Sam Raimi dirige muito bem, tem consciência total do resultado que quer e conseguiu dar identidade pra esse filme. Eu assisti novamente hoje, depois da primeira impressão da época do lançamento. Tive uma visão totalmente nova, começando pelo respeito que ele tem pelos personagens e pelo público, mas também ficou claro para mim que esse filme parece ter sido "sabotado" por alguém. O texto é ruim, tem diálogos péssimos e momentos bons como se alguém tivesse pedido pra inserir uma piadinha aqui, uma referência ali e outras coisas.
Gosto como o Sam Raimi enche as cenas com figurantes, ele torna as pessoas parte da história e no começo isso ficou muito evidente na batalha contra o monstro. Nova Iorque parece uma cidade de verdade e não um cenário do The Sims como em "Homem-Aranha Sem Volta para Casa". Enche os olhos a cidade, as cores na tela, a filmagem nítida e ao mesmo tempo fantasiosa. Você deu muito orgulho pra gente, velho. Espero que permitam que ele volte a dirigir Homem-Aranha um dia.
Curti o filme. Eu acho que os problemas demonstrados vão ainda além de uma rede na internet, são sociais e econômicos, mas ela pode ser considerada sim uma fagulha em um depósito de pólvora. Considero como um documentário aberto pois ainda não acabou, estamos aqui, agora, agindo como cretinos nas redes sociais e se embebedando de todo tipo de delírio possível. E estamos aqui, imersos em uma crise geracional, política e comportamental sem precedentes.
Efeitos visuais legais e uma trilha sonora geralmente boa, principalmente no tema do heroi homenageando o desenho dos anos 90. De resto um novelão com muito choro, muita gritaria e uma direção implorando pra gente se emocionar mas não emociona. O ator do Peter fica bem no uniforme, mas ele opta por focar no rancor e no egoísmo do luto, não tem um momento em que ele pega leve com os outros ou consigo mesmo. Achei que ele tinha mais estilo de vilão do que de herói. O ator do Harry Osborn aproveitou o novelão e entregou muito bem drama e atuação sempre que foi possível. Tem momentos legais, mas achei ruim.
Eu já tinha ouvido falar nessa história, ela ficou mais famosa depois dos eventos trágicos do 11 de setembro, mas mesmo assim ela segue obscura pra muita gente. Sempre achei bizarro como um evento tenso como esse não tivesse sido mais comentado pela mídia e até hoje é um assunto com poucas informações. O filme traz bastante luz a essa história absurda e faz isso com uma competência excepcional.
Acho que o maior astro desse filme é o diretor, apesar do elenco competente, ele faz com que a história do filme seja o ponto central e único da atenção do espectador. Eu assisti tenso, me arrepiei em muitos momentos e fiquei de boca aberta quando a realidade cruzou o impossível: as manobras que o piloto faz e as atitudes dele perante a ameaça são algo que beira o inacreditável. Fica a cargo de cada um acreditar ou não, mas eu acredito com tantas testemunhas e o relato do próprio piloto sendo colhido na época, acredito também por que o Brasil é o país onde o impossível vira possível.
O diretor ainda permite ter um certo simbolismo, na aparência do piloto ficar tão próxima de uma figura política e do sangue nas mãos de figuras distantes que indiretamente estavam envolvida com a tragédia. A situação toda é chocante, mas ainda mais absurda foi a posição das forças armadas em relação ao avião em um momento muito crítico.
Filmaço sem a menor dúvida. Se tivesse saído na Netflix teria sido hit. Espero que seja exibido na televisão aberta um dia.
Não tenho muito o que dizer, só gostei muito. Acho que o mundo fantástico não necessita de explicação, ele foi feito para ser vivenciado e não compreendido. É um legado que poderia ser qualquer outra coisa. Se você carrega um legado do passado ou não, se você continua a torre dos outros ou não, é uma escolha sua, do modo que você vive e se você vai viver que seja com menos dor, menos arrependimento, menos luto e mais esperança se for possível.
Filme de artes marciais e um exemplo pra comédia maconheira. Não curto a erva, mas curto as artes marciais e gostei como o filme imprime todos os clichês dos clássicos chineses possíveis, com coreografias de luta muito boas e um elenco que sustenta todos os personagens. É filme diversão e não precisa levar a sério, mas claro que amarrar a história e construir dialogos melhores ajudaria bastante. Quero elogiar demais o elenco, em especial o Daniel Rocha e o Thiago Stechinni que estão excelentes no preparo como protagonistas de ação e filme de artes marciais. Segundo papel do Daniel que vejo em projeto de ação e fantasia e me torno cada vez mais fã.
