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"Oásis de horror em meio a um deserto de tédio."

Últimas opiniões enviadas

  • Murilo

    Chama a atenção que o diretor Jim Sheridan (conhecido por filmes dramáticos como Meu Pé Esquerdo, Terra da Discórdia e outros) e o roteirista Terence Winter (que escreveu O Lobo de Wall Street, vários episódios de Sopranos e foi showrunner da excelente Boardwalk Empire) não tenham abdicado em nada dos respectivos estilos elegantes de dirigir e escrever e conseguem que dê liga nessa obra da qual, a princípio, se poderia esperar que fosse até mais underground. Trabalharam muito bem, pois Fique Rico ou Morra tentando não abdica da violência e do peso que há em sua história, mas a abordagem geral não soa apelativa, extremo ruim, nem demasiadamente romanceada, extremo idem, já que desde os aspectos visuais até o roteiro tudo é bem polido, mas não limpinho, o que retiraria a vitalidade da narrativa. Ótima direção de fotografia, elenco de apoio de primeira (e o protagonista, numa curiosa espécie de autointerpretação, não compromete), trata-se de um dos melhores filmes produzidos na década de 2000 com a temática da vida nos guetos, espremida entre as facções. Como deficiência, nota-se que falta ao filme música, que apesar de ter supostamente salvado 50 Cent, aparece bem timidamente e de forma raramente contagiante, quando poderia assumir um crescendo à medida em que ocupa mais e mais espaços na vida do protagonista.

    Nota: ver e comparar com 8 Mille - A Rua das Ilusões.

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  • Murilo

    Existem por aí pessoas como Annie Wilkes, nós possivelmente conhecemos uma ou duas delas, embora, que saibamos, elas jamais tenham mantido ninguém em cativeiro. E Kathy Bates nos dá um retrato forte desse tipo de pessoa, com todas as suas manipulações, flutuações de humor e bizarrices de comportamento que fazem oscilar entre a síndrome de estocolmo e o asco absoluto. A personagem dita o ritmo da obra e a genial bates a carrega nas costas.

    James Caan produz uma interpretação que considero, de certo modo, audaciosa. Isso porque era de se esperar que um personagem em sua situação botasse as vísceras para fora num absoluto caos de desespero, e a simplicidade do enredo dependia que embarcássemos no desconforto vivenciado por aquele que representa o espectador na tela; contudo, o ator (trazendo essa abordagem por sua conta ou orientado por Rob Reiner) opta por uma interpretação classuda, incorrendo numa tensão angustiante, mas sempre "limpa". Comparativamente, sua atuação pode ser confrontada com a de Patrick Wilson, que, em Hard Candy, envereda por um caminho mais naturalista e se borra inteiro. De todo modo, ambos atores defendem com competência suas abordagens.

    Quando se diz que um bom roteiro não é necessariamente rebuscado, havendo qualidade na simplicidade, Misery pode ser chamado para ilustrar essa sentença. Sua eficácia em criar e resolver situações de suspense, lançando mão de alguma engenhosidade para dirigir os personagens ao embate final, tudo bem orquestrado pela direção sempre funcional de Rob Reiner, assegura que o reduzido número de personagens não crie marasmo - aliás, é curioso observar como Reiner, àquela altura já reconhecido por seus trabalhos na comédia e drama, se sai surpreendentemente bem no suspense adotando um estilo visual de certo modo conservador, sem muitos trejeitos de estilo, que casa bem com a atmosfera decadente, de coisa velha e macabra, que banha a história. E ainda há as participações de Richard Farnsworth (que se mostra até mais surpreendente de que suporíamos de início) e a gigante Lauren Bacall.

    Misery, tremendo suspense... e as Wilkes estão por aí.

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  • Murilo

    O experimentalista Richard Linklater resolveu fazer um filme padrão para falar sobre quebra de padrões e, por ser um diretor magnífico, deu o tiro certeiro. Não me falam muito ao coração essas obras lúdicas e otimistas sobre ser você mesmo e outras melosidades. Mas Linklater imprime ao filme uma tão entusiástica energia que não dá para passar ileso; tudo em Escola do Rock é eletricidade e vida. Não gosto nem desgosto do Jack Black, porém, sem ele e sua potente credibilidade para versões contemporâneas do mito do Bom Selvagem, o filme não ia - performance coroada pelos furiosos créditos finais. O elenco infantil também está afinadissimo e, coisa indispensável, as músicas funcionam. Provavelmente Escola do Rock seria melhor ainda se Linklater tivesse resolvido fazer um musical de vez, mas não o fez e está tudo bem.

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  • Bella
    Bella

    Olá, Murilo. Como vai você?

