Armand Assante não foi uma escolha muito boa para viver o americano Towers (Gregory Peck, na versão de 1959, é bem melhor) e o filme (que, se não me engano, na verdade é uma minissérie de TV) passa a história dos anos 1960 para os dias atuais. Tem bons e maus momentos. O filme de Stanley Kramer e o livro original de Nevil Shute são melhores.
Anthony Perkins (que nasceu para ser Norman Bates, e só) quase estraga o filme, mas a direção segura de Stanley Kramer e a competência do resto do elenco compensam. O livro ainda é melhor.
Surpreso com as boas críticas (Rotten Tomatoes de 79%? Sei que "é só um filme", mas simplesmente não consegui acreditar no fato dos garotos conseguirem dirigir, e tão bem. A premissa é interessante e Kevin Bacon está bem, mas (além do fato dos garotos dirigirem) há tantas cenas inverossímeis.
Tipo, NINGUÉM passa na estrada e vê os garotos a não ser aquela mulher de óculos? E que "coincidência" que justo ela os encontre na estrada, perto do final do filme? Haja baixo orçamento.
O tema da tortura, pesado e polêmico, provavelmente foi um dos motivos do filme ter ido direto para o mercado de DVD nos Estados Unidos. As interpretações de Samuel L. Jackson e Michael Sheen (com sotaque americano) são muito boas. O filme não se inibe aos mostrar as terríveis cenas de tortura, mas não estou certo se conseguiram chegar a uma conclusão sobre o tema. Qual o limite na hora de tentar extrair informações de um prisioneiro? E estas informações são confiáveis?
Quem gosta de fotografia e de arte como eu tem que ver "Tim´s Vermeer", disponível na Netflix. O documentário mostra como um engenheiro e inventor moderno (Tim Jenison, criador de programas de edição e transmissão de TV como Toaster e TriCaster), obcecado com o pintor holandês Johannes Vermeer, tentou reproduzir um quadro dele usando um dispositivo óptico.
Por muitos anos se levantou a hipótese de que Vermeer (e outros mestres do século 17) haviam usado instrumentos óticos como a "câmera escura" para traçar uma imagem real sobre uma tela. Jenison vai mais longe ao conceber a ideia de que um simples espelho, colocado em um ângulo de 45º com relação à tela, serviria para um artista reproduzir uma imagem à sua frente. Não só o traço (usando a câmera escura), mas principalmente as tonalidades e as cores. O documentário mostra Jenison reproduzindo primeiro uma foto do avô em pintura à óleo; ele alega que nunca havia pintado antes e o resultado é uma reprodução quase idêntica à imagem original.
Animado com o resultado, Jenison (que é milionário) começou um projeto que levou anos em que ele reproduziu fisicamente o estúdio de Vermeer e um de seus quadros mais famosos, "A Lição de Música". Depois que o estúdio ficou idêntico ao quadro (inclusive com móveis e instrumentos genuínos do século 17), Jenison instalou seu aparelho ótico e começou uma jornada de meses em que ele reproduziu pincelada por pincelada a imagem que via à sua frente. O resultado é impressionante.
Muitos entusiastas e conhecedores de Arte torceram o nariz para o documentário, alegando que Jenison está tentando tirar o "mistério" e a "aura" da Arte, denegrindo o talento de Vermeer, mas isso é bastante discutível. O fato de que ele poderia ter usado espelhos não faz dele menos artista do que um pintor que usa uma moldura com linhas para auxiliá-lo com a perspectiva. O documentário não "prova" que tenha sido assim, mas levanta questões bastante interessantes sobre como a evolução dos instrumentos óticos (que levaram à invenção da fotografia no século 19) coincide com um realismo maior no mundo da pintura. João Solimeo (camera escura com br)
Confesso que dei uma parada no filme (visto na Netflix) quando chegou a parte em que a doença dele piorou e a morte era inevitável. Mas voltei depois para ver o final. Belo documentário, que capturou bem os erros e acertos deste não só grande crítico, mas grande homem.
Meio difícil engolir Audrey Hepburn como índia (mesmo com maquiagem escura) e o roteiro perde o gás conforme o filme chega a um final clichê. Mas é um prazer ver Burt Lancaster e a própria Hepburn no filme.