O Igor Guimarães é brilhante! Gigante como comediante, tem o próprio universo e estilo de humor. É divertido, inesperado e tem uma coisa meio cultura pop de TV no repertório dele que eu gosto demais. A Iara Jamra foi uma surpresa para mim no espetáculo, ela é incrível. Não gostei da edição que parece ter fatiado boa parte do conteúdo e ficam nítidos os cortes, isso prejudicou o especial para streaming. Achei que o trecho do Advogado Paloma seria o ponto alto do espetáculo, mas a ceninha foi bem fraca em comparação aos demais números do show.
Intensamente impactado pelo Macaquinho Bariloche e curti bastante o encerramento aleatório com o Ovelha. O universo stand up de Igor Guimarães é uma caixa de surpresas.
Assisti "O Efeito Mandela" e gostei do filme, achei divertido. Curti a edição e como ela ajuda a conduzir a história nos momentos iniciais, de maneira pouco convencional e não linear, quase um glitch. O filme é uma produção modesta mas achei que segurou bem os conceitos que queriam trabalhar. Gostaria que tivesse tido maior tensão, principalmente nos efeitos do que o luto mal resolvido causaram na vida do protagonista, mas valeu a viagem.
Quem curte teorias da conspiração, teorias científicas e conceitos filosóficos talvez curta bastante.
Conseguiram transmitir o medo que aquela altura causa. As atrizes tinham muito treinamento pra poder fazer esse filme, não consigo imaginar como foi gravado, mas tem muita cena de corda e escalada. Péssima maneira de descobrir que você é corna.
Filme original e bastante honesto. Encerra em si mesmo, dando a volta completa no tema sobrenatural durante a história e achei muito satisfatório.
Me desagradou em umas coisas, em outras me aterrorizou. Fiquei bem impactado pelo fato de uma pessoa com problema mal resolvido quase arrastar todo mundo ao lado dela pro fundo do poço, similar a um usuário de drogas. Inclusive, eu acho que esse filme tem uma mensagem sobre drogas em uma segunda leitura, a maneira que usam os poderes da mão lembra isso.
Onírico, absurdo e perturbador. É um episódio de terror de Sailor Moon, um mangá que se move, é tudo o que é possível. É um tipo de terror que se aproxima de um pesadelo, é lúdico e esconde na sua inocência inicial as próprias intenções. É um dos meus filmes preferidos, tudo nele cai na interpretação de quem assiste e tem muito mais camadas abaixo da história simples de uma viagem pra casa da tia.
Ouvi em um podcast um tempo atrás de que todas as meninas representam partes da protagonista, características da infância que vão ser destruídas uma a uma com o amadurecimento. A protagonista precisa amadurecer para confrontar a madrasta e naquela casa, pelo fantasma da tia, ela o faz se refletindo no mesmo espelho dela. Se uma guerra não te muda por fora, te muda por dentro e meio que isso fica implícito para mim na história dessas duas mulheres.
O Paul W.S. Anderson trata Resident Evil de uma perspectiva pessoal, sempre destacando sua musa Alice e sua musa Milla Jovovich. Ele capta a ameaça do vírus, as conspirações políticas e comerciais, a proporção da Umbrella e da indústria de bioengenharia, a violência e a tensão que escalona de um escritório subterrâneo para as ruas de todo o mundo.
Não é uma adaptação fiel ao jogo mas não é uma leitura ruim, sempre achei que a Alice representa o jogador, sempre imerso naquele pesadelo mas sob controle da situação. O jogador pode tudo, Alice também. Também acho que ela representa muitas personagens do jogo em um personagem só. Eu acho fascinante como os elementos do jogo estão ali, segredos, zumbis, cachorros violentos entre outras coisas. O filme permanece próximo dos material original, mas não os encena novamente, ele recria de uma maneira que funcionou na época apesar das críticas através dos tempos. Gosto que além de divertido, o filme leva a sério a ameaça apresentada para o público, oferece o terror assim como a ação e entrega uma novidade de uma maneira honesta. Hoje em dia não acho que seria possível repetir esse feito já que o público prefere abordagens mais próximas do conteúdo original.
