Pessoalmente, meu interesse pelo Double O Seven está no nível de Sherlock Holmes: é uma obrigação cívica e moral. Sem falar que, na real, qualquer filme passado em Londres e, obviamente, com sotaques britânicos para todo lado já ganha vários pontos automaticamente… Então, essa produção de Sam Mendes me convenceu, e muito. E olha que, até hoje, tenho sérios problemas com Beleza Americana, narrativamente. Enfim. O que me impressionou é que, basicamente, o agente Bond, embora ainda seja o centro da trama, tem uma integração muito maior com o Serviço Secreto – quase como se o MI6 fosse o protagonista, na verdade. O fato, aliás, do antagonismo e conflito surgir do passado da personagem de Judie Dench, a M, deixa isso ainda mais claro… E, pô, até o agente Tanner (Rory Kinnear) pareceu importante, nesse filme!
Para alguém que aprecia demais arte, ilustração, desenho ou afins, qualquer filme da Pixar se torna uma obrigação de vida. Tanto seja para assistir, quanto para admirar e vivenciar. Os numerosos autores e especialistas do estúdio já comprovaram isso muitas vezes. Assim, Valente não poderia ser diferente. Merida, a protagonista, tem aquela coisa de querer seguir seu próprio destino – o que não é novidade, claro – e não quer ser forçada a um casamento arranjado – o que bem menos inédito, ainda. Daí se envolve com bruxas carpinteiras, maldições antigas e com fazer a coisa certa. Nenhuma novidade, né? Mas, na real, a trama é um complemento do filme. De boa, queria dar um beijo nos responsáveis pelo concept dos cenários. No filme, as texturas são melhores do que a vida real! Sério! Com isso, temos ambientes grandiosos, baseados nas regiões mais belas da Europa: Irlanda, Escócia, Gália etc. Tudo lindo. Vai agradar qualquer fã de Game of Thrones ou do game Shadow of the Colossus – aliás, a ruiva tem um cavalo predominantemente preto acrobático e manja muito de arquearia, ó. Nisso, entram os personagens. Curiosamente, comparado a outros filmes do estúdio e da Disney, não se perde muito tempo dizendo quem é quem; a grande maioria está ali e pronto, mas todos foram construídos muito detalhadamente no conceito e, também, na modelagem. Embora caricatos, como qualquer animação, Merida, seus parentes, a carpinteira ou os animais têm muita personalidade e vida. A bruxa carpinteira, inclusive, dá um show à parte, no filme, e aquela sensação de “gostaria de saber mais sobre ela” – o que não rola, como já explicado. Porém, as piadas mais inteligentes e “adultas” saem dela, em grande medida. (Pena que, na sala que eu estava, fui o único dos, sei lá, dez adultos – entre cinquenta crianças – que riu das piadas...) Fora isso, o filme tem uma pegada meio clássica. Por motivos óbvios, lembra um Irmão Urso encontrando Mulan, só pra citar filmes da própria Disney. Contudo, essa sensação nem deve pegar com quem é mais novo ou tem memória mais curta. Apesar dessa impressão, para mim, Valente superou em muito a ambos e conseguiu ser bem mais divertido e profundo, usando do drama de uma forma, aí, sim, inédita. Nas versões dubladas, somado a outros grandes talentos, temos Luisa Palomanes dando voz à Merida, Sim, a mesma que faz Katara em Avatar: A Lenda de Aang. Uma escolha acertada, pois foge daquela coisa de menina frágil, fútil ou sentimental e soa muito mais natural para a personagem. Por fim, a Pixar – nem conto a Disney, nessa produção – acertou muito, mais uma vez, e trouxe uma trama que, com sorte, mostrará à muitas meninas -- e meninos, eventualmente – que a vida não precisa de romance e pieguice para fazer sentido, assim como família importa muito. Embora ter um urso demônio por perto sempre ajude nas prioridades.
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Então, essa produção de Sam Mendes me convenceu, e muito. E olha que, até hoje, tenho sérios problemas com Beleza Americana, narrativamente. Enfim. O que me impressionou é que, basicamente, o agente Bond, embora ainda seja o centro da trama, tem uma integração muito maior com o Serviço Secreto – quase como se o MI6 fosse o protagonista, na verdade. O fato, aliás, do antagonismo e conflito surgir do passado da personagem de Judie Dench, a M, deixa isso ainda mais claro… E, pô, até o agente Tanner (Rory Kinnear) pareceu importante, nesse filme!
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Assim, Valente não poderia ser diferente.
Merida, a protagonista, tem aquela coisa de querer seguir seu próprio destino – o que não é novidade, claro – e não quer ser forçada a um casamento arranjado – o que bem menos inédito, ainda. Daí se envolve com bruxas carpinteiras, maldições antigas e com fazer a coisa certa. Nenhuma novidade, né? Mas, na real, a trama é um complemento do filme.
De boa, queria dar um beijo nos responsáveis pelo concept dos cenários. No filme, as texturas são melhores do que a vida real! Sério! Com isso, temos ambientes grandiosos, baseados nas regiões mais belas da Europa: Irlanda, Escócia, Gália etc. Tudo lindo. Vai agradar qualquer fã de Game of Thrones ou do game Shadow of the Colossus – aliás, a ruiva tem um cavalo predominantemente preto acrobático e manja muito de arquearia, ó.
Nisso, entram os personagens. Curiosamente, comparado a outros filmes do estúdio e da Disney, não se perde muito tempo dizendo quem é quem; a grande maioria está ali e pronto, mas todos foram construídos muito detalhadamente no conceito e, também, na modelagem. Embora caricatos, como qualquer animação, Merida, seus parentes, a carpinteira ou os animais têm muita personalidade e vida.
A bruxa carpinteira, inclusive, dá um show à parte, no filme, e aquela sensação de “gostaria de saber mais sobre ela” – o que não rola, como já explicado. Porém, as piadas mais inteligentes e “adultas” saem dela, em grande medida.
(Pena que, na sala que eu estava, fui o único dos, sei lá, dez adultos – entre cinquenta crianças – que riu das piadas...)
Fora isso, o filme tem uma pegada meio clássica. Por motivos óbvios, lembra um Irmão Urso encontrando Mulan, só pra citar filmes da própria Disney. Contudo, essa sensação nem deve pegar com quem é mais novo ou tem memória mais curta. Apesar dessa impressão, para mim, Valente superou em muito a ambos e conseguiu ser bem mais divertido e profundo, usando do drama de uma forma, aí, sim, inédita.
Nas versões dubladas, somado a outros grandes talentos, temos Luisa Palomanes dando voz à Merida, Sim, a mesma que faz Katara em Avatar: A Lenda de Aang. Uma escolha acertada, pois foge daquela coisa de menina frágil, fútil ou sentimental e soa muito mais natural para a personagem.
Por fim, a Pixar – nem conto a Disney, nessa produção – acertou muito, mais uma vez, e trouxe uma trama que, com sorte, mostrará à muitas meninas -- e meninos, eventualmente – que a vida não precisa de romance e pieguice para fazer sentido, assim como família importa muito. Embora ter um urso demônio por perto sempre ajude nas prioridades.