Da história de um grupo para um spin-off do Batman, essa terceira temporada é só um amontoado de coisas jogadas aleatoriamente e sem explicação ou acréscimo na história.
Qual o real sentido da vinda da irmã da Estelar, que tanto se prometeu, além de um romance forçado com o Superboy? Qual o lance da tentativa de suicídio de Bruce Wayne e Donna aparecer repentinamente ali? Personagens que aparecem e somem sem sentido. Tudo isso e mais acabam sem respostas fazendo dessa a pior temporada.
Qual o problema do showrunner em vestir os heróis com seus trajes os fazendo operar mais como civis comuns? Isso faz com que um grande material fonte seja jogado pelo ar.
Tirando uma cena de ação aqui e ali é um belo desperdício e que pisoteia as duas boas (e somente boas) temporadas passadas e que numa próxima, vão ter que suar muito para conseguir remendar o estrago.
Dexter Morgan vai ser para sempre lembrado dentro da cultura pop e do imaginário televisivo e sempre criando polêmicas.
Com a queda no rendimento após a quarta temporada e o final original horrendo, ele volta a vida para uma tentativa de redenção, que começa morna, tem um meio até interessante, mas nos últimos dez minutos parece que consegue a façanha de jogar tudo fora, de amassar aquilo que parecia de fato caminhar para um refresco na mente dos fãs do serial killer e ansiavam por sua alma lavada.
Há sentido no desfecho, mas o que catapultou isso não bate! Era o único possível ali, mas não convence, não consegue atingir o clímax necessário ou comover como o final de Walter White ou Tony Soprano, o peso do sacrifício é diferente aqui!
Não vai muito além do final original e não sei se pode dizer que há redenção nisso, ou se de fato muda algo na vida dos espectadores nesses dez novos episódios. A fórmula se repete mais uma vez, não da forma de seu auge, o que me fez pensar, será que um simples filme de duas horas não seria mais do que suficiente para colocar o prego no caixão?
Ainda que não tenha o ritmo da "antologia da Maldição", Mike Flanagan permeia com seus ares sombrios e do terror o mundo de fanatismo e intolerância religiosa.
A crítica é dura e cirúrgica, usando as alegorias do sobrenatural! Como tampar os olhos a qualquer atrocidade cometida em nome de Deus, por "ser um bem maior", e aceitar o que for imposto, desde o próprio sacrifício para garantir o lugar sagrado, em um paralelo ferrenho a Jim Jones e seus 900 fiéis mortos por cianeto.
Porém, muitas das vezes a alienação é tão forte, que cega e mesmo sob a asa do lado oposto do bem, se faz o juízo de estar acima de outros e parte do rebanho.
Mais uma vez, preciso e infalível, mesmo derrapando em alguns episódios que se prolongam e dão um certo ar de cansaço. Há diálogos infalíveis e com a potência de um soco, como a discussão da distribuição de Bíblias na escola ou de qual bem Deus está falando em meio a traumas e tragédias, como outros enfadonhos como longas citações a versículos.
De qualquer forma, mais uma grande obra sob as mãos de um grande diretor e extremamente relevante!
Os oito primeiros episódios são espetaculares, porém nos dois últimos o tom novelistico torna as coisas enfadonhas e arrastadas. O elenco é tão igualmente espetacular, com destaque para Letícia Colin e Fábio Assunção, que se entregam de alma no papel e dão show, numa avalanche de quedas e desestrutura social que acomete a sociedade nossa, do mais pobre aos mais ricos.
Estando exatamente na metade da temporada, falar sobre Desalma causa certa divisão, pelo menos até o momento.
A série nacional, entra nessa do terror psicológico, que fez sucesso em filmes como A Bruxa, Hereditário, Corra! e Mindsommar e podemos notar alguns traços de cada um desses títulos na série, que também bebe de fontes como Stranger Things e Dark, esse último se assemelha em muito na sua ambientação, inclusive tendo seu sonoplasta roubado para dar vida aos sons de Desalma, tendo um tema de abertura similar ao de ST.
A trama até então se apresenta deveras arrastada, se alternando entre passado e presente para acredito eu amarrar algum desfecho no fim da temporada, porém, isso caminha a passos lentos que temos uma certa barriga no texto, que de tão verborrágico em determinados momentos, mais parece uma dublagem do que uma fala produzida pelos atores.