Finalmente vi a versão restaurada de "A GRANDE ILUSÃO", clássico de guerra de 1937 dirigido por Jean Renoir (filho do famoso pintor impressionista). Passado na I Guerra Mundial, o filme é estrelado por Jean Gabin, Piere Fresnay e pelo grande Eric Von Stroheim. É daqueles filmes passados em um campo de prisioneiros e há várias cenas que seriam "recicladas" descaradamente depois em filmes como "Fugindo do Inferno" (John Sturges, 1963), como aquela em que os prisioneiros despejam a terra tirada de um túnel em uma horta. Outra cena reciclada é a que Stroheim cita aos prisioneiros as tentativas de fuga deles e diz que eles não conseguirão fugir daquele campo, entre várias outras. Há também o lado "honroso" da guerra, principalmente no modo como os oficiais alemães e franceses, apesar de tudo, tratam bem uns aos outros. Stanley Kubrick mostraria um lado mais sujo da guerra de trincheiras em "Glória Manchada de Sangue" (1957), mas Renoir está interessado na curiosa relação de respeito entre o comandante alemão (Stroheim) e um oficial francês (Fresnay). Imperdível.
"A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ADALINE" poderia ser resumido como um "Highlander para mulheres", rs. Adaline é uma mulher que nasceu em 1908, se casou e teve uma filha. O marido morre em um acidente na construção da ponte Golden Gate e a própria Adaline "morre" em um acidente de carro, mas um raio não só a traz de volta à vida como a deixa imune à velhice. Os anos se passam, todos à sua volta vão ficando mais velhos mas ela continua sempre com 29 anos.
Adaline é interpretada por Blake Lively, que dá ao papel um tom triste de uma mulher solitária e sempre fugindo dos outros (ela tem medo de ser transformada em um espécime científico). O filme é MUITO atrapalhado por aquele tipo de narração em off que chamo de "instruções para burros", explicando detalhadamente coisas que ficariam melhores se fossem deixadas implícitas. Há inclusive uma explicação "científica" para o não envelhecimento da moça.
A grande Ellen Burstin interpreta a filha de Adaline, mas tem a aparência de ser avó da própria mãe. Harrison Ford aparece como um antigo amor de Adaline, e os flash backs mostram uma curiosidade: Ford é interpretado quando moço por Anthony Ingruber, um rapaz que foi descoberto no youtube fazendo imitações perfeitas de Han Solo, Indiana Jones e outros papéis do astro. Ele é A CARA de Harrison Ford quando mais jovem. Michiel Huisman (o namorado de Daenerys em Game of Thrones) é Ellis, um gênio matemático que ficou rico jovem e trabalha com a preservação de artefatos históricos. Ele se apaixona por Adaline mas não entende porque ela não quer se envolver.
Como romance água com açúcar funciona, e é tecnicamente bastante competente (bela fotografia e figurinos de época). O narrador "científico" põe tudo a perder.
"GOOD KILL" (2014) é escrito, produzido e dirigido por Andrew Niccol, cineasta neozelandês responsável por "Gattaca", "O Senhor das Armas", "O Preço do Amanhã" e pelo roteiro de "O Show de Truman".
Sempre original (a não ser quando se vendeu para fazer "A Hospedeira"), Niccol gosta de falar sobre mundos ficcionais que têm um toque de George Orwell (1984), como "Truman" e "Gattaca". Já em "Good Kill" ele fala sobre um assunto assustadoramente real e atual, a guerra dos drones. Passado em 2010, "Good Kill" acompanha a vida do major Thomas Egan, um piloto condecorado que foi "promovido" a pilotar drones na guerra contra o Afeganistão. Ele localiza e mata "alvos" do conforto de um container com ar condicionado. O mais assustador é que quando ele sai deste container o filme nos mostra que ele está em uma base em Las Vegas, Nevada.
Baseado em fatos reais, "Good Kill" mostra como um novo tipo de guerra está sendo travada a milhares de quilômetros de distância, através de telas e joysticks que mais parecem um videogame. O major Egan sente falta dos tempos em que era um piloto de verdade e se sente cada vez mais covarde ao realizar seu trabalho. As coisas ficam ainda piores quando a CIA passa a supervisionar os voos e a matança fica cada vez mais indiscriminada.
