Trindade

Meus parabéns para o cara que colocou o combo: Incesto + pedofilia + suicídio. Em um filme, em que o objetivo, deveria ter sido o prazer hedonista individual. A cena de alucinação, onde a Lisa Boyle tá fazendo um striptease, enquanto lembra desses traumas. É puro suco de mal gosto. Mas sendo justo, isso fosse feito por um diretor com nome francês, teria crítico defendendo.

O mais engraçado é que isso não tem importância nenhuma para a história. Já que depois, nada disso é citado. Mesmo não tendo nenhuma razão para existir, acho que esse foi o momento mais marcante desse filme. E nisso você percebe a "qualidade" do que eu acabei de ver.

Todo o resto é esquecível. Tudo se resume a ficar exibindo o maior número de dancinhas sexuais durante toda a exibição. Não sei esses velhos, mas sorte que nasci na geração do TikTok. Onde consigo ver dancinhas sexuais sem ter que aguentar um filme tão ruim.

A melhor coisa dessa série são os três últimos episódios. São nesses três episódios que a série assume uma personalidade fora do romance em que foi baseado.

Eu gostei do livro, mas tenho que admitir que o estilo literário da Sally Rooney, não combina muito com conteúdo audiovisual. Enquanto o livro consegue transmitir o que se passa na cabeça dos personagens, quando eles estão falando "É". Na série, a gente não tem essa psicologia. O que nos resta, é ver esses personagens- com cara de dor de barriga, falando.... É. Não que seja ruim, mas fica sempre aquela sensação de algo faltando.

Um exemplo, é o final do sexto episódio. É compreensível que algumas(para não dizer muitas) pessoas tenham ficado confusas. Quem leu o livro, consegue entender os motivos do porque o Cornell ter ficado com essa dúvida durante episódio. E os dilemas dele envolvendo a classe social de ambos, e do porque é complicado para ele fazer essa escolha.

Mas os três últimos episódios conseguem dá um salto em relação aos outros. Porque se distanciaram mais do livro. São mais emotivos e novelescos. Diferente da forma mais fria, da Sally Rooney, de narrar o casal.

Eu gostei dessa série- isso pq já tinha lido o livro. Mas compreendo quem detestou ela. Quem vai começar a ver essa série, recomendo que leia o livro primeiro.

E sem choro, a escrita é bem simples e envolvente. A pessoa consegue ler em menos de três dias.

Uma comédia sobre metal que nem Deathgasm: só que chata e sem zombies.