    Outro dia, falaram de Curitiba e me lembrei desse amigo que só troquei mensagens virtuais e que disse que morava lá.
    Por aqui algumas coisas mudaram, eu me formei! Agora sou jornalista, mas não atuo como e nem tenho mais ambição para isso. Não nasci para viver em um mundo onde controlem o meu jeito de pensar, se vou escrever, quero escrever meus próprios valores e pensamentos, mesmo que sejam equivocados. Mas respondendo sua pergunta depois, o tema foi o luto na pandemia, fiz um podcast hahaha (essa é uma das maravilhas de estudar comunicação), não tive formatura, só a coleção e está bom, depois fui como convidado e é o melhor dos mundos, você vive aquilo sem as formalidades e não gasta muito com vestido e nem com empresa de formatura.
    Minha mãe está super bem, mas é estranho ver a idade chegando para ela e ver que a vulnerabilidade chega para todos não importa o quão forte você seja.
    Por outro lado, outras coisas continuam iguais, vivo numa relação de amor e ódio com o meu trabalho, foi bem difícil me ajustar a toda essa falsidade e puxadas inesperadas de tapete sem vender muito da minha alma. Mas trabalhar é isso né, vender a alma kkk Mas agora coordeno um time e é bem legal. E graças a esse trabalho tive experiências bem legais, fui para Paris :0 por exemplo.
    Sigo perdida no que quero ser e fazer, mas estou experimentando um pouquinho a cada dia e riscando possibilidades na minha lista.
    Confesso que esse ano tem sido um ano de bastante descobertas e vivi experiências bem interessantes nesses últimos meses, é muito louco achar que você sabe sobre tudo si mesma e todo dia descobrir que não. Tem sido mesmo uma jornada, agora tenho até um clube do livro e tenho lido muito, bom, pelo menos mais do que lia antes.
    Mas e você? Se acostumou com os áudios na velocidade 2x? Eu adoro esse recurso, as pessoas são enroladas demais gravando áudio, se preocupam mais com o som da própria voz do que com o conteúdo, eu acelero tudo. Não tenho tempo a perder, mas também assim que vivo minha vida haha sem tempo, irmão! Hahah
    Já ganhou alguma maratona? Ainda está no mesmo trabalho? Acho que ele era mais perto da sua casa, né? Se não me falha a melhora, você tinha uma irmã e uma sobrinha, estou certa? Elas estão bem? Acho que tinha comentado algo sobre seu pai também, ele está bem?
    O que aconteceu na sua vida nesse tempo?
    Espero que tudo esteja bem de verdade e você esteja feliz :D Eu estou :)

  • Bella
    Bella

    Oie, Muri! Tudo bom??
    Desculpe o sumiço, tenho andado tão cansada! Esse semestre será o mais louco da minha vida, TCC e trabalho. Olha, escritórios são horríveis! Quanta falsidade! Fico chocada! Mas sigo firme.
    Graças a Deus, meus sentidos voltaram. Imagina passar uma vida sem sentir o gosto das coisas? Ia ser horrível! Esse era o meu maior medo, pois para mim não a sensação melhor do que saborear uma boa refeição ou uma boa sobremesa rs
    Não acredito que me enganou, estava esperando tanto ver sua visão taxista e despreocupado com a vida.
    É estranho pensar que 2021 está quase acabando e nós nem conseguimos lidar com 2020. Roubaram anos preciosos das nossas vidas e nós nunca conseguiremos recupera-los.
    Hahah Qual o problema com a nova ferramenta? (Agora não tão nova) É um recurso útil para as pessoas que não são muito objetivas, entendo o whatsapp como uma ferramenta de mensagens rápidas e ela facilita. Conversas sérias deveriam ser feitas olho a olho, ou então ligação. Uma pena que não é bem assim.
    Aliás, estava pensando que morte horrível a do romantismo, nossos relacionamentos não terão história para contar... não teremos cartas de amor ou noites de aventura, pois agora o mundo é muito conectado e perigoso. Imagina só, olha netinho como seu avô me amava e mostro um vídeo dele dançando no tik tok. Pavoroso!
    “Dançar um tanto argentino, é claro” – Que pena!
    Enfim, me mande notícias e conte como anda tudo por aí! Seu pai e irmãs estão bem? Cactos? E a vida no novo apartamento passado alguns meses? Me conte tudo!
    PS: É claro que se não fosse a tecnologia não teríamos esses registros maravilhosos de conversa com um completo estranho em site de filmes... Acho isso um pouco mágico, não? Vai ver ela não mate tanto as coisas assim.

  • Bella
    Bella

    Graças a Deus toda essa fase ruim já passou e agora estamos todas bem e seguindo! Mesmo que com um presidente genocida e com a incerteza da chegada da vacina hehe Vamo que vamo!

    As coisas estão melhores e o surto já passou, mas ainda quero achar outro lugar para trabalhar. Fico muito feliz que você está ousando e investindo em coisas novas! Queria muitoo ver essa mudança, se bem que com “estilo dramático Agostinho carrara urbano” acho que ficou bem claro! Hehe

    E sem contar que com o isolamento, não parece que o tempo passa. Todos os dias são iguais e ainda estamos vivendo uma continuação de 2020.
    Nossa! É muito tempo! E o que faremos para comemorar essa data tão importante?
    Achei muito legal! Obrigada pela sua webamizade <3

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