Segundo Niccol, todos os ataques vistos no filme são baseados em fatos documentados, e vemos atrocidades como quando eles ordenam um segundo ataque alguns minutos depois que uma casa foi destruída, para matar os supostos terroristas que vieram procurar por sobreviventes nos escombros; em outra cena, um míssil é disparado sobre um cortejo fúnebre, em um cemitério, entre outras ações que, provavelmente, seriam consideradas crimes de guerra.
O assunto é muito interessante, pena que o filme não esteja à altura. A gradual decadência de Ethan Hawke é bastante previsível, assim como o final de seu casamento (a mulher é vivida por January Jones, da série Mad Men). Há bons momentos de suspense e você sabe que a "mensagem" do filme é importante, mas ele deixa um pouco a desejar.
Jennifer Aniston, a eterna "Rachel" do seriado Friends, dá uma guinada na carreira e investe em um personagem sofrido, que lida com um trauma do passado. Aniston está bem no papel, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática. http://www.cameraescura.com.br/2015/05/cake-uma-razao-para-viver.html
O roteiro e direção de Joss Whedon dá espaço para o filme respirar e até para explorar um pouco os personagens. Muito bom. http://www.cameraescura.com.br/2015/04/vingadores-era-de-ultron.html
Bem dirigido (pelo shakespeariano Kenneth Branagh), com elenco competente e ótimo visual, este filme é mais fiel ao desenho original, ao contrário de "Malévola". https://youtu.be/tUvFJRt_Va8
Surpreendente primeiro trabalho como diretor e roteirista do comediante Jon Stewart, do "The Daily Show". O filme é bastante sólido, e Gael Garcia Bernal está bem como sempre. http://www.cameraescura.com.br/2015/04/118-dias-rosewater-netflix.html
Espécie de refilmagem bem inferior de Robocop, o filme peca no tipo de humor quase infantil, misturado a cenas de muita violência. https://youtu.be/3lIduZmX7Hs
Encabeçado por grandes interpretações e maravilhosamente filmado por Pawlikowski, "Ida" é tão belo quanto profundo. http://www.cameraescura.com.br/2015/02/ida.html
Bom filme. Mostra a estupidez da guerra de forma humana, em um filme curto e muito bem dirigido. http://www.cameraescura.com.br/2015/02/tangerinas-mandariinid.html
Comédia leve, que funciona melhor nas cenas irônicas do que nas sentimentais. Tem Bill Murray, o que mais você precisa? rs http://www.cameraescura.com.br/2015/02/um-santo-vizinho.html
Seria fácil para Riggan Thomson voltar a fazer seu personagem famoso e embolsar um cheque milionário, mas ele procura uma forma de ser novamente relevante (alguém se lembra de Harrison Ford, com quase 70 anos, voltando a interpretar Indiana Jones?) http://www.cameraescura.com.br/2015/01/birdman-ou-inesperada-virtude-da.html
O que faz figuras como Einstein, Hawking, Carl Sagan ou Neil deGrasse Tyson fascinantes? Talvez seja exatamente seu mistério. Talvez seja nossa fascinação com o desconhecido, com a "mágica" que parece existir atrás de números e fórmulas que não sabemos como funcionam. http://www.cameraescura.com.br/2015/01/a-teoria-de-tudo.html
Sem Retorno
3.4 296 Assista AgoraBoa premissa, bom elenco, execução hmmmm......
Sem Escalas
3.5 902 Assista AgoraLiam Neeson é um alcoólatra que sente falta da filha que foi sequestrada pela máfia russ....opa, filme errado. Zzzzzzz.....
A Hora Final
2.8 2Armand Assante não foi uma escolha muito boa para viver o americano Towers (Gregory Peck, na versão de 1959, é bem melhor) e o filme (que, se não me engano, na verdade é uma minissérie de TV) passa a história dos anos 1960 para os dias atuais. Tem bons e maus momentos. O filme de Stanley Kramer e o livro original de Nevil Shute são melhores.
