Acho incrível se começar a fazer filmes de terror no Brasil, é um dos meus grandes objetivos de carreira como estudante de cinema. Sou um fã do gênero. Porém, O Rastro não é bom, muito pelo contrário, é péssimo. Podemos começar pelo roteiro completamente mal estruturado, com tentativas de críticas políticas rasas e mal colocadas no filme, um péssimo desenvolvimento de personagens, péssima construção de base da premissa da história, e consequentemente o engajamento com o que acontece é mínimo. A fotografia e a direção de arte tem sido alvo de elogios. A fotografia é bem executada dentro da decupagem duvidosa do diretor, porém sofre com o trabalho mal pensado por J.C.Feyer em como usar a iluminação. Os tons azulados e cinzas funcionam bem no hospital, porém não podem ser mantidos em todos os locais do filme. A falta do contraste de iluminação, por exemplo com uma luz amarela, a exemplo de filmes como "A Espinha do Diabo" e "Zodiaco", prejudica a própria direção de arte, que faz seu trabalho bem a maior parte do tempo. Como já se pode notar, além do roteiro, o maior problema é na direção. Além dos deslizes em auxiliar a fotografia e arte, a direção é preguiçosa e tenta desesperadamente mostrar que é um filme de terror desde o início. Sons gritantes e desnecessários, tentativas de Jump Scares toscas (nenhum funciona o filme todo), e uma péssima construção de tensão pelo desinteresse que vai se criando a cada efeito sonoro mal colocado, mostram o quanto Feyer não sabia o que estava fazendo. É uma chance desperdiçada, pois em algum lugar neste filme havia uma boa história, só foi muito mal escrita e muito mal dirigida, o que acaba prejudicando todos os outros setores.
Filme muito bom! O roteiro é bom, facilitado para o grande público. Michael Keaton tem uma atuação cativante, extremamente bem executada. A dinâmica criada pelo filme é incrível, até por isso, poderia ter 15 minutos a mais para detalhar mais alguns aspectos. O filme somente peca em pender principalmente no terceiro ato, aos irmãos Mc'Donalds, algo que é feito principalmente pela trilha sonora, o que demoniza um pouco além da conta Ray Kroc, diante de todo o primeiro e segundo ato, que construíram uma identificação do público com o personagem. O filme pode ser lido de diversas formas, pessoas de esquerda vão acreditar que é uma crítica ao "capitalismo malvadão". Na realidade, o filme mostra o sonho americano, a essência americana de prosperidade, e assim como ocorreu em seu sistema político, a quebra de parte desta essência com o tempo. Num geral, mostra como o capitalismo proporcionou aos Estados Unidos e ao mundo, a maior rede alimentícia do planeta, que como relatado, alimenta 1% da população mundial por dia. Mostra que Kroc foi um pouco além dos limites, algo que pode ter como culpado o conservadorismo dos irmãos Mc'Donalds e as próprias condições de empréstimos bancários impostas e determinadas pelo governo que prejudicam Kroc em sua ascensão. Além disso, ressalta seu merecimento do sucesso e a importância do que atingiu. Como disse, pode ser lido de várias formas, o que é algo interessante nesta obra.
Para amantes do terror. Caracterizaria este filme desta maneira. É um filme bom/muito bom. A fotografia é digna de aplausos, completamente incrível, e a direção de arte é impecável, visualmente um espetáculo. Como a maioria já sabe, a duração é o único problema do filme, com 20 minutos a menos, a proposta poderia ser mantida e o filme ficaria perfeito. Com homenagens ao genero em diversas formas, o filme é muito bem dirigido e com atuações muito boas. Não é um filme para assistir despreparado, tem que saber o que terá pela frente, ter paciência no dia e imergir no mundo proposto. A duração do filme é o unico causador de problemas, enrolando o roteiro e causando um certo cansaço no segundo ato. Vale a pena assistir.