Ele acerta em simular um filme B, daqueles bem tosqueira de terror, os primeiros Resident Evil tinham essa atmosfera em especial o primeiro jogo. O problema é que a maneira que isso foi feito desagrada e revela um filme de péssimo gosto, confuso e com personagens demais para lidar. Misturaram os eventos e personagens de vários jogos e tentaram ser mais fieis ao mesmo tempo que quiseram inovar. O filme parece uma comédia em todos os diálogos, principalmente na delegacia do Leon patetão. Se você colocar risadas entre as pausas, parece que está assistindo a uma sitcom.
No fim o que me deu mesmo foi uma saudade enorme da Milla Jovovich. Os filmes dela poderiam não ser os mais fieis mas tinham uma mitologia própria passando pela superfície dos jogos. Nesse aqui nem isso é possível. Péssimo.
Filme de baixíssimo orçamento, baixíssima qualidade e baixíssima responsabilidade por parte da direção e produtores. Foge totalmente dos jogos na caracterização e na escolha de elenco a ponto de soar ofensivo. Parece uma paródia, assim como muitos outros filmes de baixa qualidade sobre videogames. Alguns poucos nomes conhecidos, Kreuk que era popular na época ainda vivendo do sucesso de Smallville, Taboo do Black Eyed Peas no papel mais equivocado possível, Robin Shou gigante em um filme minusculo.
Não é por ser um filme de baixo orçamento que ele precisava ser tão descaracterizado, como uma leitura muito distinta dos personagens e dos jogos. Bastava ser um filme honesto sobre a Chun-Li e honesto com o público que acompanha esses personagens há décadas. Robin Shou abrilhantou brevemente essa bomba, mas nada se salva. A produção desse tipo de filme só pode ser esquema de lavagem de dinheiro.
Aliás, se querem fazer filmes policiais de ação, que façam. Mas se a ideia original é tão interessante, pra que jogar uma propiedade intelectual conhecida no meio e dizer que é um filme de Street Fighter?
Legalzinho. É principalmente uma história de amor e tenta repetir o que fez do primeiro Super-Homem com o Christopher Reeve um filme memorável. Dá pra encarar ele como uma homenagem e acho que só isso mesmo. Gostei dos momentos de tensão, em especial da cena do piano que tem alguns mistérios jamais esclarecidos para mim.
Kevin Spacey foi um ótimo Luthor e o fez de maneira menos abobalhada do que nas versões anteriores. Teria sido legal ver ele no papel mas em um projeto menos voltado para a nostalgia.
Parece uma grande paródia dos jogos. Filmado como uma novela e como um filme pornô, com luzes fortes em absolutamente todas as cenas e sugestão sexual vindas diretas de alguma fantasia de um garoto na adolescência. Gostei de alguns atores, em especial da atriz que faz a Mai, Kyo e até o Iori mas eles estão todos no filme errado.
Ficou evidente para mim que o diretor desconhece os jogos ou não os compreende em sua totalidade. Ele dirige mal inclusive as cenas de luta, com golpes de impacto passando a 10 metros do rosto do oponente, sem jogada de câmera pra disfarçar. Até figurante olhando pra câmera você encontra fácil. Ao invés de simplificar a trama, eles complicam com dimensões e outras coisas que só atrapalham. Eu acho que ele não conseguiu amarrar a trama dos heróis, pois cada personagem tem uma motivação diferente.
O tempo todo filmado torto, a câmera rodando e saindo do eixo até em conversas simples, ao invés de ser sempre reta como nos jogos e em uma transmissão de luta. Quiseram insinuar o que? Desequilíbrio? Ação? O resultado foi bem ruim no final. A caracterização dos atores é sóbria, pra não parecer cosplay, mas no fim acabam não se parecendo com coisa nenhuma. É uma adaptação muito covarde, um filme de artes marciais muito fraco. No jogo as lutas eram aos olhos do público mas aqui inventaram essas dimensões que não tem graça nenhuma. Faltou influência das artes do Shinkiro, faltou ver mais material dos personagens e faltou direção e faltou escrever uma boa história. Uma pena.