A Hora Final
3.6 17 Assista AgoraAnthony Perkins (que nasceu para ser Norman Bates, e só) quase estraga o filme, mas a direção segura de Stanley Kramer e a competência do resto do elenco compensam. O livro ainda é melhor.
A Viatura
3.1 211 Assista AgoraSurpreso com as boas críticas (Rotten Tomatoes de 79%? Sei que "é só um filme", mas simplesmente não consegui acreditar no fato dos garotos conseguirem dirigir, e tão bem. A premissa é interessante e Kevin Bacon está bem, mas (além do fato dos garotos dirigirem) há tantas cenas inverossímeis.
Tipo, NINGUÉM passa na estrada e vê os garotos a não ser aquela mulher de óculos? E que "coincidência" que justo ela os encontre na estrada, perto do final do filme? Haja baixo orçamento.
Ameaça Terrorista
3.6 326O tema da tortura, pesado e polêmico, provavelmente foi um dos motivos do filme ter ido direto para o mercado de DVD nos Estados Unidos. As interpretações de Samuel L. Jackson e Michael Sheen (com sotaque americano) são muito boas. O filme não se inibe aos mostrar as terríveis cenas de tortura, mas não estou certo se conseguiram chegar a uma conclusão sobre o tema. Qual o limite na hora de tentar extrair informações de um prisioneiro? E estas informações são confiáveis?
Tim's Vermeer
4.2 9Quem gosta de fotografia e de arte como eu tem que ver "Tim´s Vermeer", disponível na Netflix. O documentário mostra como um engenheiro e inventor moderno (Tim Jenison, criador de programas de edição e transmissão de TV como Toaster e TriCaster), obcecado com o pintor holandês Johannes Vermeer, tentou reproduzir um quadro dele usando um dispositivo óptico.
Por muitos anos se levantou a hipótese de que Vermeer (e outros mestres do século 17) haviam usado instrumentos óticos como a "câmera escura" para traçar uma imagem real sobre uma tela. Jenison vai mais longe ao conceber a ideia de que um simples espelho, colocado em um ângulo de 45º com relação à tela, serviria para um artista reproduzir uma imagem à sua frente. Não só o traço (usando a câmera escura), mas principalmente as tonalidades e as cores. O documentário mostra Jenison reproduzindo primeiro uma foto do avô em pintura à óleo; ele alega que nunca havia pintado antes e o resultado é uma reprodução quase idêntica à imagem original.
Animado com o resultado, Jenison (que é milionário) começou um projeto que levou anos em que ele reproduziu fisicamente o estúdio de Vermeer e um de seus quadros mais famosos, "A Lição de Música". Depois que o estúdio ficou idêntico ao quadro (inclusive com móveis e instrumentos genuínos do século 17), Jenison instalou seu aparelho ótico e começou uma jornada de meses em que ele reproduziu pincelada por pincelada a imagem que via à sua frente. O resultado é impressionante.
Muitos entusiastas e conhecedores de Arte torceram o nariz para o documentário, alegando que Jenison está tentando tirar o "mistério" e a "aura" da Arte, denegrindo o talento de Vermeer, mas isso é bastante discutível. O fato de que ele poderia ter usado espelhos não faz dele menos artista do que um pintor que usa uma moldura com linhas para auxiliá-lo com a perspectiva.
O documentário não "prova" que tenha sido assim, mas levanta questões bastante interessantes sobre como a evolução dos instrumentos óticos (que levaram à invenção da fotografia no século 19) coincide com um realismo maior no mundo da pintura.
João Solimeo (camera escura com br)
Life Itself - A Vida de Roger Ebert
4.2 40Confesso que dei uma parada no filme (visto na Netflix) quando chegou a parte em que a doença dele piorou e a morte era inevitável. Mas voltei depois para ver o final. Belo documentário, que capturou bem os erros e acertos deste não só grande crítico, mas grande homem.
O Passado Não Perdoa
3.6 57 Assista AgoraMeio difícil engolir Audrey Hepburn como índia (mesmo com maquiagem escura) e o roteiro perde o gás conforme o filme chega a um final clichê. Mas é um prazer ver Burt Lancaster e a própria Hepburn no filme.
A Grande Ilusão
4.1 53 Assista AgoraFinalmente vi a versão restaurada de "A GRANDE ILUSÃO", clássico de guerra de 1937 dirigido por Jean Renoir (filho do famoso pintor impressionista).
