Georges não se recorda do nome do filme, mas lembra que ficou muito emocionado enquanto o assistia. Mais do que isso; ao encontrar um colega, na volta para casa, não pôde conter as lágrimas ao lhe narrar a história. "Por que você nunca me contou isso?", pergunta a esposa de Georges, Anne, que acabou de sofrer um derrame e está com o lado direito do corpo paralisado. Cenas como esta, de um casal ainda surpreendendo um ao outro mesmo depois de décadas de intimidade, é que fazem de "Amor", o novo filme do austríaco Michael Haneke, mais do que uma história sobre velhice e doença. Georges e Anne são interpretados por duas lendas do cinema francês, Jean-Louis Trintignant (de "Um homem e uma mulher") e Emmanuelle Riva (de "Hiroshima, moun amour") , e "Amor" venceu o último Festival de Cannes. É uma pequena obra-prima. É também, surpreendentemente, um filme muito sensível e mesmo "gentil" quando comparado à obras anteriores de Haneke, um mestre da frieza, como "Caché" e "A Fita Branca".
Não que "Amor" seja um filme fácil. A lenta desintegração física e mental pela qual passa Anne no desenrolar da trama é tão desoladora quanto inevitável...
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraGeorges não se recorda do nome do filme, mas lembra que ficou muito emocionado enquanto o assistia. Mais do que isso; ao encontrar um colega, na volta para casa, não pôde conter as lágrimas ao lhe narrar a história. "Por que você nunca me contou isso?", pergunta a esposa de Georges, Anne, que acabou de sofrer um derrame e está com o lado direito do corpo paralisado. Cenas como esta, de um casal ainda surpreendendo um ao outro mesmo depois de décadas de intimidade, é que fazem de "Amor", o novo filme do austríaco Michael Haneke, mais do que uma história sobre velhice e doença. Georges e Anne são interpretados por duas lendas do cinema francês, Jean-Louis Trintignant (de "Um homem e uma mulher") e Emmanuelle Riva (de "Hiroshima, moun amour") , e "Amor" venceu o último Festival de Cannes. É uma pequena obra-prima. É também, surpreendentemente, um filme muito sensível e mesmo "gentil" quando comparado à obras anteriores de Haneke, um mestre da frieza, como "Caché" e "A Fita Branca".
Não que "Amor" seja um filme fácil. A lenta desintegração física e mental pela qual passa Anne no desenrolar da trama é tão desoladora quanto inevitável...