E falando no elenco, somo divididos entre um núcleo adulto e jovem. O primeiro se mostra "seguindo a cartilha", em determinados momentos parecem estar lendo as falas e as reproduzindo sem conseguir expor a sensibilidade de alguns momentos. Já a parte adolescente não vai muito além de algo da Malhação, estando até mesmo atrás de algumas temporadas da novelinha, numa mistura com algo derivado de Crepúsculo ou algum filme "sobrenatural adolescente". Mas havemos de enaltecer o que de belo temos nesse âmbito! Cássia Kiss é monstruosa em cena, sua personagem é enigmática e assustadora sem esforço, somente com o olhar frio e jeito de falar, a atriz atropela qualquer um ali.
A produção também é um ponto de destaque, o nível não fica atrás de produções internacionais e de destaque dentro desse seguimento.
Ao que indica, a série tinha um potencial de ser mais explorada em termos de espontaneidade e ganhar contornos como a francesa Marianne, que é rápida e direta, sem querer soar tão complexa ou profundamente gélida, como foram as temporadas de A Residência Hill e Bly, onde o elenco mesmo nesse formato, criava uma simpatia com o público que se via cativado de imediato tanto pela história como as performances em tela.
Mas ainda estou curioso pelo que vem nessa segunda metade e qual o desfecho e adianto que desde já não se trata de um produto descartável, ao contrário, é bem interessante ver o Brasil se abrindo à esse seguimento e conseguindo o realizar de uma forma de acordo até então, mesmo necessitando de melhorias no seu trato, ainda assim, vale a conferida.
Tem bons momentos quando trabalha as teorias de Freud, mas joga tudo pro alto quando mais uma vez cai na história de outra bruxinha e mediunidade barata e com a desculpa de que "é grande demais para mentes pequenas", como "A Bruxa" que é outro belo pastel de vento e insistem em colocar num Olimpo, mas que no fim é só um monte de baboseira
O flerte com a morte não é algo novo dentro da arte. Tínhamos em tempos clássicos a ideia do conceito de Vanitas que apregoava tons fúnebres em pinturas, na música tivemos desde a música clássica ao contemporâneo grunge abordando o tema, na literatura tivemos romancistas como Bran Stoker, Edgar Allan Poe e Anne Rice que novelizaram e no cinema, também vemos que é um tema corriqueiro por lá em várias obras. Porém nessa última abordagem, as coisas se tornaram bem clichês e salve alguns raros casos que nos pegam de surpresa como foram o caso de "Corra" e "Fragmentado", ambos em 2017, as coisas sempre soam como mais do mesmo neste gênero, o que não é diferente com séries. Porém em 2018 uma bela surpresa deu as caras pela batuta da Netflix, "A Maldição da Residência Hill" aborda mais uma vez a morte como um tema principal que une uma família, mas dessa vez, temos um tom de mais coesão, lógico que não foge totalmente de seus padrões, mas vemos algo que ao mesmo tempo se difere até mesmo do cinema e consegue se sair melhor que muita coisa desse mercado que aflora todos os meses algum produto nessa linha "terror plástico", como "Annabeles" da vida, por exemplo. O horror aqui fica por conta do clima que vai se criando durante os dez episódios que mais parecem um longa de dez horas de duração tamanha a destreza e maestria de sua montagem. Vemos várias referências ao tipo, desde "A Queda da Casa de Usher" até "O Iluminado" de Kubrick, há um cuidado técnico digno das telas grandes aqui, e atinge seu máximo no episódio 6, onde durante uma hora de duração um único corte é feito, o resto todo se passa num belíssimo plano sequencia filmado com destreza. Temos um elenco afiado também que aliado à um roteiro forte, cria bases para cada um dos participantes sem nada soar forçado como ponta solta. "Residência Hill" é para se ver e rever tamanha beleza é mostrada ali, grande mérito da Netflix e um ótima pedida para quem é apaixonado pelas artes visuais.
Titãs (3ª Temporada)
2.9 92 Assista AgoraTitãs se perdeu dentro de si próprio.
Da história de um grupo para um spin-off do Batman, essa terceira temporada é só um amontoado de coisas jogadas aleatoriamente e sem explicação ou acréscimo na história.