Passado na I Guerra Mundial, o filme é estrelado por Jean Gabin, Piere Fresnay e pelo grande Eric Von Stroheim. É daqueles filmes passados em um campo de prisioneiros e há várias cenas que seriam "recicladas" descaradamente depois em filmes como "Fugindo do Inferno" (John Sturges, 1963), como aquela em que os prisioneiros despejam a terra tirada de um túnel em uma horta. Outra cena reciclada é a que Stroheim cita aos prisioneiros as tentativas de fuga deles e diz que eles não conseguirão fugir daquele campo, entre várias outras.
Há também o lado "honroso" da guerra, principalmente no modo como os oficiais alemães e franceses, apesar de tudo, tratam bem uns aos outros. Stanley Kubrick mostraria um lado mais sujo da guerra de trincheiras em "Glória Manchada de Sangue" (1957), mas Renoir está interessado na curiosa relação de respeito entre o comandante alemão (Stroheim) e um oficial francês (Fresnay). Imperdível.
Porco Rosso: O Último Herói Romântico
3.9 285 Assista AgoraEstá bem longe dos outros filmes de Miyazaki, mas tem seus momentos. O final (ou falta dele) me decepcionou bastante.
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista Agora"A INCRÍVEL HISTÓRIA DE ADALINE" poderia ser resumido como um "Highlander para mulheres", rs. Adaline é uma mulher que nasceu em 1908, se casou e teve uma filha. O marido morre em um acidente na construção da ponte Golden Gate e a própria Adaline "morre" em um acidente de carro, mas um raio não só a traz de volta à vida como a deixa imune à velhice. Os anos se passam, todos à sua volta vão ficando mais velhos mas ela continua sempre com 29 anos.
Adaline é interpretada por Blake Lively, que dá ao papel um tom triste de uma mulher solitária e sempre fugindo dos outros (ela tem medo de ser transformada em um espécime científico). O filme é MUITO atrapalhado por aquele tipo de narração em off que chamo de "instruções para burros", explicando detalhadamente coisas que ficariam melhores se fossem deixadas implícitas. Há inclusive uma explicação "científica" para o não envelhecimento da moça.
A grande Ellen Burstin interpreta a filha de Adaline, mas tem a aparência de ser avó da própria mãe. Harrison Ford aparece como um antigo amor de Adaline, e os flash backs mostram uma curiosidade: Ford é interpretado quando moço por Anthony Ingruber, um rapaz que foi descoberto no youtube fazendo imitações perfeitas de Han Solo, Indiana Jones e outros papéis do astro. Ele é A CARA de Harrison Ford quando mais jovem. Michiel Huisman (o namorado de Daenerys em Game of Thrones) é Ellis, um gênio matemático que ficou rico jovem e trabalha com a preservação de artefatos históricos. Ele se apaixona por Adaline mas não entende porque ela não quer se envolver.
Como romance água com açúcar funciona, e é tecnicamente bastante competente (bela fotografia e figurinos de época). O narrador "científico" põe tudo a perder.
Morte Limpa
3.1 53"GOOD KILL" (2014) é escrito, produzido e dirigido por Andrew Niccol, cineasta neozelandês responsável por "Gattaca", "O Senhor das Armas", "O Preço do Amanhã" e pelo roteiro de "O Show de Truman".
Sempre original (a não ser quando se vendeu para fazer "A Hospedeira"), Niccol gosta de falar sobre mundos ficcionais que têm um toque de George Orwell (1984), como "Truman" e "Gattaca". Já em "Good Kill" ele fala sobre um assunto assustadoramente real e atual, a guerra dos drones. Passado em 2010, "Good Kill" acompanha a vida do major Thomas Egan, um piloto condecorado que foi "promovido" a pilotar drones na guerra contra o Afeganistão. Ele localiza e mata "alvos" do conforto de um container com ar condicionado. O mais assustador é que quando ele sai deste container o filme nos mostra que ele está em uma base em Las Vegas, Nevada.