O início do filme é bastante inconsistente e tem uma dificuldade enorme em dizer pra quem o espectador deve dar atenção. Quem é afinal a vítima-protagonista? O grupo de amigos, o casal do início do filme ou uma outra pessoa? Eu achei que isso de não querer dizer logo e demorar demais pra entregar o conflito e a construção da reputação desse assassino muito cheia de rodeios. Por exemplo, tem uma cena que é uma conversa de celular e ela atrapalha demais durante o desenvolvimento da história.
Tudo demora muito, a tensão e construída com passos vagarosos e só a partir da metade que você descobre quem é a protagonista. Slasher não é o meu tipo de terror favorito, talvez fãs do gênero apreciem e encontrem as referências. Vale pela coragem de querer fazer algo similar a outros filmes do tipo e por algumas poucas atuações, em especial da protagonista que só aparece de verdade na metade.
O verdadeiro desconforto foi a representação fiel da sensação de ser visita em casa de estranhos por muito tempo. Que terror se apresentar para a família, que terror! Depois a coisa toda só desanda.
Ainda tá na minha mente a cena final e um desconforto muito grande em relação ao Oliver ter feito o que fez. Diferente de Parasita, a motivação dele era, sei lá, tédio? Não que desmereça, já que muitos sonham com o lugar de outras pessoas, mas não vejo a profundidade crítica no personagem ou no filme. Só consigo ler que é um deboche sobre papeis aristocráticos e ricos no geral, mas não sei se é só isso.
Filme hipnotizante, infelizmente entrega muito do mistério cedo demais, mas vale a pena e não é pouco... só precisa ter estômago, quase vomitei três vezes.
Fiquei hipnotizado. Eu achei tudo tão absurdo e tão moderno pra época. É muito cheio de metalinguística, um filme sobre um filme incompleto e um filme incompleto montado depois de anos. Eu não tenho bagagem de cinema pra interpretar, ele é repleto de camadas, intenso, muito ousado e bastante egocêntrico se é uma crítica do diretor para Hollywood. As entrevistas, as situações pessoais, a mistura de sensações enquanto ele faz a pre exibição de uma coisa sem sentido aparente, tudo aquilo era desorientador mas intrigante.
O que ele faz, pra época, é o tipo de coisa que a gente faz hoje com o celular ou faria se tivesse capacidade. As câmeras de todos os lados pareciam pegar o ponto de vista de diferentes pessoas da festa, visões da imprensa, dos profissionais, etc. É tudo muito experimental.
Achei foda que o filme abre com uma cena quase pornográfica, acho que o comentário dele sobre Hollywood e o cinema da época está ali, hoje não seria um porno e seria talvez a gravação de um comercial de cartão de crédito.
Tem um documentário chamado "Serei Amado Quando Morrer" que talvez ajude a entender um pouco mais a brisa do filme.
Eu queria ter compreendido mais, não sei se montaram tudo na ordem certa ou que ele queria antes da morte, mas assim como no filme que eles assistem a vida imitou a arte: "quem se importa com a ordem"?
Excelente! A animação é muito criativa, os traços parecem de um livro infantil, é divertido pra ver com a família e a história de pai e filho é muito engraçada. Amei os vilões, a simplicidade, a trilha e a arte. Só de pensar que esse filme quase foi cancelado dá uma ideia do bueiro que a WB se encontra hoje em dia. Que bom que passou na MGM e na Prime. Eu adorei. Excelente filme de Natal!
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
3.5 1,2K Assista AgoraSam Raimi dirige muito bem, tem consciência total do resultado que quer e conseguiu dar identidade pra esse filme. Eu assisti novamente hoje, depois da primeira impressão da época do lançamento. Tive uma visão totalmente nova, começando pelo respeito que ele tem pelos personagens e pelo público, mas também ficou claro para mim que esse filme parece ter sido "sabotado" por alguém. O texto é ruim, tem diálogos péssimos e momentos bons como se alguém tivesse pedido pra inserir uma piadinha aqui, uma referência ali e outras coisas.
Gosto como o Sam Raimi enche as cenas com figurantes, ele torna as pessoas parte da história e no começo isso ficou muito evidente na batalha contra o monstro. Nova Iorque parece uma cidade de verdade e não um cenário do The Sims como em "Homem-Aranha Sem Volta para Casa". Enche os olhos a cidade, as cores na tela, a filmagem nítida e ao mesmo tempo fantasiosa. Você deu muito orgulho pra gente, velho. Espero que permitam que ele volte a dirigir Homem-Aranha um dia.