Qual o real sentido da vinda da irmã da Estelar, que tanto se prometeu, além de um romance forçado com o Superboy? Qual o lance da tentativa de suicídio de Bruce Wayne e Donna aparecer repentinamente ali? Personagens que aparecem e somem sem sentido. Tudo isso e mais acabam sem respostas fazendo dessa a pior temporada.
Qual o problema do showrunner em vestir os heróis com seus trajes os fazendo operar mais como civis comuns? Isso faz com que um grande material fonte seja jogado pelo ar.
Tirando uma cena de ação aqui e ali é um belo desperdício e que pisoteia as duas boas (e somente boas) temporadas passadas e que numa próxima, vão ter que suar muito para conseguir remendar o estrago.
Dexter: Sangue Novo
3.7 396Dexter Morgan vai ser para sempre lembrado dentro da cultura pop e do imaginário televisivo e sempre criando polêmicas.
Com a queda no rendimento após a quarta temporada e o final original horrendo, ele volta a vida para uma tentativa de redenção, que começa morna, tem um meio até interessante, mas nos últimos dez minutos parece que consegue a façanha de jogar tudo fora, de amassar aquilo que parecia de fato caminhar para um refresco na mente dos fãs do serial killer e ansiavam por sua alma lavada.
Há sentido no desfecho, mas o que catapultou isso não bate! Era o único possível ali, mas não convence, não consegue atingir o clímax necessário ou comover como o final de Walter White ou Tony Soprano, o peso do sacrifício é diferente aqui!
Não vai muito além do final original e não sei se pode dizer que há redenção nisso, ou se de fato muda algo na vida dos espectadores nesses dez novos episódios. A fórmula se repete mais uma vez, não da forma de seu auge, o que me fez pensar, será que um simples filme de duas horas não seria mais do que suficiente para colocar o prego no caixão?
Missa da Meia-Noite
3.9 730Ainda que não tenha o ritmo da "antologia da Maldição", Mike Flanagan permeia com seus ares sombrios e do terror o mundo de fanatismo e intolerância religiosa.
A crítica é dura e cirúrgica, usando as alegorias do sobrenatural! Como tampar os olhos a qualquer atrocidade cometida em nome de Deus, por "ser um bem maior", e aceitar o que for imposto, desde o próprio sacrifício para garantir o lugar sagrado, em um paralelo ferrenho a Jim Jones e seus 900 fiéis mortos por cianeto.
Porém, muitas das vezes a alienação é tão forte, que cega e mesmo sob a asa do lado oposto do bem, se faz o juízo de estar acima de outros e parte do rebanho.
Mais uma vez, preciso e infalível, mesmo derrapando em alguns episódios que se prolongam e dão um certo ar de cansaço. Há diálogos infalíveis e com a potência de um soco, como a discussão da distribuição de Bíblias na escola ou de qual bem Deus está falando em meio a traumas e tragédias, como outros enfadonhos como longas citações a versículos.
De qualquer forma, mais uma grande obra sob as mãos de um grande diretor e extremamente relevante!
Onde Está Meu Coração
4.1 112Os oito primeiros episódios são espetaculares, porém nos dois últimos o tom novelistico torna as coisas enfadonhas e arrastadas. O elenco é tão igualmente espetacular, com destaque para Letícia Colin e Fábio Assunção, que se entregam de alma no papel e dão show, numa avalanche de quedas e desestrutura social que acomete a sociedade nossa, do mais pobre aos mais ricos.
Desalma (1ª Temporada)
3.8 195Estando exatamente na metade da temporada, falar sobre Desalma causa certa divisão, pelo menos até o momento.
A série nacional, entra nessa do terror psicológico, que fez sucesso em filmes como A Bruxa, Hereditário, Corra! e Mindsommar e podemos notar alguns traços de cada um desses títulos na série, que também bebe de fontes como Stranger Things e Dark, esse último se assemelha em muito na sua ambientação, inclusive tendo seu sonoplasta roubado para dar vida aos sons de Desalma, tendo um tema de abertura similar ao de ST.
A trama até então se apresenta deveras arrastada, se alternando entre passado e presente para acredito eu amarrar algum desfecho no fim da temporada, porém, isso caminha a passos lentos que temos uma certa barriga no texto, que de tão verborrágico em determinados momentos, mais parece uma dublagem do que uma fala produzida pelos atores.