Baseado em fatos reais, "Good Kill" mostra como um novo tipo de guerra está sendo travada a milhares de quilômetros de distância, através de telas e joysticks que mais parecem um videogame. O major Egan sente falta dos tempos em que era um piloto de verdade e se sente cada vez mais covarde ao realizar seu trabalho. As coisas ficam ainda piores quando a CIA passa a supervisionar os voos e a matança fica cada vez mais indiscriminada.
Segundo Niccol, todos os ataques vistos no filme são baseados em fatos documentados, e vemos atrocidades como quando eles ordenam um segundo ataque alguns minutos depois que uma casa foi destruída, para matar os supostos terroristas que vieram procurar por sobreviventes nos escombros; em outra cena, um míssil é disparado sobre um cortejo fúnebre, em um cemitério, entre outras ações que, provavelmente, seriam consideradas crimes de guerra.
O assunto é muito interessante, pena que o filme não esteja à altura. A gradual decadência de Ethan Hawke é bastante previsível, assim como o final de seu casamento (a mulher é vivida por January Jones, da série Mad Men). Há bons momentos de suspense e você sabe que a "mensagem" do filme é importante, mas ele deixa um pouco a desejar.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 698 Assista AgoraJennifer Aniston, a eterna "Rachel" do seriado Friends, dá uma guinada na carreira e investe em um personagem sofrido, que lida com um trauma do passado. Aniston está bem no papel, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática.
http://www.cameraescura.com.br/2015/05/cake-uma-razao-para-viver.html
Vingadores: Era de Ultron
3.7 3,0K Assista AgoraO roteiro e direção de Joss Whedon dá espaço para o filme respirar e até para explorar um pouco os personagens. Muito bom.
http://www.cameraescura.com.br/2015/04/vingadores-era-de-ultron.html
Cinderela
3.4 1,4K Assista AgoraBem dirigido (pelo shakespeariano Kenneth Branagh), com elenco competente e ótimo visual, este filme é mais fiel ao desenho original, ao contrário de "Malévola".
https://youtu.be/tUvFJRt_Va8
118 Dias
3.5 79 Assista AgoraSurpreendente primeiro trabalho como diretor e roteirista do comediante Jon Stewart, do "The Daily Show". O filme é bastante sólido, e Gael Garcia Bernal está bem como sempre.
http://www.cameraescura.com.br/2015/04/118-dias-rosewater-netflix.html
Chappie
3.6 1,1K Assista AgoraEspécie de refilmagem bem inferior de Robocop, o filme peca no tipo de humor quase infantil, misturado a cenas de muita violência.
https://youtu.be/3lIduZmX7Hs
Ida
3.7 439Encabeçado por grandes interpretações e maravilhosamente filmado por Pawlikowski, "Ida" é tão belo quanto profundo.
http://www.cameraescura.com.br/2015/02/ida.html
Tangerinas
4.3 243Bom filme. Mostra a estupidez da guerra de forma humana, em um filme curto e muito bem dirigido.
http://www.cameraescura.com.br/2015/02/tangerinas-mandariinid.html
Um Santo Vizinho
3.7 421 Assista AgoraComédia leve, que funciona melhor nas cenas irônicas do que nas sentimentais. Tem Bill Murray, o que mais você precisa? rs
http://www.cameraescura.com.br/2015/02/um-santo-vizinho.html
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraSeria fácil para Riggan Thomson voltar a fazer seu personagem famoso e embolsar um cheque milionário, mas ele procura uma forma de ser novamente relevante (alguém se lembra de Harrison Ford, com quase 70 anos, voltando a interpretar Indiana Jones?)
http://www.cameraescura.com.br/2015/01/birdman-ou-inesperada-virtude-da.html
Homens, Mulheres & Filhos
3.6 670 Assista AgoraAchei bem interessante, não entendi porque foi tão massacrado pela crítica.
http://www.cameraescura.com.br/2015/01/homens-mulheres-e-filhos.html
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraO que faz figuras como Einstein, Hawking, Carl Sagan ou Neil deGrasse Tyson fascinantes? Talvez seja exatamente seu mistério. Talvez seja nossa fascinação com o desconhecido, com a "mágica" que parece existir atrás de números e fórmulas que não sabemos como funcionam.
http://www.cameraescura.com.br/2015/01/a-teoria-de-tudo.html