A Rede Antissocial: Dos Memes ao Caos
3.2 8Curti o filme. Eu acho que os problemas demonstrados vão ainda além de uma rede na internet, são sociais e econômicos, mas ela pode ser considerada sim uma fagulha em um depósito de pólvora. Considero como um documentário aberto pois ainda não acabou, estamos aqui, agora, agindo como cretinos nas redes sociais e se embebedando de todo tipo de delírio possível. E estamos aqui, imersos em uma crise geracional, política e comportamental sem precedentes.
Assisti na Netflix em 07/04/2024
Silvio
17Eu vi o teaser e queria desver
Spider-Man: Lotus
2.1 2Efeitos visuais legais e uma trilha sonora geralmente boa, principalmente no tema do heroi homenageando o desenho dos anos 90. De resto um novelão com muito choro, muita gritaria e uma direção implorando pra gente se emocionar mas não emociona. O ator do Peter fica bem no uniforme, mas ele opta por focar no rancor e no egoísmo do luto, não tem um momento em que ele pega leve com os outros ou consigo mesmo. Achei que ele tinha mais estilo de vilão do que de herói. O ator do Harry Osborn aproveitou o novelão e entregou muito bem drama e atuação sempre que foi possível. Tem momentos legais, mas achei ruim.
Assisti no YouTube, em 23 de março de 2024.
O Sequestro do Voo 375
3.8 190 Assista AgoraEu já tinha ouvido falar nessa história, ela ficou mais famosa depois dos eventos trágicos do 11 de setembro, mas mesmo assim ela segue obscura pra muita gente. Sempre achei bizarro como um evento tenso como esse não tivesse sido mais comentado pela mídia e até hoje é um assunto com poucas informações. O filme traz bastante luz a essa história absurda e faz isso com uma competência excepcional.
Acho que o maior astro desse filme é o diretor, apesar do elenco competente, ele faz com que a história do filme seja o ponto central e único da atenção do espectador. Eu assisti tenso, me arrepiei em muitos momentos e fiquei de boca aberta quando a realidade cruzou o impossível: as manobras que o piloto faz e as atitudes dele perante a ameaça são algo que beira o inacreditável. Fica a cargo de cada um acreditar ou não, mas eu acredito com tantas testemunhas e o relato do próprio piloto sendo colhido na época, acredito também por que o Brasil é o país onde o impossível vira possível.
O diretor ainda permite ter um certo simbolismo, na aparência do piloto ficar tão próxima de uma figura política e do sangue nas mãos de figuras distantes que indiretamente estavam envolvida com a tragédia. A situação toda é chocante, mas ainda mais absurda foi a posição das forças armadas em relação ao avião em um momento muito crítico.
Filmaço sem a menor dúvida. Se tivesse saído na Netflix teria sido hit. Espero que seja exibido na televisão aberta um dia.
Assisti na Star+ em 9 de março de 2024.
O Menino e a Garça
4.0 215Não tenho muito o que dizer, só gostei muito. Acho que o mundo fantástico não necessita de explicação, ele foi feito para ser vivenciado e não compreendido. É um legado que poderia ser qualquer outra coisa. Se você carrega um legado do passado ou não, se você continua a torre dos outros ou não, é uma escolha sua, do modo que você vive e se você vai viver que seja com menos dor, menos arrependimento, menos luto e mais esperança se for possível.
O Mestre da Fumaça
2.7 10 Assista AgoraFilme de artes marciais e um exemplo pra comédia maconheira. Não curto a erva, mas curto as artes marciais e gostei como o filme imprime todos os clichês dos clássicos chineses possíveis, com coreografias de luta muito boas e um elenco que sustenta todos os personagens. É filme diversão e não precisa levar a sério, mas claro que amarrar a história e construir dialogos melhores ajudaria bastante. Quero elogiar demais o elenco, em especial o Daniel Rocha e o Thiago Stechinni que estão excelentes no preparo como protagonistas de ação e filme de artes marciais. Segundo papel do Daniel que vejo em projeto de ação e fantasia e me torno cada vez mais fã.
Assisti na Netflix em 18 de fevereiro de 2024.
