Os roteiristas quiseram dar uma esperança àqueles que queriam que o Dexter tivesse uma vida normal, mas no final perceberam que não era bem assim que funcionava. Essa temporada teve um roteiro muito pobre e mal planejado, corrido. Tudo foi muito óbvio, no sentido de que ele não dava liberdade ao telespectador de ver por si próprio, mas o guiava de maneira descarada. Mas olha, eu realmente gostei do final, era tudo o que eu queria.
No happy endings. E aí, quando mostrou o "pré-epílogo" eu fiquei, "mais anti-climático que isso, impossível," daí mostrou o comecinho do epílogo, Dexter trabalhando com as toras de árvore e eu pensei, "não, plmdds, de novo não," porque afinal, Dexter é um psicopata, não um gato com nove vidas, mas então mostrou a cena final e eu não poderia ter ficado mais satisfeita.
Michael C Hall é um ator talentoso que conseguiu expressar em uma simples cena de alguns segundos o peso da vida que ele teve e foi forçado a abandonar. E não é isso maravilhoso? O modo como ele tira a jaqueta é doloroso, foca na dor que ele sente, e não, eu não estou "over-analyzing" porque cinema trabalha com códigos e simbolismo, mas enfim, voltando. Mostra a dor que ele sente e vai continuar sentindo,
e no final, quando ele se senta em frente a janela e olha para fora, o silêncio, a falta de trilha sonora, só o raspar das mãos dele na mesa e sua respiração, tudo ali, embora óbvio, foi perfeito, e me fez imergir na dor do personagem. Ele destruiu a família dele, o pai, a mulher, a irmã.
Não acho certo terem apelado para o lado humano dele, não do jeito que fizeram pelo menos, mas eu achei que eles queriam chegar a um final que seria glorioso (o que pra mim foi), mas os caminhos que eles tomaram fizeram do final uma "bosta". A co-dependência dos irmãos também foi um ponto forte; os roteiristas sempre reforçando a relação que eles tinham, e no final, foi exatamente isso.
Ao perder a Debra, Dexter simplesmente não tinha mais um motivo pra continuar tentando ter uma vida normal. Foi, afinal, o que regrediu o seu progresso (totalmente forçado, na minha opinião).
Enfim, é isso. Como alguém que não queria ele preso, mas também não queria ele feliz e com uma família hollywoodiana, o final foi perfeito e tudo o que eu estava esperando. E como uma pessoa empática,
Dexter (8ª Temporada)
3.5 1,7K Assista AgoraOs roteiristas quiseram dar uma esperança àqueles que queriam que o Dexter tivesse uma vida normal, mas no final perceberam que não era bem assim que funcionava. Essa temporada teve um roteiro muito pobre e mal planejado, corrido. Tudo foi muito óbvio, no sentido de que ele não dava liberdade ao telespectador de ver por si próprio, mas o guiava de maneira descarada. Mas olha, eu realmente gostei do final, era tudo o que eu queria.
No happy endings. E aí, quando mostrou o "pré-epílogo" eu fiquei, "mais anti-climático que isso, impossível," daí mostrou o comecinho do epílogo, Dexter trabalhando com as toras de árvore e eu pensei, "não, plmdds, de novo não," porque afinal, Dexter é um psicopata, não um gato com nove vidas, mas então mostrou a cena final e eu não poderia ter ficado mais satisfeita.
Michael C Hall é um ator talentoso que conseguiu expressar em uma simples cena de alguns segundos o peso da vida que ele teve e foi forçado a abandonar. E não é isso maravilhoso? O modo como ele tira a jaqueta é doloroso, foca na dor que ele sente, e não, eu não estou "over-analyzing" porque cinema trabalha com códigos e simbolismo, mas enfim, voltando. Mostra a dor que ele sente e vai continuar sentindo,
e no final, quando ele se senta em frente a janela e olha para fora, o silêncio, a falta de trilha sonora, só o raspar das mãos dele na mesa e sua respiração, tudo ali, embora óbvio, foi perfeito, e me fez imergir na dor do personagem. Ele destruiu a família dele, o pai, a mulher, a irmã.
A co-dependência dos irmãos também foi um ponto forte; os roteiristas sempre reforçando a relação que eles tinham, e no final, foi exatamente isso.
Ao perder a Debra, Dexter simplesmente não tinha mais um motivo pra continuar tentando ter uma vida normal. Foi, afinal, o que regrediu o seu progresso (totalmente forçado, na minha opinião).
Enfim, é isso. Como alguém que não queria ele preso, mas também não queria ele feliz e com uma família hollywoodiana, o final foi perfeito e tudo o que eu estava esperando. E como uma pessoa empática,
o foco que eles deram na dor da vida que ele teve e poderia ter, agora perdida, foi um bônus especial pelo qual eu não estava esperando.