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O Rastro
2.7 214Acho incrível se começar a fazer filmes de terror no Brasil, é um dos meus grandes objetivos de carreira como estudante de cinema. Sou um fã do gênero. Porém, O Rastro não é bom, muito pelo contrário, é péssimo.
Podemos começar pelo roteiro completamente mal estruturado, com tentativas de críticas políticas rasas e mal colocadas no filme, um péssimo desenvolvimento de personagens, péssima construção de base da premissa da história, e consequentemente o engajamento com o que acontece é mínimo.
A fotografia e a direção de arte tem sido alvo de elogios. A fotografia é bem executada dentro da decupagem duvidosa do diretor, porém sofre com o trabalho mal pensado por J.C.Feyer em como usar a iluminação. Os tons azulados e cinzas funcionam bem no hospital, porém não podem ser mantidos em todos os locais do filme. A falta do contraste de iluminação, por exemplo com uma luz amarela, a exemplo de filmes como "A Espinha do Diabo" e "Zodiaco", prejudica a própria direção de arte, que faz seu trabalho bem a maior parte do tempo.
Como já se pode notar, além do roteiro, o maior problema é na direção. Além dos deslizes em auxiliar a fotografia e arte, a direção é preguiçosa e tenta desesperadamente mostrar que é um filme de terror desde o início. Sons gritantes e desnecessários, tentativas de Jump Scares toscas (nenhum funciona o filme todo), e uma péssima construção de tensão pelo desinteresse que vai se criando a cada efeito sonoro mal colocado, mostram o quanto Feyer não sabia o que estava fazendo.
É uma chance desperdiçada, pois em algum lugar neste filme havia uma boa história, só foi muito mal escrita e muito mal dirigida, o que acaba prejudicando todos os outros setores.
Fome de Poder
3.6 830 Assista AgoraFilme muito bom! O roteiro é bom, facilitado para o grande público. Michael Keaton tem uma atuação cativante, extremamente bem executada. A dinâmica criada pelo filme é incrível, até por isso, poderia ter 15 minutos a mais para detalhar mais alguns aspectos. O filme somente peca em pender principalmente no terceiro ato, aos irmãos Mc'Donalds, algo que é feito principalmente pela trilha sonora, o que demoniza um pouco além da conta Ray Kroc, diante de todo o primeiro e segundo ato, que construíram uma identificação do público com o personagem. O filme pode ser lido de diversas formas, pessoas de esquerda vão acreditar que é uma crítica ao "capitalismo malvadão". Na realidade, o filme mostra o sonho americano, a essência americana de prosperidade, e assim como ocorreu em seu sistema político, a quebra de parte desta essência com o tempo. Num geral, mostra como o capitalismo proporcionou aos Estados Unidos e ao mundo, a maior rede alimentícia do planeta, que como relatado, alimenta 1% da população mundial por dia. Mostra que Kroc foi um pouco além dos limites, algo que pode ter como culpado o conservadorismo dos irmãos Mc'Donalds e as próprias condições de empréstimos bancários impostas e determinadas pelo governo que prejudicam Kroc em sua ascensão. Além disso, ressalta seu merecimento do sucesso e a importância do que atingiu.
Como disse, pode ser lido de várias formas, o que é algo interessante nesta obra.
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A Cura
3.0 707 Assista AgoraPara amantes do terror. Caracterizaria este filme desta maneira. É um filme bom/muito bom. A fotografia é digna de aplausos, completamente incrível, e a direção de arte é impecável, visualmente um espetáculo. Como a maioria já sabe, a duração é o único problema do filme, com 20 minutos a menos, a proposta poderia ser mantida e o filme ficaria perfeito. Com homenagens ao genero em diversas formas, o filme é muito bem dirigido e com atuações muito boas. Não é um filme para assistir despreparado, tem que saber o que terá pela frente, ter paciência no dia e imergir no mundo proposto. A duração do filme é o unico causador de problemas, enrolando o roteiro e causando um certo cansaço no segundo ato. Vale a pena assistir.