Anderson

Vou tentar definir em uma frase:
É um filme singelo e sincero.

Eu estava um tanto preocupado em saber que a Lady Gaga seria atriz principal do filme quando foi anunciada, por causa da sua atuação em American Horror Story: Hotel. Por mais que hollywood tenha gostado, a mídia/fãs/grande público não recebeu muito bem isso, por ela ser bem estática na temporada da série. Porém, em A Star is Born não decepcionou. Era um papel um tanto confortável pra ela, e tem certas ligações com a história de vida como cantora, isso tornou o papel mais natural e completamente sútil pra quem gosta de saber sobre essas lutas. As melhores cenas da cantora são nos começos do filme até antes dela atingir a fama, quando ela canta (em todas as músicas óbvio) e o final, e que final... me deixou sem palavras, me deixou aos prantos ao ver que o potencial de Gaga é muito mais além do que as pessoas já viram com as suas maquiagem espalhafatosas e vestidos de carne. É lindo! O filme não poderia terminar melhor! Agora falando de Bradley Cooper, a gente sabe que ele dá um show de atuação, mas no seu primeiro filme como diretor/roteirista foi simplesmente surpreendente logo pra um filme de estreia nesse caminho. O que mais incomoda no filme em si, são as faltas de conflitos mais prolongados entre os personagens, tudo é muito rápido, principalmente quando o filme chega no meio. Eu jurava que a cena do casamento entre os dois seria uma cosia mais prolongada e mais linda, porém foi muito aleatório de tão rápido que foi. Meus únicos incômodos, como você pode ver, foram as cenas do meio do filme, pois chega a uma parte que ele foca demais no Jackson (personagem do Bradley Cooper) e deixa Ally (Personagem de Lady Gaga) em segundo plano quando ela atinge o sucesso. Eu não sei se foi algo que faltou tempo, mas seria muito legal se focasse um pouco também de como a industria da música pop é malévola com Ally, o filme mesmo mostra isso.

Eu acredito muito que o filme pode ser indicado para o Oscars, principalmente nas grandes categorias, as minhas apostas vão para: melhor atriz, melhor ator, melhor diretor e até melhor filme, pois a acadêmia adora filmes que falam sobre a industria fonográfica e esse glamour distorcido por trás das câmeras. Eu estou realmente feliz, muito feliz, por esse filme ser muito lindo de todas as formas e de que o final realmente me surpreendeu de uma forma que me deixou muito tocado e pra dar a certeza de que um filmaço.

P.S.: EU SÓ QUERIA RESSALTAR DO QUANTO O FINAL É MUITO LINDO E QUE ME DEIXOU MUITO EMOCIONADO.

Pra começar, sobre o primeiro episódio: clichê. Porém, no decorrer da série, eu só tive ânsias, tristezas, agonia e uma cartase intensa sobre o que é tratado aqui.

Essa série não é aquela que nós paramos pra amar os personagens, ou para shippar entre os personagens, ou pra enlouquecer só em ver os posters dele, e sim, para refletir o quanto ainda é triste, o quanto ainda é vivo e real o mundo que vivemos na escola. Pra mim, é uma das séries mais fortes que eu já assisti no netflix.

O que mais me atrai no Black Mirror é o fato dele envolver mais uma questão social do que a tecnologia em si. O que mais me chamou atenção foi pelo o fato de que várias pessoas usou um site lançado recentemente simulando o sistema de avaliação do primeiro EP da primeira temporada e todos estavam achando divertido fazer aquilo. Vários filósofos, já falaram sobre o uso excessivo disso e um deles foi Flusser em um dos seus textos mais famosos que é "a caixa preta", onde ele diz "o instrumento do fotografo ou o fotografo do instrumento", essa frase resume muito a série e resume mais ainda o mal-estar na cultura que a tecnologia traz para os nossos dias.