E falando no elenco, somo divididos entre um núcleo adulto e jovem. O primeiro se mostra "seguindo a cartilha", em determinados momentos parecem estar lendo as falas e as reproduzindo sem conseguir expor a sensibilidade de alguns momentos. Já a parte adolescente não vai muito além de algo da Malhação, estando até mesmo atrás de algumas temporadas da novelinha, numa mistura com algo derivado de Crepúsculo ou algum filme "sobrenatural adolescente". Mas havemos de enaltecer o que de belo temos nesse âmbito! Cássia Kiss é monstruosa em cena, sua personagem é enigmática e assustadora sem esforço, somente com o olhar frio e jeito de falar, a atriz atropela qualquer um ali.
A produção também é um ponto de destaque, o nível não fica atrás de produções internacionais e de destaque dentro desse seguimento.
Ao que indica, a série tinha um potencial de ser mais explorada em termos de espontaneidade e ganhar contornos como a francesa Marianne, que é rápida e direta, sem querer soar tão complexa ou profundamente gélida, como foram as temporadas de A Residência Hill e Bly, onde o elenco mesmo nesse formato, criava uma simpatia com o público que se via cativado de imediato tanto pela história como as performances em tela.
Mas ainda estou curioso pelo que vem nessa segunda metade e qual o desfecho e adianto que desde já não se trata de um produto descartável, ao contrário, é bem interessante ver o Brasil se abrindo à esse seguimento e conseguindo o realizar de uma forma de acordo até então, mesmo necessitando de melhorias no seu trato, ainda assim, vale a conferida.
Freud (1ª Temporada)
3.0 186 Assista AgoraTem bons momentos quando trabalha as teorias de Freud, mas joga tudo pro alto quando mais uma vez cai na história de outra bruxinha e mediunidade barata e com a desculpa de que "é grande demais para mentes pequenas", como "A Bruxa" que é outro belo pastel de vento e insistem em colocar num Olimpo, mas que no fim é só um monte de baboseira
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraO flerte com a morte não é algo novo dentro da arte. Tínhamos em tempos clássicos a ideia do conceito de Vanitas que apregoava tons fúnebres em pinturas, na música tivemos desde a música clássica ao contemporâneo grunge abordando o tema, na literatura tivemos romancistas como Bran Stoker, Edgar Allan Poe e Anne Rice que novelizaram e no cinema, também vemos que é um tema corriqueiro por lá em várias obras. Porém nessa última abordagem, as coisas se tornaram bem clichês e salve alguns raros casos que nos pegam de surpresa como foram o caso de "Corra" e "Fragmentado", ambos em 2017, as coisas sempre soam como mais do mesmo neste gênero, o que não é diferente com séries. Porém em 2018 uma bela surpresa deu as caras pela batuta da Netflix, "A Maldição da Residência Hill" aborda mais uma vez a morte como um tema principal que une uma família, mas dessa vez, temos um tom de mais coesão, lógico que não foge totalmente de seus padrões, mas vemos algo que ao mesmo tempo se difere até mesmo do cinema e consegue se sair melhor que muita coisa desse mercado que aflora todos os meses algum produto nessa linha "terror plástico", como "Annabeles" da vida, por exemplo. O horror aqui fica por conta do clima que vai se criando durante os dez episódios que mais parecem um longa de dez horas de duração tamanha a destreza e maestria de sua montagem.
Vemos várias referências ao tipo, desde "A Queda da Casa de Usher" até "O Iluminado" de Kubrick, há um cuidado técnico digno das telas grandes aqui, e atinge seu máximo no episódio 6, onde durante uma hora de duração um único corte é feito, o resto todo se passa num belíssimo plano sequencia filmado com destreza. Temos um elenco afiado também que aliado à um roteiro forte, cria bases para cada um dos participantes sem nada soar forçado como ponta solta.
"Residência Hill" é para se ver e rever tamanha beleza é mostrada ali, grande mérito da Netflix e um ótima pedida para quem é apaixonado pelas artes visuais.
"Fantasmas são desejos"
Orange Is The New Black (4ª Temporada)
4.4 838 Assista AgoraCheia de altos e baixos, o romance principal é aguado, alguns episódios não valem pra nada, mas ainda vale a pena, que final
Stranger Things (1ª Temporada)
4.5 2,7K Assista AgoraUm ótimo elenco e um roteiro cheio de referências e bem bolado. Uma das melhores que vi