MATTHEW

Um filme muito bem construído, com lições super valiosas.
É ainda mais tocante ao saber que essa história é real, e quando você vê tudo que William conquistou por simplesmente perseverar, não desistir, e tirar algo bom de uma situação muito ruim, só mostra que sim... podemos fazer qualquer coisa, ainda que as circunstâncias tentem nos dizer que não. E também nos mostra que isso não é um mero lema de ficção, é vida real.

"I tried it, and I made it."

Tudo bem que o filme é bem clichê, mas achei ele tão interessante e pesado ao mesmo tempo.
O processo de aceitação pode ser muito doloroso em diversos momentos para muitas pessoas. Lidar com tantas pressões que vêm não somente do exterior, mas do nosso interior também, pode ser uma tarefa bem complicada. Achei que o filme conseguiu retratar de forma muito interessante o processo de aceitação, e que qualquer pessoa pode pertencer a qualquer lugar e fazer absolutamente qualquer coisa.

Eu sei que isso é um clichê, e que todo mundo pode dizer isso na internet e afins, afinal, é bem mais fácil, mas na hora de encarar isso na vida real é bem mais difícil... mas aí é que eu acho que entra a chave do filme. É apenas mais um lembrete para que não esqueçamos desses 'pequenos detalhes', por mais difícil que possa ser.

Achei a sátira genial. Foi interessante em como eles pegaram as clássicas e tradicionais comédias românticas, e tiraram sarro disso.

Mas acho que eles conseguiram ir um pouco mais além também. Colocaram uma protagonista que não está dentro dos padrões de beleza da sociedade, (e nem mesmo nos filmes de mesmo gênero), assim como o par romântico dela, que não é nada como pintam. O cara musculoso, o deus grego... é engraçado que na real tiram sarro disso.

Muito bem construído, e acho que todo mundo pode tirar uma lição disso, seja mulher, homem, magro, gordo... O filme é puramente sobre aceitação, e como às vezes ficamos cegos por padrões inatingíveis de beleza, em como somos condicionados, muitas vezes desde a infância, a não abraçar o que somos, mas a achar que o que somos é terrível, e assim crescemos amargurados, e fechados para o mundo, e o filme quebra justamente isso. E quebra também a saga do "preciso de uma pessoa para ser completo(a)", mas mostra que primeiro você tem que ser completo para si mesmo, e consequentemente, conseguirá se sair bem nas outras áreas da sua vida, e talvez até mesmo parar de bloquear interesses românticos, como era o caso da personagem.