Igor Guimarães: Benigno in Paradise
2.5 12O Igor Guimarães é brilhante! Gigante como comediante, tem o próprio universo e estilo de humor. É divertido, inesperado e tem uma coisa meio cultura pop de TV no repertório dele que eu gosto demais. A Iara Jamra foi uma surpresa para mim no espetáculo, ela é incrível. Não gostei da edição que parece ter fatiado boa parte do conteúdo e ficam nítidos os cortes, isso prejudicou o especial para streaming. Achei que o trecho do Advogado Paloma seria o ponto alto do espetáculo, mas a ceninha foi bem fraca em comparação aos demais números do show.
Intensamente impactado pelo Macaquinho Bariloche e curti bastante o encerramento aleatório com o Ovelha. O universo stand up de Igor Guimarães é uma caixa de surpresas.
Assisti na Amazon Prime em fevereiro de 2024.
The Mandela Effect
2.5 11Assisti "O Efeito Mandela" e gostei do filme, achei divertido. Curti a edição e como ela ajuda a conduzir a história nos momentos iniciais, de maneira pouco convencional e não linear, quase um glitch. O filme é uma produção modesta mas achei que segurou bem os conceitos que queriam trabalhar. Gostaria que tivesse tido maior tensão, principalmente nos efeitos do que o luto mal resolvido causaram na vida do protagonista, mas valeu a viagem.
Quem curte teorias da conspiração, teorias científicas e conceitos filosóficos talvez curta bastante.
Assisti no Looke em 5 de fevereiro de 2024.
Amor em Foco
3.1 23Quebra tudo, Rafa Kalimann!!!!!!!
A Queda
3.2 739 Assista AgoraConseguiram transmitir o medo que aquela altura causa. As atrizes tinham muito treinamento pra poder fazer esse filme, não consigo imaginar como foi gravado, mas tem muita cena de corda e escalada. Péssima maneira de descobrir que você é corna.
Assisti na Prime Video em janeiro de 2024
Fale Comigo
3.6 961 Assista AgoraFilme original e bastante honesto. Encerra em si mesmo, dando a volta completa no tema sobrenatural durante a história e achei muito satisfatório.
Me desagradou em umas coisas, em outras me aterrorizou. Fiquei bem impactado pelo fato de uma pessoa com problema mal resolvido quase arrastar todo mundo ao lado dela pro fundo do poço, similar a um usuário de drogas. Inclusive, eu acho que esse filme tem uma mensagem sobre drogas em uma segunda leitura, a maneira que usam os poderes da mão lembra isso.
Gostei mas jamais assistiria novamente (acho).
Vi no Prime Video em janeiro de 2024.
Hausu
3.7 241Onírico, absurdo e perturbador. É um episódio de terror de Sailor Moon, um mangá que se move, é tudo o que é possível. É um tipo de terror que se aproxima de um pesadelo, é lúdico e esconde na sua inocência inicial as próprias intenções. É um dos meus filmes preferidos, tudo nele cai na interpretação de quem assiste e tem muito mais camadas abaixo da história simples de uma viagem pra casa da tia.
Ouvi em um podcast um tempo atrás de que todas as meninas representam partes da protagonista, características da infância que vão ser destruídas uma a uma com o amadurecimento. A protagonista precisa amadurecer para confrontar a madrasta e naquela casa, pelo fantasma da tia, ela o faz se refletindo no mesmo espelho dela. Se uma guerra não te muda por fora, te muda por dentro e meio que isso fica implícito para mim na história dessas duas mulheres.
Assisti novamente em DVD em janeiro de 2024
Resident Evil: O Hóspede Maldito
3.4 1,1K Assista AgoraO Paul W.S. Anderson trata Resident Evil de uma perspectiva pessoal, sempre destacando sua musa Alice e sua musa Milla Jovovich. Ele capta a ameaça do vírus, as conspirações políticas e comerciais, a proporção da Umbrella e da indústria de bioengenharia, a violência e a tensão que escalona de um escritório subterrâneo para as ruas de todo o mundo.
Não é uma adaptação fiel ao jogo mas não é uma leitura ruim, sempre achei que a Alice representa o jogador, sempre imerso naquele pesadelo mas sob controle da situação. O jogador pode tudo, Alice também. Também acho que ela representa muitas personagens do jogo em um personagem só. Eu acho fascinante como os elementos do jogo estão ali, segredos, zumbis, cachorros violentos entre outras coisas. O filme permanece próximo dos material original, mas não os encena novamente, ele recria de uma maneira que funcionou na época apesar das críticas através dos tempos. Gosto que além de divertido, o filme leva a sério a ameaça apresentada para o público, oferece o terror assim como a ação e entrega uma novidade de uma maneira honesta. Hoje em dia não acho que seria possível repetir esse feito já que o público prefere abordagens mais próximas do conteúdo original.
