duvidoso. Se pelo menos tivéssemos invasões reais de guerras da época, essa produção chinesa poderia tentar nos cativar com atores renomados e belas imagens. Mas, não foi dessa vez. 3,0

Interessante filme sobre uma juventude vazia. Um retrato de uma geração que, com o bombardeio de informações recebidas, cada vez mais rápidas e intensas, se sente obrigada a opinar em tudo sem ter a menor convicção do que realmente acredita.
O filme narra a história de jovens sem o menor senso de culpa e responsabilidade, que se unem para praticar o terrorismo na franca , e o diretor aposta com inteligência em não focar muito na ação do acontecimento em si, e sim nas horas que procedem ao ato. Com inúmeras analogias a direção nos apresenta esses meninos e meninas que simbolicamente se escondem em um shopping center. Toda a relação dos protagonistas com as futilidades capitalistas são expostas, assim como a bela metáfora recorrente em que as personagens se deparam com seus "duplos" em forma de manequins. São esses manequins descerebrados que cometem o terror acreditando numa salvação do mundo, porém sem saber como de fato essa salvação ocorreria. O filme peca no ritmo da narrativa, um pouco circular, em sua meia hora final e se torna um pouco cansativo. 8,0