Assisti novamente em DVD.
Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City
2.2 580Ele acerta em simular um filme B, daqueles bem tosqueira de terror, os primeiros Resident Evil tinham essa atmosfera em especial o primeiro jogo. O problema é que a maneira que isso foi feito desagrada e revela um filme de péssimo gosto, confuso e com personagens demais para lidar. Misturaram os eventos e personagens de vários jogos e tentaram ser mais fieis ao mesmo tempo que quiseram inovar. O filme parece uma comédia em todos os diálogos, principalmente na delegacia do Leon patetão. Se você colocar risadas entre as pausas, parece que está assistindo a uma sitcom.
No fim o que me deu mesmo foi uma saudade enorme da Milla Jovovich. Os filmes dela poderiam não ser os mais fieis mas tinham uma mitologia própria passando pela superfície dos jogos. Nesse aqui nem isso é possível. Péssimo.
Assisti na HBO Max.
Street Fighter: A Lenda de Chun-Li
1.8 430 Assista AgoraFilme de baixíssimo orçamento, baixíssima qualidade e baixíssima responsabilidade por parte da direção e produtores. Foge totalmente dos jogos na caracterização e na escolha de elenco a ponto de soar ofensivo. Parece uma paródia, assim como muitos outros filmes de baixa qualidade sobre videogames. Alguns poucos nomes conhecidos, Kreuk que era popular na época ainda vivendo do sucesso de Smallville, Taboo do Black Eyed Peas no papel mais equivocado possível, Robin Shou gigante em um filme minusculo.
Não é por ser um filme de baixo orçamento que ele precisava ser tão descaracterizado, como uma leitura muito distinta dos personagens e dos jogos. Bastava ser um filme honesto sobre a Chun-Li e honesto com o público que acompanha esses personagens há décadas. Robin Shou abrilhantou brevemente essa bomba, mas nada se salva. A produção desse tipo de filme só pode ser esquema de lavagem de dinheiro.
Aliás, se querem fazer filmes policiais de ação, que façam. Mas se a ideia original é tão interessante, pra que jogar uma propiedade intelectual conhecida no meio e dizer que é um filme de Street Fighter?
Assisti na Pluto TV em janeiro de 2024.
Superman: O Retorno
2.6 778 Assista AgoraLegalzinho. É principalmente uma história de amor e tenta repetir o que fez do primeiro Super-Homem com o Christopher Reeve um filme memorável. Dá pra encarar ele como uma homenagem e acho que só isso mesmo. Gostei dos momentos de tensão, em especial da cena do piano que tem alguns mistérios jamais esclarecidos para mim.
Kevin Spacey foi um ótimo Luthor e o fez de maneira menos abobalhada do que nas versões anteriores. Teria sido legal ver ele no papel mas em um projeto menos voltado para a nostalgia.
Assisti em DVD.
King of Fighters - A Batalha Final
1.4 318 Assista AgoraParece uma grande paródia dos jogos. Filmado como uma novela e como um filme pornô, com luzes fortes em absolutamente todas as cenas e sugestão sexual vindas diretas de alguma fantasia de um garoto na adolescência. Gostei de alguns atores, em especial da atriz que faz a Mai, Kyo e até o Iori mas eles estão todos no filme errado.
Ficou evidente para mim que o diretor desconhece os jogos ou não os compreende em sua totalidade. Ele dirige mal inclusive as cenas de luta, com golpes de impacto passando a 10 metros do rosto do oponente, sem jogada de câmera pra disfarçar. Até figurante olhando pra câmera você encontra fácil. Ao invés de simplificar a trama, eles complicam com dimensões e outras coisas que só atrapalham. Eu acho que ele não conseguiu amarrar a trama dos heróis, pois cada personagem tem uma motivação diferente.
O tempo todo filmado torto, a câmera rodando e saindo do eixo até em conversas simples, ao invés de ser sempre reta como nos jogos e em uma transmissão de luta. Quiseram insinuar o que? Desequilíbrio? Ação? O resultado foi bem ruim no final. A caracterização dos atores é sóbria, pra não parecer cosplay, mas no fim acabam não se parecendo com coisa nenhuma. É uma adaptação muito covarde, um filme de artes marciais muito fraco. No jogo as lutas eram aos olhos do público mas aqui inventaram essas dimensões que não tem graça nenhuma. Faltou influência das artes do Shinkiro, faltou ver mais material dos personagens e faltou direção e faltou escrever uma boa história. Uma pena.
Já Estou Te Vendo
2.2 22 Assista AgoraO início do filme é bastante inconsistente e tem uma dificuldade enorme em dizer pra quem o espectador deve dar atenção. Quem é afinal a vítima-protagonista? O grupo de amigos, o casal do início do filme ou uma outra pessoa? Eu achei que isso de não querer dizer logo e demorar demais pra entregar o conflito e a construção da reputação desse assassino muito cheia de rodeios. Por exemplo, tem uma cena que é uma conversa de celular e ela atrapalha demais durante o desenvolvimento da história.
Tudo demora muito, a tensão e construída com passos vagarosos e só a partir da metade que você descobre quem é a protagonista. Slasher não é o meu tipo de terror favorito, talvez fãs do gênero apreciem e encontrem as referências. Vale pela coragem de querer fazer algo similar a outros filmes do tipo e por algumas poucas atuações, em especial da protagonista que só aparece de verdade na metade.
Assisti no Looke.
Saltburn
3.5 848O verdadeiro desconforto foi a representação fiel da sensação de ser visita em casa de estranhos por muito tempo. Que terror se apresentar para a família, que terror! Depois a coisa toda só desanda.
Ainda tá na minha mente a cena final e um desconforto muito grande em relação ao Oliver ter feito o que fez. Diferente de Parasita, a motivação dele era, sei lá, tédio? Não que desmereça, já que muitos sonham com o lugar de outras pessoas, mas não vejo a profundidade crítica no personagem ou no filme. Só consigo ler que é um deboche sobre papeis aristocráticos e ricos no geral, mas não sei se é só isso.
O Outro Lado do Vento
3.6 36 Assista AgoraFiquei hipnotizado. Eu achei tudo tão absurdo e tão moderno pra época. É muito cheio de metalinguística, um filme sobre um filme incompleto e um filme incompleto montado depois de anos. Eu não tenho bagagem de cinema pra interpretar, ele é repleto de camadas, intenso, muito ousado e bastante egocêntrico se é uma crítica do diretor para Hollywood. As entrevistas, as situações pessoais, a mistura de sensações enquanto ele faz a pre exibição de uma coisa sem sentido aparente, tudo aquilo era desorientador mas intrigante.
O que ele faz, pra época, é o tipo de coisa que a gente faz hoje com o celular ou faria se tivesse capacidade. As câmeras de todos os lados pareciam pegar o ponto de vista de diferentes pessoas da festa, visões da imprensa, dos profissionais, etc. É tudo muito experimental.
Achei foda que o filme abre com uma cena quase pornográfica, acho que o comentário dele sobre Hollywood e o cinema da época está ali, hoje não seria um porno e seria talvez a gravação de um comercial de cartão de crédito.
Tem um documentário chamado "Serei Amado Quando Morrer" que talvez ajude a entender um pouco mais a brisa do filme.
Eu queria ter compreendido mais, não sei se montaram tudo na ordem certa ou que ele queria antes da morte, mas assim como no filme que eles assistem a vida imitou a arte: "quem se importa com a ordem"?
Saltburn
3.5 848Eu sou a favor da taxação de grandes fortunas
Ótima cena de dança
Assisti no Prime, em dezembro de 2023
Lego Star Wars: Especial de Festas
3.6 11 Assista AgoraServiço pra fã, repleto de besteirinha. Crianças vão curtir.
Assisti no Disney+ em dezembro de 2023
O Natal do Pequeno Batman
3.5 21 Assista AgoraExcelente! A animação é muito criativa, os traços parecem de um livro infantil, é divertido pra ver com a família e a história de pai e filho é muito engraçada. Amei os vilões, a simplicidade, a trilha e a arte. Só de pensar que esse filme quase foi cancelado dá uma ideia do bueiro que a WB se encontra hoje em dia. Que bom que passou na MGM e na Prime. Eu adorei. Excelente filme de Natal!
Assisti no Prime, dia 25 de dezembro de 2023.